Portugueses levantaram 969 milhões dos bancos em Agosto

Dados do Banco de Portugal revelam que montante aplicado pelos portugueses registou forte quebra face ao recorde de Julho.

Os portugueses retiraram quase mil milhões de euros dos depósitos em Agosto. Após seis meses de aumento consecutivo do montante creditado junto das instituições financeiras, que levaram o saldo a recorde em Julho, registou-se uma quebra acentuada nova valor depositado explicada, em grande parte, pela utilização do dinheiro para o gozo das férias.


As famílias levantaram um total de 969 milhões de euros, de acordo com os dados do Banco de Portugal. Um gasto que fez encolher o saldo total para 132.073 milhões de euros do recorde de 133.042 milhões registado um mês antes, para o qual contribuiu o pagamento dos subsídios aos funcionários públicos e pensionistas decretado pelo Tribunal Constitucional.

Para esta quebra, que pôs termo a um ciclo de seis meses consecutivos de aumento do montante em depósitos, terá contribuído o período de férias dos portugueses. "A sazonalidade explica uma parte importante do movimento [de saída de dinheiro dos depósitos]", refere Filipe Garcia, economista da Informação de Mercados Financeiros ao Negócios. Já em 2011 se tinha verificado uma redução de 1.078 milhões de euros no valor dos depósitos em Agosto.

Alternativas atractivas

A quebra no montante em depósitos também pode ser explicada pela procura por investimentos mais atractivos. "Nota-se há já alguns meses menor agressividade na captação de depósitos por parte da banca que tem levado a que os clientes procurem alternativas mais rentáveis como certificados de aforro e fundos de investimento".

Numa altura em que as taxa dos depósitos a prazo estão a encolher, muitas famílias estão a encontrar soluções mais atractivas em produtos como os certificados de aforro. A revisão em alta da rendibilidade deste produto, em Setembro, tem levado à entrada de dinheiro nestes títulos. Segundo o IGCP, em Agosto registou-se um saldo líquido positivo de 131 milhões de euros, o mais elevado desde que foi lançada a "Série C".

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/e

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