27
Jun 13

Bancos oferecem mais serviços grátis do que parceiros europeus

Os bancos portugueses consideram legítima a cobrança de comissões de manutenção sobre as contas à ordem e sublinham que qualquer aumento é devidamente regulado por lei. “Os bancos, tal como acontece em qualquer outro sector de atividade, cobram comissões pelo serviços prestados aos seus clientes”, afirmou a Associação Portuguesa dos Bancos (APB) em comunicado divulgado ontem. A associação liderada por Fernando Faria de Oliveira sublinha também que “o número de serviços bancários gratuitos em Portugal é substancialmente maior” do que nos restantes países da União Europeia”.

Os bancos portugueses responderam assim à petição lançada ontem pela Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor (Deco) a exigir o fim destas comissões. A associação argumenta que este tipo de custos aumentaram 41% desde 2007 e que os clientes com menor saldo médio bancário têm sido os mais penalizados pela cobrança destes valores. Feitas as contas, a associação dos consumidores afirma que, em 2007, a comissão média anual cobrada por um saldo a rondar os 250 euros era de 42,18 euros, mas este valor ascende agora a 59,40 euros.

Apesar da petição, a Deco assume que “numa economia saudável os bancos têm de ter lucro”, mas defende que estes não podem usar a conta à ordem, “produto bancário imprescindível a todos os consumidores”, para recuperar a sua situação financeira. A petição contava ontem ao final do dia com mais de 25 mil subscritores, um valor bastante superior ao necessário por lei, quatro mil assinaturas, para o documento ser discutido na Assembleia da República.

Os aumentos de comissões são “públicas”, sendo divulgadas previamente nos sites e nas agências bancárias, permitindo desta forma aos clientes cessarem serviços “sem quaisquer encargos”, contrapõe a APB, destacando também que as instituições bancárias estão sujeitas a “apertado controlo” do Banco de Portugal.

Uma fonte de um dos principais bancos nacionais, que pediu o anonimato, disse ao Dinheiro Vivo que a Deco está a ser “demagógica” e exemplifica com a queda do valor total das comissões cobradas, em comparação com o ano anterior. No entanto, concede que atualmente “existem menos comissões mas as que existem são mais caras. Os bancos têm que ganhar dinheiro, têm que compensar os custos”, admite. “A desalavancagem e a legislação que tem vindo a ser aprovada para controlar os custos de manutenção têm dificultado a vida aos bancos num momento particularmente negativo”, justifica.

 Outra fonte da banca prefere destacar que existem outras alternativas para os consumidores com menores recursos financeiros: “Os bancos já têm várias contas, onde não se pagam custos de manutenção.” A necessidade de cobrir os custos operacionais também é de salientar, afirma: “Se existem custos associados à criação e manutenção de uma conta, alguém tem que os pagar.” 

A banca nacional, pela voz da APB, frisa que atua em “regime concorrencial” e que o sector precisa de “estabilidade financeira” e de “solidez “ para poder “cumprir a sua missão de financiar a economia”.  

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/M

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27
Jun 13

Deco: "Os bancos fazem uma dupla tributação aos seus clientes"

Joaquim Rodrigues Silva, responsável pela área jurídica e económica da Deco, explica por que razões a Deco está determinada em acabar com as comissões bancárias.

Porque é que a Deco decidiu lançar esta petição?
Tomámos essa decisão porque desde há muito que nos preocupamos com o valor elevado das comissões de manutenção de contas à ordem. Desde há muito que nos batemos pela disciplina das comissões, e tendo em conta que, até ao momento, não houve legislação que as regulasse, entendemos que era necessário, para sensibilizar melhor o Parlamento, ter o apoio dos consumidores e mostrar através dos números que esta é uma área que preocupa efetivamente os cidadãos. Neste momento, os bancos estão a fazer uma dupla tributação aos seus clientes.

Mas a legislação já existente não limita a cobrança de comissões pelos bancos?
Não é suficiente. Só através de legislação foi impossível impedir os bancos de cobrarem comissões no passado que nós considerámos, já na altura, inaceitáveis. Dou-lhe dois exemplos: a legislação criada para impedir as comissões por amortização antecipada de créditos foi conseguida através da nossa pressão. Conseguimos finalmente impedir os bancos de cobrar valores que chegavam aos 5% sobre o capital em dívida, e hoje isso está condicionado. Foi também fruto da nossa pressão a criação de legislação que impede os gestores de fundos de planos poupança-reforma (PPR) e de seguros poupança-reforma de cobrarem comissões pela transferência desses fundos para outros PPR. Muitos cobravam 5% sobre o valor que estava em posse do cliente. Portanto, infelizmente, a concorrência não funcionou como forma de os limitar na criação de comissões. Pelo contrário, alinharam todos pela mesma bitola, com uma ou outra nuance.

Mas os serviços mínimos bancários não garantem contas correntes sem comissões?
O problema é que estes serviços mínimos não resolvem esta situação. Estes serviços, como os bancos sabem bem, exigem que a pessoa tenha apenas uma conta bancária. Apenas dão um determinado conjunto de serviços e estes podem não ser o necessário para muitos consumidores. Por outro lado, há que ter em consideração que o sistema de serviços mínimos bancários funciona por adesão voluntária. Na realidade, salvo erro, apenas seis bancos aderiram. A ineficácia dos serviços mínimos bancários é facilmente demonstrável pelo número de contas que foram abertas até ao final de 2012, quando pouco mais de 3300 contas tinham sido abertas nesse sistema.

Na petição, a Deco refere as comissões cobradas pelas operações no homebanking. Não será normal cobrar quando o serviço tornou-se mais acessível para o cliente?
Atualmente, a maior parte das alterações pode ser feita pelos titulares a partir de casa, através do homebanking, mas ainda assim são cobradas essas comissões. Se eu quiser um extrato, tenho de ir à página do meu banco recolhê-lo, ninguém mo envia para casa. Se eu quiser fazer uma transferência, eu não telefono para o banco, tenho de efetuá-la através do homebanking. Os serviços que um banco poderia prestar diretamente, ou prestava no passado, estão agora a ser feitos pelos próprios clientes. Não devem ser cobrados.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/M

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26
Jun 13
26
Jun 13

DECO quer acabar com comissões nas contas à ordem

A associação de defesa do consumidor DECO avança com uma petição para acabar com os custos de manutenção das contas ordem, que considera abusivos e penalizadores dos consumidores.

Joaquim Rodrigues Silva, da DECO, explica que basta aceder ao portal da defesa do consumidor para preencher o formulário.

O objectivo é levar o assunto ao Parlamento, para que os deputados possam debater e aprovar “legislação que proíba a cobrança destas comissões de manutenção de contas”.

Por outro lado, diz Joaquim Rodrigues Silva, também é preciso regular “outras comissões que são cobradas aos consumidores e que têm tido um crescimento muito muito significativo nos últimos anos”.

Uma análise da associação de defesa do consumidor revela que há titulares que pagam, em média, até cinco vezes mais do que outros na manutenção de contas à ordem. Joaquim Rodrigues Silva, da DECO, diz que é um custo injustamente suportado pelo consumidor.

“Não faz sentido por várias razões. Desde logo, porque o consumidor não está a fazer mais do que entregar o dinheiro ao banco para que este, legitimamente, o possa utilizar nas suas operações e convém ter em consideração que, no passado, até era o inverso: os bancos pagavam um juro, embora pequeno, pelo dinheiro que estava neste tipo de contas correntes.”

Joaquim Rodrigues Silva explica que, segundo um estudo da DECO, “estas comissões, em média, subiram mais de 40% desde 2007”.

“Depois há também aqui um factor ‘perverso’, é que paga mais quem menos tem”, sublinha.

fonte:http://rr.sapo.pt/

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24
Jun 13
24
Jun 13

Bancos centrais aconselhados a subir juros

Banco Internacional de Pagamentos (BIS, na sigla original) considera que os bancos centrais foram excessivamente sobrecarregados durante a crise e terão ido longe demais na acomodação das suas políticas monetárias, criando novos riscos e espaço para uma gestão de bancos e de países mais complacente do que o exigido pelas circunstâncias

“Os bancos centrais tornaram-se progressivamente sobrecarregados, depois de ao longo de anos terem sido fortemente chamados a estimular as economias através de políticas monetárias acomodatícias. Há agora preocupações crescentes sobre a eficácia destas políticas e sobre os seus efeitos negativos”, adverte o Banco Internacional de Pagamentos (BIS, na sigla original).

 

No seu relatório anual, divulgado neste domingo (23 de Junho), a organização integrada pelos governadores dos maiores bancos centrais do mundo, entre os quais Mário Draghi (BCE) e Ben Bernanke (Fed), considera que é tempo de começar a preparar o regresso a uma política monetária mais convencional, como já sinalizado pela Reserva Federal norte-americana.

 

Sublinha o BIS que “políticas prolongadas de baixas taxas de juro tendem a encorajar a tomada excessiva de risco, a acumulação de desequilíbrios financeiros e distorções de preços no mercado financeiro”. E os danos serão já concretos. Juros virtualmente nulos, acompanhados de iniciativas destinadas a baixar os custos de financiamento dos Estados criaram um quadro de “incentivos que têm enviado sinais errados às autoridades orçamentais (Governos) com graves problemas de sustentabilidade a longo prazo”, acusa o relatório que aponta o dedo designadamente a França e Itália que, segundo o BIS, não aproveitaram este período de acalmia proporcionado por políticas heterodoxas dos bancos centrais para recuperar competitividade.

 

O BIS considera ainda que a política extremamente acomodatícia dos bancos centrais também enviou sinais errados “àquelas instituições financeiras que não foram suficientemente longe no reconhecimento de perdas, no aumento de capital e que têm vindo a dilatar o prazo dos seus empréstimos”.

 

Por último, taxas de juro esmagadas nas maiores economias ocidentais puseram “pressão sobre as taxas de câmbio e encorajaram fluxos desestabilizadores de capitais para as economias emergentes de rápido crescimento e várias pequenas economias avançadas”.

 

O relatório não chega a sugerir prazos para o início de um novo ciclo de subida de juros e de retirada de estímulos. Mas ao referir que os mercados assumem que o “status quo” se prolongará por mais um ano, parece apontar para uma provável inversão de políticas depois desse prazo.

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/m

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08
Jun 13
08
Jun 13

Bancos baixam spreads para pequenas e médias empresas

O Governo vai reforçar a linha PME Crescimento. A partir de agora, este programa de apoio às empresas vai ter mais crédito disponível para as empresas exportadoras, spreads mais reduzidos e períodos de carência mais alargados. 
A alteração desta linha foi hoje anunciada em comunicado pelo Governo, depois de uma reunião entre Álvaro Santos Pereira, Vítor Gaspar e Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB). 

O que muda? Os spreads serão reduzidos em 0,875 pontos percentuais para as empresas de menor risco e em 0,781 pontos para as pequenas e médias empresas. Mas os bancos são incentivados a aplicar taxas ainda mais pequenas se as empresas tiverem melhores perspetivas de negócio. 

Da mesma forma, ficou acordado um aumento dos máximos para os períodos de carência e prazos para os empréstimos. Estes últimos passam de 4 para 6 anos para as micro e pequenas empresas e de 6 para 9 anos nos restantes casos. Já os períodos de carência passam deixam de ser 6 meses para passar a 12 no caso das PME e, nos restantes casos de 12 para 24 meses. Estas reduções servem para as operações não contratadas, o que representa 1,4 mil milhões de euros. 

O governo estabeleceu ainda uma nova linha para as empresas exportadoras, a PME exportações, que terá como objetivo facilitar a tesouraria das empresas em momentos de restrição de crédito, mas ainda não estão definidos os spreads que serão aplicados. 

Além desta forma de financiamento, o governo sublinha que "existem perspetivas de outros desenvolvimentos favoráveis para o financiamento das empresas portuguesas". Esta ajuda passará pelo Banco Europeu de Investimento e pelo Banco de Fomento alemão, KFW. 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E

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