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Dez 14
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Dez 14

BPI em melhor posição para comprar o Novo Banco

O BPI é um dos candidatos favoritos à compra do Novo Banco. Depois de ter confirmado a sua intenção de interesse, na semana passada, a obrigatoriedade de redução da exposição a Angola está a ser vista como uma motivação adicional para a compra do Novo Banco.

Com as novas regras da Comissão Europeia, a partir de janeiro de 2015, os bancos com exposição a Angola terão uma redução dos seus rácios de capital. O BPI é um dos mais penalizados, sendo mesmo forçado a reajustar a sua exposição ao mercado através da sua subsidiária Banco de Fomento Angola.

Diminuir a participação no BFA dos atuais 50,1%, deixando de ter uma posição de controlo, vender a carteira de dívida pública angolana ou comprar o Novo Banco são as três principais opções que a instituição financeira liderada por Fernando Ulrich tem atualmente para responder às exigências do BCE. A redução da posição no BFA é a possibilidade que mais analistas acreditam poder verificar-se. Ainda assim, a compra do Novo Banco podia ajudar o BPI, já que permitia ganhar dimensão e aumentar os ativos em Portugal.

"Naturalmente a possibilidade de ter de reduzir a participação no BFA, coloca a uma motivação maior para o BPI comprar o Novo Banco", adiantou um analista, ao Dinheiro Vivo. Além disso, "as sinergias que um banco como o BPI possa conseguir são de tal forma que pode mesmo vir a compensar pagar um preço mais elevado do que o faria noutras circunstâncias", acrescentou outro analista que pediu anonimato.

Interesse até final do ano

O BPI não está sozinho na corrida ao Novo Banco. Esta semana também os chineses da Fosun (que compraram a Fidelidade) e o Santander (grupo espanhol que atua em Portugal através do Santander Totta) formalizaram o interesse na compra do banco que sobrou do colapso do BES.

A Fosun já era apontada como candidata à operação e chegou mesmo a avançar-se um valor para ao negócio. A TVI adiantou que a companhia chinesa estaria disponível para pagar até 3,5 mil milhões de euros. Um montante que o Dinheiro Vivo sabe que nunca foi apresentado. Ainda assim, no mercado, acredita-se que a revelação deste valor permitiu "balizar" a operação.

O Santander também formalizou esta semana o interesse na compra do Novo Banco e há dias o jornal espanhol Cinco Días colocou-o como um dos favoritos à operação. O jornal adianta ainda que também o La Caixa (que detém uma participação de 44% do BPI) e o Popular estarão interessados, ficando o Sabadell e o BBVA fora da corrida. Outro interessado é a Apollo Global Management, o fundo norte-americano que comprou a Tranquilidade. Há ainda a possibilidade de haver um fundo soberano do Médio Oriente e outro europeu, além do Cerberus Capital Management, Brookfield Asset Managemen, Apax, Bain, entre outros.

O Novo Banco está a ser vendido em bloco, excluindo o BESI. O banco de investimento liderado por José Maria Ricciardi ficou de fora depois de ter sido vendido à empresa chinesa de serviços financeiros Haitong por 379 milhões de euros.

Os interessados têm até às 17 horas de dia 31 de dezembro para indicarem o seu interesse e manterem-se na corrida. Em janeiro haverá troca de informação entre os interessados e o BNP Paribas, instituição que está a liderar o processo, e à qual se juntou a Perella Weinberg, boutique de investimento que apoia a operação também na alienação de ativos, nomeadamente a venda do BESI. As propostas não vinculativas serão apresentadas em fevereiro e a análise preliminar decorre de março a abril. As ofertas vinculativas serão apresentadas até junho e tudo aponta para que no mês de julho seja escolhido o vencedor.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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23
Dez 14

Novo Banco ganha folga de 550 milhões de euros

Banco de Portugal esclarece que responsabilidade contraída pelo BES junto da luxemburguesa Oak Finance não passou para o Novo Banco.

O Novo Banco não é responsável pela dívida contraída pelo Banco Espírito Santo perante a Oak Finance Luxembourg. A decisão foi tomada pelo conselho de administração do Banco de Portugal e terá um impacto positivo nas contas do banco de 548,3 milhões de euros, comunicou hoje à CMVM a instituição liderada por Stock da Cunha.

"O Novo Banco informa que foi notificado da deliberação do Conselho de Administração do Banco de Portugal, de 22 de Dezembro de 2014, que determina que, com efeitos a 3 de agosto de 2014, a responsabilidade contraída pelo Banco Espírito Santo perante a Oak Finance Luxembourg S.A., não foi transferida para o Novo Banco", lê-se no comunicado, que acrescenta que esta decisão tem "um impacto positivo em reservas no Novo Banco de 548,3 milhões de euros".

O Oak Finance Luxembourg foi um veículo financeiro montado pela Goldman Sachs, a pedido do Banco Espírito Santo, depois de ter sido afastado dos mercados devido ao agravamento da situação do Grupo Espírito Santo. 

Esta responsabilidade, ao não ficar no universo Novo Banco - liderado por Eduardo Stock da Cunha - significa que é menos um compromisso a ter de pagar, gerando essa folga em reservas.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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23
Dez 14

Santander também quer comprar Novo Banco

O banco espanhol Santander formalizou esta terça-feira a manifestação do seu interesse na aquisição do Novo Banco, revelou em comunicado o Banco Santander Totta, entidade liderada por António Vieira Monteiro.

"Tendo em conta os termos de referência relativos à alienação do Novo Banco, SA, o Santander deliberou apresentar-se à primeira fase do respectivo procedimento, o que corresponde à entrega da manifestação de interesse", anunciou Vieira Monteiro.

O Santander é a segunda entidade a dar este primeiro passo na corrida pela compra do Novo Banco, depois de o Banco BPI ter igualmente formalizado a sua manifestação de interesse no banco de transição que resultou da intervenção do Banco de Portugal no Banco Espírito Santo (BES) há uma semana.

O Fundo de Resolução, que detém 100% do Novo Banco, deu no dia 4 de Dezembro o tiro de partida para a venda do Novo Banco, a entidade de transição que resultou da intervenção pública no BES, mas o negócio vai decorrer ao longo de quatro fases: manifestações de interesse, propostas não-vinculativas, propostas vinculativas e decisão final, estando a primeira já calendarizada para ser fechada até às 17h00 do último dia deste ano.

A "atractividade da oferta financeira", leia-se, o melhor preço, é o principal critério de escolha entre as propostas que forem apresentadas para a compra da instituição agora liderada por Eduardo Stock da Cunha.

O segundo critério mais valorizado para a escolha do comprador será a sua disponibilidade para comprar a totalidade dos activos colocados à venda, seguindo-se-lhe os planos estratégicos e de desenvolvimento apresentados para o Novo Banco, e o impacto geral da operação na concorrência e estabilidade do sector em Portugal.

Numa nota de análise divulgada recentemente, o banco alemão Deutsche Bank, salientou que o Novo Banco é um activo apetecível, tanto para bancos portugueses, como estrangeiros, pelo que espera "um grande interesse inicial" na instituição.

E apontou mesmo para a vizinha Espanha, admitindo eventuais propostas por parte do Banco Popular, BBVA e Sabadell.

Os chineses da Fosun (que compraram a seguradora Fidelidade à Caixa Geral de Depósitos no início do ano) também já entraram na corrida.

O activo consolidado do Grupo Novo Banco é de 72.465 milhões de euros, os capitais próprios de 5,6 mil milhões de euros e o rácio de solvabilidade de 9,2%, de acordo com o balanço de abertura divulgado no dia 3 de Dezembro.

Os depósitos de clientes totalizam 25,1 mil milhões de euros e a carteira total de crédito bruto a clientes 43,8 mil milhões de euros, dos quais 31,5 mil milhões de euros de crédito a empresas (72%) e 12,4 mil milhões de euros de crédito a particulares (28%).

A 3 de Agosto, o Banco de Portugal tomou o controlo do BES, após a apresentação de prejuízos semestrais de 3,6 mil milhões de euros, e anunciou a separação da instituição em duas entidades: o chamado banco mau (um veículo que mantém o nome BES e que concentra os activos e passivos tóxicos do BES, assim como os accionistas) e o banco de transição que foi designado Novo Banco.

fonte:http://rr.sapo.pt/

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20
Dez 14
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Dez 14

Bancos vão começar a disponibilizar conta low cost recomendada pelo BdP

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) anunciou esta quinta-feira que “um conjunto de bancos seus associados, que representam uma parte muito significativa do mercado bancário de retalho, decidiu proceder ao lançamento de uma conta bancária, com características idênticas no que respeita aos serviços incluídos, denominada Conta Base”.

O comunicado da APB, que não refere datas de arranque desse serviço, nem identifica os bancos aderentes, surge 10 meses depois de o supervisor ter recomendado, através de carta-circular, a criação de uma conta de depósito, que garantisse um conjunto alargado de serviços, a custos mais baixos. a que chamou de Conta Base.

A iniciativa do BdP surgiu na mesma altura em que, na Assembleia da República, o Partido Socialista, o Partido Comunista Português e o Bloco de Esquerda avançaram com propostas de lei que pretendiam isentar as contas de depósito à ordem de custos de manutenção e alargar os serviços mínimos bancários.

Os projectos dos partidos da oposição acabaram por ser chumbados pela coligação PSD/CDS-PP. Apoiada na recomendação do BdP, a coligação parlamentar disse em Outubro que iria avançar com uma nova iniciativa legislativa que incorporasse a recomendação do BdP, dando-lhe carácter vinculativo, mas até agora ainda não concretizou essa promessa.

O comunicado da APB refere que a conta base “visa permitir que os consumidores de produtos bancários possam efectuar as suas escolhas em condições de total transparência e fácil comparação de custos, ao mesmo tempo que dá resposta às necessidades fundamentais dos consumidores em matéria de serviços de pagamento, respeitando integralmente, no entender da APB, os princípios contidos na Carta Circular nº 24/2014/DSC, de 10 de Março”.

Ainda de acordo com o comunicado, o custo de manutenção dessa conta “é fixada livremente por cada instituição, em regime de mercado”.

Sobre o custo, o supervisor reconhece a legitimidade de cobrança de um comissão única, a fixar as instituições, que não pode depender do saldo em conta.

Actualmente, as comissões aplicadas sobre as contas de depósito à ordem variam em função dos saldos, penalizando os saldos mais baixos, situação que levou a associação de defesa do consumidor Deco a avançar com uma petição contra a cobrança de comissões nestas contas, que desencadeou depois as iniciativas legislativas da oposição.

Na sua recomendação, o BdP refere que “as instituições de crédito devem comercializar uma conta de depósito à ordem padronizada, que inclua, grosso modo, os serviços mínimos bancários previstos”.

OJjornal de Negócio avança na edição desta quinta-feira que a Caixa Geral de Depósitos vai lançar a Conta Base no final de Dezembro e a Caixa Agrícola no início de 2015.

fonte:http://www.publico.pt/e

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14
Dez 14
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Cofidis compra Banif Mais por 400 milhões de euros

O Banif vai vender a sua unidade de crédito especializado à Cofidis por 410 milhões de euros. Os dois grupos financeiros anunciaram nesta sexta-feira a assinatura do contrato de compra e venda da totalidade das acções do Banif Mais, uma operação que o banco liderado por Jorge Tomé considera “um marco importante” na execução das medidas de reestruturação do grupo. O banco concluiu em Outubro o reembolso dos empréstimos com garantias do Estado, num total de 1.175 milhões de euros.

O Banif Mais nasceu em 2009, com a integração do Banco Mais (antiga Tecnicrédito) no grupo Banif. Segundo os dados do banco, em 2013 a instituição registou um resultado líquido consolidado de 18,3 milhões de euros, mais oito milhões face a 2012. Os principais contributos para o resultado vieram das operações em Portugal e na Hungria.

Agora, com a sua venda, o Banif dá “um importante passo no sentido do reforço dos rácios de capital do grupo”, mantendo, ao mesmo tempo, “a capacidade de oferecer aos seus clientes os serviços de excelência do Banif Mais para o futuro”, disse Jorge Tomé, em comunicado.

É que o banco pretende manter com o Banif Mais a parceria estratégica de distribuição e cross-selling na área do crédito especializado ao financiamento automóvel. O Banif Mais comercializa produtos de crédito pessoal e financiamento de máquinas agrícolas, entre outros.

Com a venda desta unidade de crédito especializado, o Banif antecipa “uma medida do seu plano de reestruturação, gerando um "impacto positivo no rácio de capital Common Equity Tier 1, de 100 pontos base (pb) nos critériosphase –in e de 131 pb em base fully implemented”, revelou o banco.

A operação, que ainda se encontra dependente das autorizações regulatórias, foi realizada num processo concorrencial “que gerou o interesse e a participação de várias entidades nacionais e internacionais”, assegurou o Banif. Segundo o grupo sedeado no Funchal, a venda à Cofidis “garantiu uma valorização do Banco Banif Mais em linha com a sua dimensão e actividade, tanto no mercado nacional, como nos mercados internacionais em que opera”.

A Cofidis, especialista na venda de produtos de crédito à distância (online e por telefone) tem operações em França, Bélgica, Espanha, Itália, Portugal, República Checa, Hungria e Eslováquia. Com a aquisição do Banif Mais, a empresa espera conseguir “novas competências e um know-how sólido no mercado do crédito automóvel”, sublinhou o director geral da Cofidis Portugal, Nicolas Wallaert, no comunicado.

fonte:http://www.publico.pt/e

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