08
Ago 15

Cinco maiores bancos lucram seis vezes mais até junho

Cinco dos maiores bancos que operam no mercado português apresentaram lucros globais de 483,6 milhões de euros na primeira metade de 2015, ficou a saber-se com a revelação dos números do Banif na sexta-feira. Trata-se de uma aumento notável dos lucros na ordem dos 534%, isto é, seis vezes mais do que no primeiro semestre de 2014.

Entre janeiro e junho deste ano, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o Banco Comercial Português (BCP), o Banco BPI, o Santander Totta e o Banif registaram, em termos acumulados, resultados líquidos de 483,6 milhões de euros, um desempenho que contrasta com o verificado no mesmo período do ano passado em que estes bancos apresentaram prejuízos de 76,3 milhões de euros.

O Novo Banco ainda não apresentou os resultados relativos ao primeiro semestre deste ano.

No que refere aos trabalhadores, todas as cinco entidades reduziram o seu quadro de efetivos, com BCP e Banif a serem os mais ativos nesta matéria, com menos 752 e 713 funcionários, respetivamente.

No total, os cinco bancos em análise perderam 2.028 trabalhadores.

O Banif anunciou hoje que obteve um resultado líquido de 16,1 milhões de euros entre janeiro e junho, um valor que compara com o prejuízo de 97,97 milhões de euros no período homólogo de 2014.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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05
Fev 15

Corte de taxas dos Certificados de Aforro é benéfica para o sector bancário

A dimensão do corte de taxas dos Certificados de Aforro (CA) e Certificados de Poupança Mais (CTPM), que se aplica às subscrições feitas a partir desta segunda-feira, surpreendeu pela negativa a Deco Proteste, que considera que as novas condições “beneficiam o sector bancário”.

As novas taxas, anunciadas sexta-feira, reduzem a taxa de rentabilidade líquida dos CA de 2,2% para 0,8%. Nos CTPM, a taxa líquida de impostos cai de 3% para 1,6%. “Trata-se de um corte substancial, bastante maior do que aquele que estávamos à espera”, disse ao PÚBLICO António Ribeiro, especialista de poupança da Deco Proteste.

As remunerações agora anunciadas representam “um empobrecimento em relação à oferta de produtos com interesse para os aforradores particulares”, refere este economista, acrescentando se se reduz a concorrência entre produtos do Estado e da banca.

As novas condições de remuneração dos produtos do Estado “vêem beneficiar o sector bancário”, que deverá lançar produtos com rentabilidades semelhantes.

Ao contrário do que acontecia até às alterações agora introduzidas, em que a rentabilidade dos títulos da dívida pública não tinha paralelo face a outros produtos, António Ribeiro adianta que, neste momento, há produtos mais interessantes no mercado, embora com características diferentes.

O especialista de poupança refere, por exemplo, que a taxa de juro média de um depósito de 1000 euros a um ano é de 0,7%, muito próxima da nova taxa dos Certificados de Aforro. Refere ainda que para aplicações a médio e longo prazo, como são os certificados do tesouro, há seguros de capitalização, aos balcões dos CTT, e planos mutualistas, no Montepio, que oferecem taxas de rentabilidade superior.

Com as alterações introduzidas é suspensa a subscrição da série C, que mantém as condições contratadas, e é lançada a nova série D, que se inicia esta segunda-feira. A série D continua a incluir um prémio fixo, de 1% (anteriormente era de 2,75%), acrescido a Euribor a três meses. Para as subscrições de Fevereiro, a taxa bruta corresponde a 1,058% brutos e a 0,8 líquidos.

A nova série D recupera os prémios de permanência, de 0,5% a partir do 2º ao 5º ano e de 1%, do 6º ao 10º.

Já nos Certificados do Tesouro Poupança Mais, a taxa bruto, sem taxa liberatória, começa em 1,25%, no primeiro ano, e sobe até 3,25% no 5º, o que representa uma taxa média bruta de 2,25% e líquida de 1,6%.

Para estes títulos, a subscrição de um montante de mil euros renderá 16 euros por ano em juros face aos cerca de 30 euros que representavam antes da alteração das taxas.

Depois da oferta de taxas generosas, decididas numa altura em que a captação da poupança interna se assumiu como prioridade, dado o elevado nível de juros que era pedido pelos investidores externos, o Governo justiça o corte actual com a queda das taxas de juro da dívida pública.

As taxas de produtos do Estado para subscrição do estavam substancialmente mais altas que as recentes emissões de dívida, como prova a emissão, de 15 de Janeiro, de Obrigações do Tesouro a 10 anos com um juro de 2,875%, o valor mais baixo de sempre.

Ainda assim, na decisão do Governo também deverá ter pesado alguma pressão do sector bancário, incapaz de competir com a rentabilidade dos produtos do estado.

Corrida aos certificados
O anúncio, a meio do mês de Janeiro, de alteração das taxas gerou uma corrida aos Certificados de Aforro e do Tesouro, através do levantamento de depósitos bancários.

Os números de subscrição ainda não são conhecidos e os CTT confirmam apenas uma afluência anormal, que obrigou a empresa a alargar o horário de funcionamento de alguns balcões. A percentagem de crescimento de subscritores chegou aos 200% nos últimos dias e a 300% na passada sexta-feira, último dia para garantir as taxas anteriores.

Só em 2014, os portugueses subscreveram 5000 milhões de euros de produtos financeiros do Estado, com os Certificados do Tesouro Poupança Mais a representarem cerca de 60% do total.

No final do ano passado, a poupança dos particulares acumulada nos cofres do Estado ascendia a 17.189 milhões de euros, um valor equiparável a Janeiro de 2009, antes dos principais impactos da crise financeira e da intervenção da troika de credores. O recorde foi registado em Janeiro de 2008, com 18.186 milhões de euros.

Para este ano, o Governo estima colocar 2500 milhões de euros em produtos de poupança, mas a forte corrida a este tipo de produtos, especialmente a partir do momento em que se soube que as taxas iam descer, pode fazer com que esse valor seja ultrapassado.

fonte:http://www.publico.pt/e

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17
Jan 15

Bancos esperam que corte nos certificados "reponha concorrência normal pela poupança"

A APB considera que a descida dos juros oferecidos nos produtos do Estado era "esperada" e defende que com a redução das taxas dos certificados a concorrência pelas poupanças será normalizada.

A Associação Portuguesa de Bancos (APB) vê com bons olhos a descida das taxas praticadas nos certificados, tanto nos de aforro como nos do Tesouro. Diz, em declaração ao Negócios, que acredita que com o corte, ainda que não seja conhecida a dimensão da descida dos juros, poderá ser reposta a normalidade na "concorrência pela poupança" das famílias portuguesas.

 

"Face à situação do mercado, a revisão [das taxas praticadas pelo Estado nos produtos de poupança] era, em termos de gestão, naturalmente esperada", diz a APB, associação que representa as instituições financeiras nacionais. Isabel Castelo Branco, secretária de Estado do Tesouro, revelou esta quarta-feira que as taxas vão descer nas subscrições realizadas em Fevereiro.

 

"Espera-se que a descida contribua também para repor condições de concorrência normais com outros produtos de poupança", acrescenta a associação liderada por Faria de Oliveira. Actualmente, o Estado paga uma taxa bruta média anual de 4,25% nos CTPM, sendo que nos certificados de aforro, o juro bruto está acima dos 3%.

 

Ambos os produtos do Estado remuneram bem mais do que os depósitos a prazo dos bancos cuja taxa média está em 1,34% (de acordo com os dados do Banco de Portugal relativos a Novembro). Esta diferença expressiva de taxas levou a que em 2014 o Estado tenha captado mais de 4.500 milhões de euros. O valor aplicado nos depósitos a prazo baixou em mais de mil milhões de euros.

 

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

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02
Nov 14

Caixa, BPI e BCP captaram 4000 milhões em depósitos no 3.º trimestre

Em apenas três meses, a Caixa Geral de Depósitos (CGD), o BPI e o BCP registaram um aumento de quase 4000 milhões de euros nas suas carteiras de depósitos, com especial destaque para o banco estatal que recebeu a fatia de leão (mais de metade do valor).

A captação anormal de depósitos (3893 milhões), entre 30 de Junho e 30 de Setembro, por parte da CGD, do BCP e do BPI, terá sido, em grande medida,o resultado da migração das poupanças dos clientes do BES/Novo Banco que terão procurado um refúgio nos três maiores bancos a operar em Portugal.

Já no Montepio Geral a tendência foi inversa à da CGD, BPI e BCP, ao registar uma descida nos seus depósitos. De acordo com os dados divulgados esta semana pela instituição financeira detida pela associação mutualista, em Setembro deste ano (final do terceiro trimestre), o total de depósitos era de 13.969 milhões de euros, caindo 345 milhões de euros face a Junho (-2,4%). No final do semestre, os depósitos chegavam aos 14.314 milhões, e o valor tinha vindo a subir.

A aceleração do crescimento dos depósitos na CGD, BPI e BCP deverá ter sido feita à custa dos clientes do BES/Novo Banco. O banco público voltou a destacar-se e, em apenas três meses, a sua carteira de depósitos na actividade doméstica aumentou 2395 milhões, passando de 52.741 milhões, para 55.136 milhões. No mesmo período, a do BPI subiu 888 milhões (para 19.288 milhões), valor que no BCP foi de 610 milhões (para 34.214 milhões). 

Desde Junho que se tinha instalado à volta daquele que chegou a ser o segundo maior banco privado português uma sensação de descrédito generalizada que culminou com a renúncia de Ricardo Salgado à liderança do BES, ao fim de 22 anos, por imposição do Banco de Portugal, e a sua detenção para ser interrogado pelo Ministério Público, a 28 de Julho. Para além destes episódios, o facto de o Novo Banco, criado a 3 de Agosto, ser por definição de transição, destinado a ser vendido, tende a gerar incerteza quanto ao seu futuro.

Depois de o BPI (prejuízo de 114 milhões), o BCP (prejuízo de 98,3 milhões) e o Montepio Geral (lucros de 22 milhões) terem apresentado contas, foi ontem a vez de a CGD revelar ter fechado o terceiro trimestre em terreno positivo com lucros de 55,5 milhões de euros, que contrasta com um prejuízo no mesmo período de 2013 de 283,5 milhões de euros.

É o terceiro trimestre consecutivo em que o banco apresenta lucro, ainda que, entre Janeiro e Junho, a CGD tenha apurado um lucro de 130 milhões de euros, que acabou por ser penalizado pelas imparidades de crédito registadas com empresas do Grupo Espírito Santo (GES). 

A CGD justifica o acréscimo de 20% nas imparidades do crédito, que totalizam agora 570 milhões, por "factores conjunturais de carácter não recorrente, parte dos quais com reflexo muito importante na actividade internacional.". Ainda assim, os custos com provisões e imparidades representaram uma redução homóloga de 13,1%, totalizando, no acumulado dos nove meses, 580,8 milhões de euros. A exposição da CGD ao grupo GES é de cerca de 300 milhões de euros, sendo que apenas 100 milhões têm garantias reais. Entre 150 a 170 milhões de euros são considerados de risco e foram provisionados.

Entre Janeiro e Setembro, o produto da actividade bancária subiu para 1370 milhões de euros, mais 10,4%, reflectindo o impacto positivo na CGD da crise no BES, com os depósitos a subirem 2540 milhões de euros para 69.726 milhões (mais 3,8%) face aos nove primeiros meses de 2013. Por seu turno, o crédito reduziu-se 4,9% para 71.900 milhões de euros. O financiamento à economia caiu 7% para 55.000 milhões, sendo que quer ao nível das empresas quer de particulares se verificou uma descida. A margem financeira alargada aumentou 26,2% para 779,9 milhões no período analisado.  

O resultado bruto registou uma subida de 66,4%, totalizando 413,3 milhões de euros. Para os resultados positivos contribuiu também a venda de 80% das seguradoras Fidelidade, Multicare e Cares, ao grupo chinês Fosun, que originou uma mais-valia de 234,9 milhões de euros. O rácio de solvabilidade (CET1) passou de 10,7%, em Dezembro do ano passado, para 11,7% no terceiro trimestre do ano. Com Luís Villalobos

 

fonte:http://www.publico.pt/e

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18
Ago 14

Presidente do Montepio tranquiliza clientes

O presidente do Montepio, António Tomás Correia, garantiu esta segunda-feira que os clientes e mutuários da instituição podem estar descansados, já que o grupo está "muito bem capitalizado", tem muita liquidez e está bem provisionado.

"Os clientes e os mutuários podem estar descansados. O Montepio é um grupo muito bem capitalizado, muito líquido e com um balanço e ativos muito bem provisionados", afirmou o gestor, numa entrevista à estação televisiva TVI.

Estas declarações surgem dias depois de ter sido noticiado que está em curso uma auditoria forense ao Montepio, a pedido do Banco de Portugal.

"Aquilo que está em causa é uma avaliação de procedimentos na carteira de crédito, sendo a maioria crédito à habitação e não crédito às empresas a que se referiu [do universo Grupo Espírito Santo]", sublinhou Tomás Correia.

Segundo o presidente do Montepio, a auditoria forense que está em curso no Montepio "é um procedimento de rotina, normal e desejável", tendo-lhe sido comunicada através de uma carta do Banco de Portugal datada de 30 de outubro de 2013.

"Há sempre diversas auditorias em curso desde que a 'troika' [União Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional] veio para Portugal", frisou, reforçando que esta inspeção do supervisor "insere-se num quadro de normalidade".

Tomás Correia revelou que o Monteio tem um rácio de cobertura para o crédito em incumprimento de 136% e afastou a ideia de que a entidade tenha um montante de crédito sem garantia exagerado.

"Desafio que olhem para o crédito sem garantia no Montepio e o que é prática corrente no sistema financeiro", disse, sublinhando que o mesmo tem por base financiamento a "grandes empresas", bem como as áreas do crédito ao consumo e dos cartões de crédito.

Numa altura em que decorre uma auditoria forense no Banco Espírito Santo (BES), além de mais duas noutras instituições que ainda não se sabe quais são, segundo revelou recentemente o governador do Banco de Portugal, o facto de ter sido noticiado que está a decorrer uma auditoria forense no Montepio poderá causar preocupações aos clientes e mutuários do banco mutualista, um cenário que Tomás Correia fez questão de afastar.

"Sendo isso potencialmente penalizador, tenho a dizer que ao longo do dia de hoje não houve qualquer anormalidade no acesso dos clientes do Montepio aos balcões, nem aos outros canais do banco", assegurou.

E salientou: "Hoje foi um dia completamente normal".

A auditoria forense visa as contas do período entre 2009 e 2012, revelou Tomás Correia.

O responsável garantiu ainda que a Associação Mutualista - que é atualmente supervisionada pelo Ministério da Segurança Social, aplicando as regras prudenciais do código mutualista, e cuja casa-mãe (onde se encontra a área seguradora) vai passar a ser supervisionada pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP) - "está preparada para cumprir as regras da atividade seguradora".

Já a Caixa Económica Montepio Geral, ou seja, a parte bancária do grupo, continuará sob a alçada do Banco de Portugal.

 

fonte:http://www.jn.pt/P

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15
Ago 14

Novo Banco garante que funcionários mantêm todos os direitos

O presidente do Novo Banco, Vitor Bento, tranquiliza os trabalhadores da instituição bancária.

Os sindicatos receberam a garantia de que todos os trabalhadores passaram para o Novo Banco mantendo os seus direitos e deveres, incluindo o fundo de pensões com a manutenção do acordo colectivo.

Em entrevista à SIC, Bento adiantou inda que quaisquer consequências da reorganização do banco vão ser sempre avaliadas com os representantes dos trabalhadores. Vítor Bento admite reduzir o número de trabalhadores, mas não avança dados concretos.

fonte:http://rr.sapo.pt/in

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30
Jun 14

Portugueses usam cada vez menos cheques

Relatório do Banco de Portugal regista crescente utilização de pagamentos electrónicos. As compras e os levantamentos no multibanco tiveram no ano passado um ligeiro aumento em valor.

 

Os portugueses utilizam cada vez menos cheques, sobretudo nas operações de menor valor, mostra o Relatório de Sistemas de Pagamento em 2013 do Banco de Portugal, divulgado esta segunda-feira. 

A diminuição aconteceu tanto na quantidade utilizada, como no montante global transaccionado, com descidas de 14,4% e 13%, respectivamente. O número de cheques liquidados caiu para 56.518 milhões, com o montante associado a ficar-se pelos 119.902 milhões de euros.

Já nas operações de valor mais elevado, o uso de cheques manteve-se estável. O valor médio dos pagamentos foi de 1318,3 euros. Não só aumentou 21,5 euros (1,7%) face ao ano anterior, como voltou a ficar acima (93,7 euros) do montante médio das transferências a crédito.

No ano passado, foram devolvidos 302.436 cheques, ou 0,54% dos cheques emitidos em 2013. Ainda assim, a percentagem de cheques sem provisão devolvidos pelos bancos em 2013 atingiu os 73,5%, menos do que no ano anterior.

Acompanhando a tendência de diminuição do número de cheques, baixou também o número de entidades que fazem parte da lista de utilizadores de “cheques que oferecem risco” (a diminuição foi de 23% em relação a 2012).

Em contrapartida, registou-se uma crescente utilização de pagamentos electrónicos, nomeadamente de cartões de débito (32,1%), incluindo os chamados cartões de débito diferido. Os cartões de débito passaram de 10,2 milhões para 13,5 milhões.

As compras e os levantamentos no multibanco (ATM) tiveram no ano passado um ligeiro aumento em valor.

 

fonte:http://rr.sapo.pt/i

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05
Jun 14

Bancos começam a pagar para depositar dinheiro no BCE

Pela primeira vez desde a sua existência, o Banco Central Europeu (BCE) colocou a taxa de juro sobre depósitos em terreno negativo

A zona euro começa hoje uma nova euro com a taxa de juro de referência próxima de zero, depois do corte de 0,25% para 0,15% anunciado há instantes. O que significa que o BCE vai comprar um juro irrisório aos bancos para lhes emprestar dinheiro.

Mas há outra mexida que merece maior destaque: pela primeira vez, a taxa sobre depósitos do BCE passa para terreno negativo, em 0,1%. Ou seja, a partir de hoje, se os bancos quiserem ter o dinheiro depositado em Frankfurt, passam a ter de pagar.

É uma forma de a instituição liderada por Mario Draghi obrigar o sistema bancário a abrir os cordões à bolsa e colocar o dinheiro na economia, ao invés de o manter depositado para melhorar balanços e reduzir o risco. Isto numa altura em que o crédito bancário às empresas continua em queda na zona euro, sobretudo em países com dificuldades, como Portugal, onde as PME não conseguem obter financiamento.

De acordo com os dados do BCE, os bancos europeus têm neste momento cerca de 32,7 mil milhões de euros depositados em Frankfurt. O que significa que, ao valor actual dos depósitos, se os bancos não retirarem parte dos mesmos, vão ter de pagar à autoridade monetária um juro 32,7 milhões de euros por ano, o que dá cerca de 2,7 milhões por mês.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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23
Abr 14

Comissões cobradas aos clientes estão a ajudar a salvar a banca

Há 40 anos, se um banco decidisse cobrar pelos serviços que presta aos clientes (manutenção de uma conta, fornecimento de cheques…), provavelmente, estava condenado à inexistência. Nessa altura, os bancos pagavam juros por uma conta à ordem e nas suas contas oficiais não existia a rubrica comissões.

Hoje, o panorama mudou radicalmente e, só no ano passado, os cinco principais bancos a operar em Portugal somaram mais de 2600 milhões de euros cobrados aos seus clientes pelos serviços que lhes prestaram - as chamadas comissões que existem para tudo, até para depositar moedas.

Num ano de 2013, que foi negro para alguns dos pesos-pesados da finança portuguesa - principalmente para o banco público (CGD) e o Banco Espírito Santo -, o valor global das comissões cobradas aumentou 5% face ao ano precedente. Sem esta almofada, o descalabro seria total. Basta ver que, enquanto em 2012 o valor total das comissões representou pouco mais de um quarto do produto bancário apurado pelas cinco maiores instituições financeiras portuguesas, no ano passado esse peso era superior a 36% das receitas geradas pela actividade bancária.

Em 2013, o valor das comissões cobradas pela CGD, pelo BES, pelo BCP, pelo BPI e pelo Santander Totta, ascendeu a 2661 milhões de euros, para um produto bancário (juros, comissões e outras receitas) de 7265 milhões de euros. No ano precedente, as comissões totalizaram 2534 milhões de euros, para um total de receitas de 9546 milhões de euros. 

Na tabela das comissões cobradas, o campeão é o Banco Espírito Santo. No ano passado, os 808 milhões de euros cobrados representam 43% do total de receitas apuradas. No último lugar da lista de cinco bancos, o BPI está em último lugar, com uma percentagem de 29,5% de comissões face ao produto bancário. O BCP colheu em comissões 37,5% do produto total, a Caixa Geral de Depósitos 32,3% e o Santander 36,4%.

Depois do 25 de Abril, o que valia para o apuro final da banca era a margem financeira conseguida entre as taxas de juro que cobrava nos empréstimos e aquilo que pagava pelos depósitos (um valor residual naqueles em que o dinheiro estava à ordem, mas mais atractivo nas contas de depósito a prazo). E o facto de as principais instituições bancárias estarem nacionalizadas e a funcionar num ambiente relativamente protegido face à concorrência exterior foi mantendo o quadro, até que o Estado autorizou a entrada de bancos privados no jogo do mercado e começou a privatizar o que lhe restava em carteira, à excepção da Caixa Geral de Depósitos. A partir daí, o contexto mudou e as práticas também.

Comissões a reboque da crise
No início do século, a actividade bancária ficou marcada pela concessão, em larga escala, de crédito ao sector imobiliário e às famílias, nestas últimas para a compra de casa e outros bens de consumo. A estratégia gerou lucros elevados aos bancos, que na concorrência desenfreada esmagaram margens comerciais, como foi o caso dos spreads no crédito à habitação, aproximando-os quase do zero.

A crise financeira internacional, a partir de 2007, trocou as voltas às contas aos bancos. Para além de encarecer brutalmente o preço do dinheiro que os próprios tinham de pedir, para refinanciar empréstimos contraídos, fez disparar o incumprimento de empresas e famílias. O valor das imparidades disparou nas contas dos bancos e a carteira de crédito à habitação, garantem os banqueiros, dá prejuízo. Paralelamente, por força da crise, mas também pela escassez de falta de dinheiro da própria banca e a necessidade de reequilibrar o rácio crédito/depósitos, a actividade de concessão de crédito foi congelada.

Em resultado deste mix de factores, os lucros caíram a pique e chegarem mesmo a prejuízos elevados.

É precisamente a partir da crise financeira internacional que o sector bancário acelera nas comissões bancárias, um movimento facilitado pelo banco público, que não só acompanhou o movimento, como chega a liderar em algumas rubricas.

Sem possibilidade de cobrar comissões pelos levantamentos nas caixas automáticas, vulgarmente designadas de multibanco, a pressão transfere-se para os serviços prestados nos diferentes canais: rede de balcão, serviço telefónico e Internet.

Também as comissões cobradas aos comerciantes pelo pagamento de compras e serviços por meios electrónicos (cartões de débito e de crédito) atingiram valores elevados.

A situação atingiu proporções tais, penalizando essencialmente os clientes com menores rendimentos e pequenos comerciantes, que a Comissão Europeia tem em curso várias iniciativas legislativas para limitar os valores. A nível nacional, também há vários projectos de lei em discussão.

fonte:http://www.publico.pt/ec

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14
Abr 14

Contas de serviços mínimos bancários triplicaram num ano

Os Serviços Mínimos Bancários (SMB) foram criados com o objetivo de proporcionar acesso a uma conta à ordem e um conjunto de serviços financeiros às pessoas com rendimentos mais baixos, que outra forma não poderiam pagar as comissões exigidos pelos bancos. Mas a alteração legislativa de 2012, que possibilitou que qualquer pessoa possa ter acesso a estas contas, levou a um aumento da procura. Num ano, a abertura destas contas mais que triplicou: em 2012, o número de contas constituídas no âmbito dos serviços mínimos bancários totalizou 1849; no ano passado, esse número ascendeu a 6528, o que representa um aumento de 253%, segundo os dados do Relatório de Supervisão Comportamental, do Banco de Portugal.

Das contas constituídas, uma fatia de 18,9% foram criadas “por conversão de uma conta de depósito à ordem já anteriormente detida pelo cliente bancário”, adianta o relatório do Banco de Portugal.

Apesar de se ter verificado um aumento de 50% do encerramento de contas, no final o balanço é positivo. Em 2013, o número total destas contas ascendeu a 9646, ou seja, mais 186% face ao ano anterior.

Para abrir uma ‘conta mínima’, os interessados devem “declarar em documento assinado que não são titulares de outra conta de depósito à ordem e que autorizam a instituição de crédito a confirmar a veracidade dessa declaração”, adianta o portal do Cliente Bancário, do Banco de Portugal. Uma das vantagens destas contas é o custo reduzido, ou mesmo inexistente.

Atualmente apenas seis instituições disponibilizam este serviço: Caixa Geral de Depósitos (CGD), BCP, BES, BPI, Santander Totta e Montepio. Destes bancos, apenas o BPI e CGD não cobram qualquer comissão pela manutenção desta conta low cost. Os restantes cobram entre 4,64 euros e 4,85 euros (acrescido de imposto de selo.)

As contas de serviços mínimos bancários incluem abertura e manutenção da conta, cartão de débito, acessos aos balcões e caixas automáticas, serviço de homebanking, depósitos, levantamentos, pagamentos de bens e serviços, débitos diretos e transferências intrabancárias.

Os bancos não podem cobrar, por esses serviços, comissões, despesas ou outros encargos que, anualmente e no seu conjunto, representem um valor superior a 1% do salário mínimo nacional, ou seja, 4,85 euros.  

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/M

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