28
Ago 12

Banco de Portugal incentiva bancos a emprestarem dinheiro entre si

O Banco de Portugal coloca à disposição dos bancos portugueses a partir de 3 de setembro uma plataforma que possibilita que as instituições emprestem dinheiro umas às outras sem garantias, anunciou, esta terça-feira, a entidade liderada por Carlos Costa.

"No sentido de incentivar o funcionamento do Mercado Monetário Interbancário (MMI) doméstico, a partir de 3 de setembro o Banco de Portugal coloca à disposição das instituições residentes uma plataforma para o registo e o processamento de operações de mercado monetário interbancário sem garantia (MMI/SG), através da qual as instituições podem trocar fundos entre si, em euros, por prazos até um ano, mediante operações sem exigência de garantia de ativos", lê-se num comunicado emitido pelo supervisor.

"O lançamento desta plataforma insere-se num conjunto de medidas tomadas pelo Banco de Portugal destinadas a fomentar o funcionamento eficiente do MMI doméstico, prevendo-se para uma fase posterior a disponibilização da vertente do MMI doméstico com garantia de ativos", sublinhou a entidade.

Esta ferramenta já existia, mas foi descontinuada no início de 2009 devido à escassez de operações, na sequência da grave crise financeira.

A 13 de abril, o governador do Banco de Portugal já tinha anunciado a reposição do mercado monetário interbancário nacional, perante os constrangimentos sentidos nas instituições europeias para emprestarem liquidez entre si.

"Vamos repor o mercado monetário interbancário de modo a que uma instituição com capacidade de cedência liquidez a ceda a instituições que tenham capacidade de a aplicar", disse Carlos Costa na audição na comissão parlamentar para o acompanhamento das medidas do programa de assistência financeira a Portugal.

Segundo Carlos Costa, esta função de cedência de liquidez entre bancos vai ser assumida a nível nacional, quando deveria acontecer a nível europeu, porque "o mercado [monetário interbancário] europeu colapsou" durante a atual crise financeira.

fonte_:http://www.jn.pt/P


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29
Mai 12

Banco de Portugal avisa: malparado vai subir ainda mais

O Banco de Portugal (BdP) acredita que o malparado, que está já em níveis historicamente elevados em Portugal, vai crescer ainda mais este ano, por causa da crise.

«O quadro recessivo que marcou o ano de 2011 e o início do ano corrente traduziu-se numa considerável deterioração da situação financeira do setor privado não financeiro e na consequente materialização do risco de crédito. A evolução da situação financeira dos particulares foi marcada pela redução do seu rendimento disponível, associada à quebra das remunerações e das prestações sociais e ao agravamento da carga fiscal, e pela redução ligeira da taxa de poupança», refere o banco central, no Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado esta terça-feira.

«No caso das sociedades não financeiras, destaca-se a redução da poupança e a queda das necessidades de financiamento para investimento num contexto de forte deterioração da atividade económica», escreve o supervisor. E explica que, «em resultado deste agravamento, o rácio de incumprimento e o fluxo anual de novos empréstimos em incumprimento atingiram o valor mais elevado desde o início da área do euro, sendo de esperar que esta situação se intensifique ao longo de 2012».

Bancos têm de aumentar dotação de imparidade

Enquanto o rácio de incumprimento nos empréstimos a particulares para aquisição de habitação tem vindo a crescer de forma relativamente gradual, o incumprimento nos empréstimos a particulares para consumo e outros fins e nos empréstimos a sociedades não financeiras tem registado fortes aumentos. 

Relativamente às sociedades não financeiras, a deterioração dos indicadores de qualidade de crédito foi transversal a todos os setores de atividade, sendo no entanto particularmente acentuada nos setores da construção, das atividades imobiliárias, no comércio por grosso e a retalho, e na reparação de veículos automóveis e motociclos.

Este aumento foi também generalizado por dimensão da empresa e da exposição, continuando o incumprimento a ser mais frequente e significativo nos empréstimos com montantes mais reduzidos e nas empresas de menor dimensão.

«O processo de ajustamento em curso na economia portuguesa deverá continuar a implicar um abrandamento da atividade económica ao longo de 2012 e o consequente aumento do desemprego e do número de empresas em processo de falência e insolvência. É assim de esperar que se continue a assistir a uma maior materialização do risco de crédito, o que sugere a necessidade de os bancos continuarem a aumentar a dotação de imparidade para perdas na carteira de crédito», salienta.

Mais depósitos

«O significativo aumento dos recursos de clientes sob a forma de depósitos tem permitido melhorar a posição estrutural de liquidez do sistema bancário português, em especial das instituições domésticas, num contexto de virtual ausência de acesso aos mercados internacionais de dívida por grosso».

Este crescimento dos depósitos demonstra a confiança dos depositantes no sistema bancário português, dando alguma folga aos bancos, que estão mais dependentes do que nunca do financiamento concedido a título excecional pelo Banco Central Europeu (BCE), já que o mercado interbancário está fechado há praticamente dois anos.

O aumento dos depósitos, a par da menor concessão de crédito, permite que a banca portuguesa se aproxime mais rapidamente das metas de desalavancagem impostas pela troika.

No mesmo documento, o Banco de Portugal revela temer afuga de capitais estrangeiros dos bancos portugueses.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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13
Abr 12

BdP quer bancos nacionais a emprestarem uns aos outros

O Banco de Portugal quer que os bancos portugueses que têm liquidez emprestem esse dinheiro a outros bancos, que precisem dele. 

O governador do banco central, que está a ser ouvido no Parlamento esta sexta-feira, anunciou que vai repor o mercado monetário interbancário nacional, dados os constrangimentos sentidos nas instituições europeias para emprestarem liquidez entre si. 

«Vamos repor o mercado monetário interbancário de modo a que uma instituição com capacidade de cedência liquidez a ceda a instituições que tenham capacidade de a aplicar», disse Carlos Costa na audição na comissão parlamentar para o acompanhamento das medidas do programa de assistência financeira a Portugal.

Segundo Carlos Costa, esta função de cedência de liquidez entre bancos vai ser assumida a nível nacional, quando deveria acontecer a nível europeu, porque «o mercado [monetário interbancário] europeu colapsou» durante a atual crise financeira.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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24
Jan 12

PSD e CDS querem impor cortes salariais no Banco de Portugal

O PSD diz que é “possível aplicar os cortes salariais”, o CDS aguarda resposta do regulador mas quer, no mínimo, medidas equivalentes.

Os dois partidos que sustentam o Governo não desistem da ideia de que o Banco de Portugal (BdP) não pode ficar de fora da austeridade que está a ser aplicada a toda a Administração Pública. Luís Montenegro, líder parlamentar do PSD, diz ao Diário Económico que acredita que "é possível aplicar os cortes salariais ao Banco de Portugal sem que este perca a sua independência".

Na mesma linha, João Almeida, do CDS, diz que o seu partido aguarda por respostas do banco central, depois de ter sido feito um requerimento a questionar o impacto das medidas que foram tomadas pela administração do (BdP) para compensar o corte salarial impostos no Estado. "Sempre defendemos que o corte fosse global" e "embora o BdP seja uma entidade sujeita às regras do BCE é fundamental que seja feito um esforço idêntico" ao que foi decretado para todo o Estado - incluindo o sector empresarial público como é o caso da CGD.

Recorde-se que a independência do BdP saiu reforçada recentemente com a aprovação de dois diplomas: a nova lei orgânica do Ministério das Finanças e a nova lei quadro dos institutos públicos. Com o primeiro diploma, o BdP deixou de estar na esfera da Administração Pública, directa ou indirecta, para passar a ser classificado como "banco central", num artigo autónomo dentro da referida lei. Já com a lei quadro dos institutos públicos, publicada a semana passada, o BdP deixou de ser considerado instituto público de regime especial, garantido-se assim a qualidade de banco central membro do Eurosistema e atendendo-se "às especiais exigências de independência" face aos seus poderes de superintendência. Na prática os dois diplomas acabaram com as dúvidas relativamente à liberdade do banco central na gestão dos seus recursos humanos, nomeadamente na imposição de medidas do Governo aos seus trabalhadores.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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14
Jan 12

Administração do Banco de Portugal abdica dos subsídios

O pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos reformados do banco central está suspenso e a administração abdicou dos subsídios.

O Banco de Portugal até anunciou que ia cortar os gastos com pessoal, mas também anunciou que iria manter o pagamento dos subsídios de férias e de Natal aos seus funcionários - que terão hoje recebido o de férias -, não acompanhando os mesmos cortes aplicados aos funcionários da Função Pública e pensionistas.

Esta situação motivou muitas críticas inclusivamente dos partidos que formam Governo, pelo facto de a instituição liderada por Carlos Costa "não entrar no esforço" que é pedido aos funcionários públicos, que vão perder os 13º e 14º meses em 2012 e 2013.

Face à contestação, o Banco de Portugal comunicou hoje que os membros do Conselho de Administração abdicaram destes subsídios em 2012 e que "o processamento dos subsídios aos reformados da instituição "está suspenso", dependendo da "clarificação do enquadramento jurídico face ao artigo 25º da Lei do Orçamento do Estado, aguardando-se pareceres que foram oportunamente solicitados".

É que o Banco de Portugal tem regras próprias que permitem que decisões tomadas pelo Estado sobre pagamentos de salários na Função Pública não sejam aplicadas aos seus trabalhadores, o que pode não ser válido para os reformados.

"O Banco de Portugal, a sua Administração e os seus colaboradores são sensíveis ao contexto difícil em que vive a sociedade portuguesa. Tal como em 2011, o Conselho de Administração do Banco de Portugal decidiu, de forma autónoma e por imperativo de solidariedade, acompanhar o esforço que o País está a fazer", indica a instituição liderada por Carlos Costa.

fonte:http://economico.sapo.pt/

 

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