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Nov 11

Sindicatos dos bancários exigem que Estado pague 14 pensões

O Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas admite não assinar o acordo tripartido para a transferência dos fundos de pensões da banca se o Estado não garantir aos pensionistas o equivalente a 14 prestações anuais.

Os bancos e o Governo estão em vias de chegar a acordo para acertar os pormenores da transferência dos fundos de pensões dos bancários dos principais bancos privados já reformados para o regime geral da Segurança Social, uma transferência que deverá envolver apenas dívida pública e dinheiro.

Neste processo, os sindicatos querem assegurar que fiquem garantidos os direitos acordados em contratação colectiva, nomeadamente o pagamento das 14 pensões anuais ou o montante correspondente, independentemente de a proposta do Orçamento do Estado para 2012 suspender o pagamento dos subsídios de férias e Natal aos
funcionários da Administração Pública e pensionistas com vencimentos acima de mil euros.

"Os fundos pensões estão provisionados [pelos bancos para pagarem 14 prestações anuais]. Que sentido faz o Estado pagar só 12 meses, o que vão fazer ao dinheiro sobrante", questionou à agência Lusa Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI).

Para o sindicato - o mais representativo dos bancários - esta questão é essencial para pôr a sua assinatura no acordo tripartido.

"Só poderá haver acordo tripartido sem perda de direitos para os pensionistas e que fiquem assegurados enquanto houver pessoas nestas circunstâncias, ou seja, não aceitamos uma solução para dois anos", assegurou Rui Riso.

Se assim não for, o sindicato admite rejeitar o acordo: "Obviamente que não [assinamos]", acrescentou.

Ainda assim, a estrutura sindical diz que está disposta a aceitar que esses dois meses dos subsídios sejam incorporados nas 12 prestações, desde que "se mantenha o rendimento global", ainda que considere que essa solução seria penalizadora para os fundos de pensões.

"Se os pensionistas começam a receber logo em Janeiro os subsídios o dinheiro não pode ficar nos fundos a gerar mais riqueza", considerou Rui Riso.

Independentemente de qualquer solução, o que o sindicato quer garantir é o pagamento de um rendimento anual correspondente às 14 pensões acordadas com os bancos,
explicou.

Se os sindicatos não assinarem o acordo, os fundos de pensões poderão na mesma ser transferidos para o Estado, mas o SBSI garante que vai "opor-se por todos os instrumentos disponíveis a qualquer alteração" do estabelecido em contratação colectiva.

Os sindicatos dos bancários e o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, poderão reunir-se ainda esta semana, depois de nas reuniões anteriores o Governo ter entregado um documento ao sindicato em que referia a manutenção dos direitos da contratação colectiva.

Os sindicatos também não cedem em que fique inscrito no acordo que é a banca a responsabilizar-se por provisionar os fundos em caso de desvalorização dos activos para que os contribuintes não sejam "prejudicados".

Em Agosto, o Governo anunciou o recurso à transferência dos fundos de pensões dos bancos para o Estado para compensar o buraco orçamental e garantir o cumprimento do défice de 5,9 por cento do Produto Interno Bruto, numa operação semelhante à que aconteceu em 2010 com o fundo de pensões da Portugal Telecom.

O valor transferido é contabilizado como receita no ano em que é recebido, abatendo ao défice, mas fica a cargo do Estado as responsabilidades futuras com estas pensões.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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Out 11

Banqueiros portugueses são dos que menos ganham na Europa

Os principais banqueiros portugueses são dos que menos recebem em salários na Europa, mas mesmo assim estão à frente dos dinamarqueses, noruegueses, holandeses e belgas, refere um estudo de analistas da Alphaville.

O documento, publicado hoje no 'Le Parisien', indica que os executivos dos principais bancos portugueses receberam em 2010, em média, cerca de 845 mil euros por ano, estando em nono lugar num 'ranking' que inclui treze países.

A lista dos mais bem pagos banqueiros europeus é liderada pelos britânicos (5,7 milhões de euros), logo seguido dos suíços (4,4 milhões) e dos espanhóis (3,7 milhões).

A seguir aos banqueiros espanhóis, situam-se os máximos responsáveis dos bancos alemães (3,3 milhões), italianos (1,9 milhões), suecos (1,3 milhões), austríacos (1,2 milhões), franceses (865 mil euros) e portugueses, de acordo com o estudo.

A lista dos treze países estudados fecha com os dinamarqueses, com 796 mil euros, os holandeses (623 mil euros), os noruegueses (537 mil euros) e os belgas (250 mil euros).

Individualmente, a maior remuneração pertence a Robert Diamond, presidente do Barclay's, com 11,5 milhões de euros, logo seguido de Brady Dougan, do Crédit Suisse, com 9,2 milhões, Alfredo Sáenz, do Santander, com 7,9 milhões e Stuart Gulliver, de HSBC, com 7,2 milhões.

O estudo refere ainda que, em alguns casos, uma parte do dinheiro, para além do salário propriamente dito, é pago com acções atribuídas aos executivos.

Essas acções representaram, por exemplo, 7,8 milhões de euros da remuneração de Robert Diamond.

fonte:Lusa/SOL

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