23
Jan 12

BPP: clientes indemnizados esta semana

Os clientes do antigo Banco Privado Português (BPP) vão receber os pagamentos de até 25 mil euros do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) a partir desta semana, confirmou esta segunda-feira a comissão diretiva do mecanismo.

«A Comissão Diretiva do Sistema de Indemnização aos Investidores (SII) informa que o Sistema vai iniciar esta semana o processamento do pagamento das indemnizações no âmbito do acionamento ocasionado pelo Banco Privado Português (BPP)», lê-se no comunicado hoje divulgado, que acrescentou que «esse pagamento será faseado e decorrerá ao longo das próximas semanas».

Assim, é confirmada a notícia que a agência Lusa avançou na quinta-feira, na altura, com base nas declarações do presidente da Associação Privado Clientes, Jaime Antunes.

No início dos trabalhos da assembleia de participantes do Fundo Especial de Investimento (FEI) de Gestão Passiva dos clientes do antigo Banco Privado Português (BPP), que decorreu na terça-feira passada, em Lisboa, o líder da Associação Privado Clientes disse ter conhecimento que o SII iria iniciar os pagamentos esta semana.

Os clientes do BPP já foram ressarcidos dos seus depósitos, com garantias de até 100 mil euros, através do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), e agora receberão o dinheiro dos seus investimentos (no limite máximo de 25 mil euros).

O SII, que está ligado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), foi criado para indemnizar os clientes de bancos e instituições financeiras vítimas de más práticas do mercado.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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18
Jan 12

BPP: alteração no megafundo depende da garantia estatal

Objectivo é que gestora do fundo aceite ofertas de troca de títulos, evitando assim a desvalorização dos seus activos

A alteração da política de investimento do megafundo do BPP foi aprovada na terça-feira à noite pela maioria dos clientes, mas a mesma só será efectiva depois de as Finanças assegurarem a manutenção da garantia estatal.

Após um atraso de três horas no início dos trabalhos da assembleia de participantes do Fundo Especial de Investimento (FEI) de Gestão Passiva dos clientes do antigo Banco Privado Português (BPP), foram necessárias quase mais três horas para sair «fumo branco» do encontro que, segundo disseram alguns clientes à agência Lusa, teve um custo global de 80 mil euros, suportados pelos recursos do próprio fundo.

«A proposta que permite que a gestora do FEI [Banif Gestão de Activos] aceite ofertas de trocas de títulos foi aprovada com 72 por cento dos votos, mas a sua validade está condicionada à formalização pela parte do Governo, no caso, do Ministério das Finanças, por escrito, de que a garantia estatal [de 250 mil euros por titular de conta de retorno absoluto] se mantém», disse à Lusa Carlos Cardoso, cliente do retorno absoluto do BPP e o autor da proposta que foi aprovada.

Agora a bola está do lado do Ministério das Finanças, que tem de assegurar a manutenção da garantia do Estado. 

Em causa está a proposta do Banif Gestão de Activos - que gere o FEI - para alterar o regulamento de gestão do veículo para a gestão activa, de forma a possibilitar que se aproveitem as hipóteses de troca de emissões perpétuas de alguns emitentes, evitando assim a desvalorização dos activos que compõem o megafundo.

A questão que mais preocupa os clientes é uma eventual perda da garantia estatal de que beneficiam nas actuais condições.

Daí a forte afluência à reunião de terça-feira, no Centro de Congressos de Lisboa (CCL), que contou com cerca de duas centenas de pessoas, entre clientes, advogados e representantes.

Mas nem todos sairam do encontro satisfeitos: «Desta assembleia pode dizer-se que ter corrido pior é impossível, onde se atropelou o direito e todo o tipo de normas. É assim que alguma vez poderemos sair do atoleiro onde nos encontramos, é a grande questão que se põe», disse à Lusa uma participante do fundo que pediu para não ser identificada.

«Os trabalhos correram de forma muito irregular, em todos os sentidos, levando a um desapontamento por parte de muitos dos subscritores do FEI», reforçou.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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13
Jan 12

BPP: clientes exigem alterações ao megafundo

Querem alterar os regulamentos para permitir que o Banif Gestão de Activos, que gere o megafundo, possa aceitar propostas de troca de emissões de dívida perpétua

 

Os participantes do megafundo do Banco Privado Português (BPP) querem alterar o regulamento de gestão, proposta pelo Banif Gestão de Activos, para aproveitarem as hipóteses de troca de emissões perpétuas de alguns emitentes e, assim, evitarem a desvalorização dos activos.

«Não só estamos de acordo com a proposta da sociedade gestora do fundo, como exigimos que se faça essa alteração», disse à Lusa Jaime Antunes, presidente da Privado Clientes, explicando que o único objectivo é alterar os regulamentos de forma a permitir que o Banif Gestão de Activos, que gere o megafundo, possa aceitar propostas de troca de emissões de dívida perpétua.

A gestora vai submeter aos participantes do fundo, numa assembleia a realizar a 17 de Janeiro, uma proposta de alteração à política de investimentos do Fundo Especial de Investimento (FEI) de Gestão Passiva dos clientes do antigo Banco Privado Português (BPP).

Hoje, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) emitiu no seu portal um esclarecimento aos participantes do megafundo, explicando que «o actual regulamento de gestão, no que respeita à alienação ou aquisição de activos por conta do fundo, limita a intervenção da entidade gestora, de modo coerente com o facto de se tratar de um fundo exclusivamente de gestão passiva». 

A entidade liderada por Carlos Tavares realçou que «nesse quadro não cabe, naturalmente, à CMVM autorizar qualquer operação que implique o desvio daquele princípio consagrado no regulamento de gestão» e que «a proposta que a entidade gestora submete aos participantes do fundo, para decisão na Assembleia do próximo dia 17 de Janeiro, implica uma alteração à política de investimentos do fundo, dotando a entidade gestora de uma maior discricionariedade de atuação, não se tratando, por isso, de uma mera clarificação da redação do actual regulamento de gestão».

«Ainda hoje tivemos uma proposta de troca de dívida perpétua da Grécia, que, caso o fundo pudesse aceitar, garantia que os participantes receberiam 55 por cento do valor desses activos. Assim, corremos o risco de perder muito mais. É por isso que exigimos que o regulamento do fundo seja alterado, neste ponto exclusivo», revelou à Lusa Jaime Antunes.

Do lado do supervisor, é frisado que «qualquer que seja a redacção que os participantes decidam dar ao regulamento de gestão, no exercício dos seus poderes, a entidade gestora está obrigada a defender as melhores opções para o fundo no âmbito da prossecução do interesse exclusivo dos participantes».

E que «a questão, também já levantada, das eventuais implicações da alteração do regulamento de gestão na garantia concedida pelo Estado a favor dos clientes do BPP, exigirá análise apropriada e, em última instância, apenas poderá ser esclarecida pelo concedente da garantia».

A falta de liquidez da instituição no final de 2008, no auge da crise financeira, motivou a intervenção do Banco de Portugal no BPP. Durante os cerca de 17 meses em que durou a intervenção do supervisor da banca na instituição a principal preocupação das autoridades (Governo, CMVM e Banco de Portugal) esteve centrada no problema dos clientes de retorno absoluto.

A solução patrocinada pelas autoridades passou pela criação de um megafundo, que recebeu a adesão da quase totalidade dos clientes (98 por cento).

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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