20
Fev 14

Banca continua a «cortar» no crédito

O crédito concedido pelo setor bancário em Portugal diminuiu pelo terceiro ano consecutivo no ano passado, totalizando os 330,8 mil milhões de euros, menos 13,6 mil milhões de euros do que no final de 2012.

Segundo o boletim estatístico hoje divulgado pelo Banco de Portugal (BdP), este comportamento «traduziu-se em taxas de variação anual sistematicamente negativas durante o ano de 2013».

Ainda assim, de acordo com a informação divulgada, a contração do crédito abrandou no ano passado.

Em dezembro, a taxa de variação anual atingiu -5,6%, representando um aumento de 4,1 pontos percentuais relativamente aos -9,7% registados no período homólogo.

A contração do crédito verificou-se em todos os setores, com o crédito a sociedades não financeiras e o crédito a particulares a diminuir 7,6 e 5,9 mil milhões de euros, respetivamente.

À semelhança de anos anteriores, a redução do crédito a sociedades não financeiras verificou-se, sobretudo, nos empréstimos, que diminuíram 6,1 mil milhões de euros desde o final de 2012.

Em dezembro de 2013, a taxa de variação anual dos empréstimos a sociedades não financeiras fixou-se em -4,7%, representando um aumento de 1,9 pontos percentuais face a 2012 e invertendo a trajetória descendente que este indicador apresentava desde 2008, destaca o BdP.

Ajustada de vendas de carteiras de crédito por parte dos bancos, acrescenta, a taxa de variação anual dos empréstimos a sociedades não financeiras seria de -3% no final de 2013 (contra os -4,3% no final de 2012).

Os empréstimos a particulares, por sua vez, continuaram a diminuir em todas as finalidades, registando quedas de 3,9 mil milhões de euros na habitação, 1,3 mil milhões no consumo e 0,7 mil milhões de euros em outros fins.

Com esta evolução, as taxas de variação mantiveram-se negativas (nos -3,8%, -7,2% e -4,7%, respetivamente).

Em 2013, o crédito ao setor financeiro não monetário manteve-se, por seu turno, praticamente inalterado.

No final do ano, de acordo com os dados do BdP, o crédito às administrações públicas totalizava os 39,9 mil milhões de euros, menos cerca de 0,2 mil milhões de euros do que no final de 2012, num decréscimo verificado essencialmente na componente de empréstimos.

 

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13
Ago 13

Bancos lançam crédito para arrendar casa. Juros podem chegar aos 14%

Os bancos estão a lançar produtos de crédito para quem quer arrendar casa. Depois de ter restringido o acesso ao crédito para a compra de habitação, a banca oferece agora soluções para quem quer arrendar, mas com taxas de juro mais elevadas do que as que são oferecidas a quem quer comprar casa, avança esta terça-feira o "Jornal de Negócios".

O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses, Romão Lavadinho, já alertou, em declarações à Renascença, para o risco de endividamento das famílias. "Se a família ainda se vai endividar mais para o consumo, é transferir mais-valias para os bancos, endividando as famílias e pondo em causa a sua estabilidade no futuro", diz.

"É uma forma de propor que sejam as famílias a decidir uma coisa que não são elas que vão decidir. Vão ser incentivadas, como já foram no passado. Por outro lado, os valores das rendas hoje continuam a ser 40% a 50% do rendimento do agregado familiar", aponta ainda Romão Lavadinho.

O presidente da Associação de Inquilinos Lisbonenses insiste que esta nova forma de crédito não serve às famílias. "Alerto para que as famílias não sigam esta espécie de 'conto do vigário', no qual, parecendo que vão ter facilidades, vão ter, antes pelo contrário, a vida muito mais difícil e vamos ter novas situações de insolvências, como já há muitas, neste momento."

fonte:http://rr.sapo.pt/inf

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01
Out 12

Créditos e cheques: consulte a sua situação

Banco de Portugal passa a disponibilizar novos serviços online. Saiba quantos créditos tem, se há prestações em atraso, e se pode usar cheques

O Banco de Portugal (BdP) inaugura esta segunda-feira um conjunto de novos serviços ao público, disponíveis no seu sítio na Internet. Empresas e particulares vão poder consultar onlineos seus mapas de responsabilidades de crédito e a informação sobre restrição ao uso de cheque.

O mapa de responsabilidades de crédito apresenta informação mensal sobre o endividamento da empresa face a todas as instituições de crédito e outras entidades participantes na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC). 

A informação sobre restrição ao uso de cheque é obtida através da consulta à Listagem de Utilizadores de cheque que oferecem Risco (LUR). 

O site do BdP passa a contar com uma «Área de Empresa», um canal privilegiado de comunicação entre o banco central e as empresas, «seguro e gratuito, através do qual são disponibilizados um conjunto de serviços relevantes para a atividade das empresas e os meios para o cumprimento das suas obrigações de comunicação estatística ao Banco de Portugal». 

Trata-se de uma área reservada para cada empresa, a que é possível aceder utilizando as mesmas credenciais com que se autentica no Portal das Finanças. Nessa área serão disponibilizados desde já o mapa de responsabilidades de crédito das empresas, a informação sobre restrição ao uso de cheque, os quadros da empresa e do setor e ainda informação qualificada sobre numerário (reservada às entidades que operam profissionalmente com numerário). 

«Visto tratar-se de informação confidencial, a qual só deverá ser acedida pelo próprio titular dos dados, a realização destas consultas obriga a uma autenticação válida no site do Banco de Portugal. Essa autenticação poderá ser feita, no caso dos particulares, através da utilização do Cartão de Cidadão e do respetivo PIN de autenticação, ou, no caso de ser pretendida a obtenção do mapa de responsabilidades de crédito, do recurso às credenciais de acesso ao Portal das Finanças. Para se autenticarem, as empresas deverão utilizar as credenciais de acesso ao Portal das Finanças», explica o BdP em comunicado.

Até hoje, para a obtenção daqueles elementos informativos, os titulares dos dados tinham de se dirigir aos postos de atendimento do Banco de Portugal (em Lisboa ou nas instalações da rede regional) ou efetuar pedidos por escrito, acompanhados da documentação requerida para cada situação.

O Banco continuará a manter os serviços de atendimento presencial e escrito em Lisboa e na rede regional.

Novo sistema de reporte para a balança de pagamentos

Na Área de Empresa as empresas poderão, igualmente, efetuar as suas comunicações relativas à realização de operações com o exterior e responder ao inquérito sobre investimento internacional.

Vai entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2013 um novo sistema de comunicação ao Banco de Portugal de operações com o exterior por parte das empresas. 

Este novo sistema complementará o reporte de informação por parte do sistema financeiro e será essencial para a compilação das estatísticas externas do País, nomeadamente a Balança de Pagamentos, a Posição de Investimento Internacional e a Dívida Externa, cuja produção é da responsabilidade do Banco de Portugal.

Na Área de Empresa ficarão disponíveis, desde já, duas facilidades de reporte estatístico neste âmbito: Comunicação de operações e posições com o exterior e Inquérito sobre o investimento internacional.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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15
Mai 12

Corte nas taxas dos depósitos vai facilitar crédito no futuro

Agência de ‘rating’ norte-americana diz que decisão de Carlos Costa foi decisiva para diminuir risco do País.

A primeira decisão do regulador sobre os limites à remuneração dos depósitos entrou em vigor a 1 de Novembro de 2011. Meses depois, em Abril, um novo tecto foi imposto. O Banco Central tentava, desta forma, travar a escalada dos juros dos depósitos, enquanto as instituições financeiras nacionais abriam uma verdadeira guerra na luta por novos clientes para fazer face aos problemas de liquidez que têm enfrentado.

A decisão, considera a Fitch num relatório sobre Portugal, "foi necessária para limitar o risco de ‘credit crunch' no País". Segundo a mesma agência, esta opção do regulador deverá também aliviar os juros nos créditos concedidos, o que poderá vir a reflectir-se nas concessões dos próximos meses.

Segundo dados do banco de Portugal, há três meses consecutivos que as taxas médias dos empréstimos à habitação, por exemplo, não param de descer, tendo-se fixado nos 4,21% no final de Março. No entanto, não se pode excluir o facto de as taxas Euribor, às quais as taxas de juro estão indexadas, terem também estado em quebra acentuada.

Do lado dos depósitos, os mesmos dados do banco central mostram que no que se refere aos particulares, também as taxas têm estado com uma tendência de descida. No final de Março fixavam-se nos 3,74%.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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