Montepio com prejuízos de 70 milhões
As perdas da instituição financeira de carácter mutualista só não foram mais elevadas graças a um crédito fiscal de quase 33,7 milhões de euros. Sem este impacto fiscal os prejuízos do Montepio teriam rondado os 100 milhões de euros.
A deterioração dos resultados reflectiu a quebra de 33,5% da margem financeira, que se fixou em 101,9 milhões de euros e da diminuição de 46,6% dos resultados em operações financeiras, para 32,8 milhões, o que levou a uma redução de 23,2% no produto bancário, que se fixou em 197 milhões, refere o relatório e contas do primeiro semestre, publicado esta sexta-feira, 30 de Agosto, no site da CMVM.
Também o aumento das imparidades – mais 66,5%, para 127,4 milhões – penalizou o desempenho da instituição liderada por António Tomás Correia. O reforço de provisões deveu-se, sobretudo, ao aumento do incumprimento de crédito, já que as imparidades para malparado mais que duplicaram para 81 milhões.
Os custos operacionais caíram 3,5%, para 164,5 milhões, sobretudo graças aos cortes conseguidos nos fornecimentos e serviços externos.
A nível da actividade, o crédito a clientes caiu 4%, para 16,28 mil milhões, enquanto os recursos de clientes no balanço subiram 8,2%, para 15,8 mil milhões.
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