29
Mai 11
29
Mai 11

Risco da banca é maior que a recompensa

Alguns gestores de fundos temem que as novas exigências de regulação reduzam do retorno de capital no sector financeiro.

O sector bancário desde a crise do crédito de 2007 que tem vindo a colocar os investidores em sobressalto.

Depois de terem apoiado os bancos durante um período de franco crescimento marcado por uma forte alavancagem e por riscos excessivos, os accionistas tiveram que injectar capital de modo a permitir que os bancos voltassem à actividade normal, algo que se repetiria mais tarde quando os governos saíram em auxílio dos bancos.

Mas são muitos os gestores de fundos que se queixam agora que os reguladores estão a pedir aumentos de capital excessivos e exagerados. Estes receios foram acalmados em parte, pelo menos na Grã-Bretanha, pelo relatório da Comissão Independente da Banca, de Sir John Vickers, relatório esse que propunha um montante mínimo de 10% de activos com risco ponderado no caso de bancos de retalho sistemicamente importantes. Mas esse relatório continha um pequeno senão no qual poucos repararam, nomeadamente que esse requisito mínimo de 10% só se aplicaria quando não se registam perdas adicionais significativas na absorção de capital de dívida. Na ausência disso, o capital accionista teria que ser mais elevado.

Num debate aceso alguns gestores de fundos referiram-se aos académicos e banqueiros centrais que apelam no sentido de uma maior almofada de capital como talibãs fundamentalistas. Será que têm razão?

O argumento dos gestores de fundos assenta na crença generalizada de que o capital accionista é escasso e caro. E temem uma redução do retorno do capital. Isto vai contra o famoso teorema de Modigliani-Miller, um marco da teoria financeira, que sugere que as alterações na forma como os activos são financiados não faz grande diferença e não afecta grandemente o custo dos fundos. Segundo a mesma teoria quanto mais capital for usado, mais a volatilidade da rentabilidade desse capital cai e mais a segurança da dívida aumenta. A taxa de rentabilidade exigida de ambas as fontes de fundos acaba assim por cair, pelo que o custo médio do financiamento se mantém assim inalterado.

E existem importantes lacunas, a primeira delas relacionada com impostos. Uma vez que os juros da dívida têm um tratamento fiscal privilegiado, o mesmo já não acontecendo aos pagamentos de dividendos, uma redução da alavancagem acaba por ter assim os seus custos. E, uma vez que os governos salvaram bancos demasiado grandes para falir, o factor de risco da dívida acaba por ser assim reduzido. Ao reduzir a dívida reduzem-se assim os apoios implícitos que os bancos recebem à custa do contribuinte.

E como afirma Anat Admati da Universidade de Stanford, essa obsessão pelo retorno do capital na banca deve-se ao facto de a forte alavancagem permitir aos bancos aumentar o valor dos apoios estatais sob a forma de impostos como estes e garantias abaixo do preço. Assim, a defesa da alavancagem tem a sua lógica. Mas isto não significa que a desalavancagem seja nociva para os accionistas. O amplo trabalho desenvolvido por David Miles do Comité de Política Monetária do Banco de Inglaterra mostrou que, com base em pressupostos razoáveis, uma duplicação do capital dos bancos acaba por ter um impacto sobre o custo médios dos fundos dos bancos.

O que muitos gestores de fundos não parecem perceber é que os aumentos de capital acabam por reduzir os riscos para os accionistas. Isto significa que precisam de um retorno abaixo do esperado do que um banco melhor capitalizado. Mas há quem se agarre à noção de que uma maior alavancagem vai proporcionar rentabilidades mais elevadas, sem que o risco afecte as boas perspectivas.

A realidade é que a rentabilidade das acções na banca desde os anos 80 tem sido anormalmente elevada - muito mais do que a rentabilidade no grosso do sector empresarial. Se os governos e os bancos centrais não tivessem vindo em auxílio em 2008, a consequência dessa alavancagem teria sido a eliminação de todo o capital acumulado ao longo dos anos e dos ‘inputs' de capital.

Os reguladores um pouco por todo o mundo estão agora a dar o seu melhor para garantir que os bancos podem falir sem que isso constitua um fardo elevado para os contribuintes. Assim, é do interesse dos accionistas reduzir o risco na estrutura de capital. E é do interesse da maior parte dos accionistas reduzir os terríveis custos potenciais para a economia global de outro falhanço semelhante ao que verificámos.

Enquanto alguns fundos assumem uma perspectiva genuinamente a longo prazo outras assumem riscos excessivos. Os economistas tendem a atribuir isto ao facto de terem uma responsabilidade limitada. E talvez faça sentido encorajar os gestores, que também têm uma responsabilidade limitada, a assumirem um risco excessivo, na esperança de gerarem grandes rentabilidades.

Não acho que a maioria dos gestores pensem assim. Mas são humanos e o excesso de optimismo é também uma característica humana

fonte:http://economico.sapo.pt

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27
Mai 11
27
Mai 11

Banca faz venda directa dos seus imóveis

Os bancos estão a fazer forte concorrência aos mediadores imobiliários e a intensificar a venda directa dos imóveis que os seus devedores lhes entregam.

Saldos, promoções, oportunidades únicas são expressões que encontramos nos sites dos maiores bancos, onde se pode consultar a lista dos imóveis à venda, por região, tipologia e preço. São verdadeiras lojas imobiliárias online que, após a descoberta de uma casa para comprar, nos remetem para o respectivo balcão, encarregado de dar início à transacção. É possível encontrar um apartamento T2, na periferia de uma grande cidade, por 50 ou 60 mil euros, aparentemente em bom estado. Ao recorrer a esta forma de aquisição, tem ainda a vantagem de não pagar as despesas de avaliação, tendo financiamento garantido a 100%.

"Se fosse cliente, não compraria assim", alerta ao DN Beatriz Rubio, presidente executiva da Re/Max Portugal. A responsável da maior mediadora a actuar no mercado português alerta para a necessidade de o comprador comparar a oferta e obter apoio quanto à sua qualificação financeira antes de se decidir.

A Re/Max tem um acordo com sete bancos portugueses para a venda de cerca de mil imóveis hipotecados. "Quem recorre aos nossos serviços, pode ver esses imóveis da banca, mas pode igualmente ver os restantes que temos para venda", esclarece.

A Domus, uma empresa especializada na aquisição e gestão de créditos vencidos e que adquire carteiras desta natureza à banca, explica esta venda directa com o facto de os bancos possuírem mais imóveis para escoar, depois de terem passado a aceitar a dação como pagamento de dívidas.

Luís Lima também está preocupado com esta concorrência ao seu sector, apesar de, actualmente, boa parte do negócio das mediadoras já passar por este tipo de imóveis. "Já temos para venda mais imóveis dos bancos do que outros", referiu.

fonte:http://www.dn.pt/

publicado por adm às 23:04 | comentar | favorito
22
Mai 11
22
Mai 11

Fundo de ajuda à banca vai 'pagar' BPN

Estado prepara-se para recorrer ao dinheiro da troika para suportar aumento de capital de 500 milhões_do banco e deverá utilizar empréstimo externo para substituir financiamento da CGD ao BPN.

Tudo aponta para que o BPN venha a ser o primeiro beneficiário do fundo de 12 mil milhões de euros disponibilizado pela troika para ajudar os bancos portugueses. O Estado, segundo apurou o SOL, pretende recorrer a estes fundos para suportar o aumento de capital de 500 milhões de euros que terá de realizar no banco, nacionalizado em Novembro de 2008 e cuja venda terá de acontecer até ao final de Julho deste ano.

Está também em cima da mesa a possibilidade de o Estado vir a utilizar parte do empréstimo externo para substituir o financiamento da Caixa Geral de Depósitos (CGD) ao BPN. As injecções de liquidez do banco estatal somam cerca de 5,2 mil milhões de euros, dos quais apenas 3,5 mil milhões têm aval público.

A grande fatia destes compromissos (3,1 mil milhões de euros) foi transferida para a Parups, Parvalorem e Parparticipadas (sociedades-veículo criadas no ano passado para receberem os activos ‘tóxicos’ do BPN) através da emissão de um empréstimo obrigacionista.

Totalmente subscrito pela CGD, este empréstimo tem uma carência de capital de dois anos e um prazo de reembolso de dez, mas, em caso de incumprimento, a responsabilidade de reembolso dos pagamentos anuais à Caixa é do Estado.

Além disso, o Estado terá de assumir um eventual incumprimento do empréstimo de 400 milhões da Caixa ao próprio BPN, também com garantia pública.

O recurso directo da CGD ao fundo de recapitalização da banca também pode estar na calha. O presidente da CGD, Fernando Faria de Oliveira, é para já o único banqueiro a assumir a possibilidade de vir a utilizar o dinheiro da ajuda para se recapitalizar. Ao SOL Faria de Oliveira disse que «nada está decidido, mas se há essa possibilidade não haverá qualquer razão para não se utilizar em caso de necessidade».

Mas o eventual recurso da CGD ao fundo da troika não deverá, no entanto, acontecer este ano. Para cumprir o rácio de solvabilidade core tier I de 9% imposto pelo Banco de Portugal (BdP), a Caixa precisa apenas de cerca de 150 milhões de euros – valor que poderá ser conseguido com a suspensão da entrega de dividendos ao accionista Estado, a par da venda de alguns activos não estratégicos, tal como o supervisor recomendou e outros bancos estão a fazer.

O BES, por exemplo, vendeu a participação de 4,1% que detinha no Bradesco por 860 milhões de euros e o seu presidente, Ricardo Salgado, admite continuar a vender activos, nomeadamente internacionais, para aumentar os rácios de capital. O BES, que também decidiu cortar 10% nos dividendos distribuídos sobre os lucros de 2010, tem um core capital de 8,92%, estando por isso perto da meta do BdP para 2011.

fonte_:http://sol.sapo.pt/

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20
Mai 11
20
Mai 11

Contas bancárias 'low cost' com novas regras a partir de amanhã

Acaba de ser publicada em Diário da República a nova legislação sobre os serviços mínimos bancários (SMB).

Estes serviços são uma espécie de conta 'low cost' dedicada às pessoas mais desfavorecidas que, pelo facto de terem baixos recursos, não conseguem aceder aos tradicionais serviços financeiros.

O facto de estes serviços não terem ganho popularidade e adesão por parte dos consumidores, levou o executivo a alterar a legislação que estava em vigor desde 2000. Assim, o diploma hoje publicado alarga a definição daquilo que são serviços mínimos bancários. Além de uma conta à ordem, de um cartão de débito e da caderneta, o novo diploma inclui ainda o direito ao acesso de serviço de homebanking.

Mas as novidades continuam. Ao contrário do que acontecia na lei anterior, todos os cidadãos, mesmo aqueles que já tenham uma conta bancária, podem pedir o acesso aos serviços mínimos bancários. "As instituições de crédito não podem recusar a conversão de uma conta já existente, quer esta ocorra através do encerramento da conta e imediata abertura de nova conta, quer através da conversão da conta existente em conta de depósito à ordem de serviços mínimos bancários", refere o diploma hoje publicado.

Além disso, os bancos e a segurança social serão obrigados a fazerem publicidade activa destes serviços. "As instituições de crédito aderentes devem divulgar publicamente nas suas agências as condições de contratação e manutenção" das contas bancárias, refere o diploma. Além disso, Elas devem informar os seus clientes da "possibilidade de conversão da actual conta bancária em conta bancária de serviços mínimos bancários". O diploma adianta ainda que também "os serviços da segurança social devem publicitar a existência de serviços mínimos bancários, as entidades aderentes e as condições de acesso".

Já os custos máximos previstos para a cobrança nos serviços mínimos bancários são os mesmos. Ou seja, as instituições não podem cobrar no conjunto dos serviços mínimos bancários custos que sejam superiores a 1% do salário mínimo nacional. Mantém-se também a opção facultativa das instituições bancárias disponibilizarem os serviços mínimos bancários.

fonte:http://economico.sapo.pt/

 

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19
Mai 11

Banca empresta mais dinheiro às empresas

O Banco de Portugal anunciou esta quinta-feira que o valor do crédito concedido pela banca às empresas subiu em 389 milhões de euros no espaço de um mês (de Fevereiro para Março), depois de três meses de descidas. Já o malparado voltou a subir, pelo terceiro mês consecutivo.

Segundo o Boletim Estatístico do Banco Central, o valor do crédito concedido pela banca às empresas passou de 114.384 milhões de euros em Fevereiro para 114.773 milhões de euros em Março.

Esta é, por isso, a primeira subida desde o forte recuo assinalado no final do ano passado (entre Novembro e Dezembro) quando o valor do crédito concedido baixou 4.237 milhões de euros.

A subida registada já este ano - que o Banco de Portugal dá conta - ocorreu com maior expressão no crédito concedido às empresas ligadas à gestão de participações sociais não financeiras (mais 257 milhões de euros) e ao comércio (mais 182 milhões de euros).

Ainda assim, o malparado não deu tréguas: subiu 97 milhões de euros, para os 5.409 milhões de euros, com o maior agravamento do lado dos empréstimos às empresas ligadas à construção e ao comércio.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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19
Mai 11

Banca compra dívida com garantia estatal para se financiar no BCE

‘Acordo tácito’ entre bancos permitirá colocação das obrigações no mercado doméstico.

As emissões de obrigações com garantia estatal que o BES e a Caixa vão realizar, no valor total de três mil milhões de euros, destinam-se a investidores institucionais nacionais, nomeadamente outros bancos.

Segundo as fontes contactadas pelo Diário Económico, existirá uma forma de ‘acordo tácito' entre os bancos portugueses, no qual todos ficam a ganhar: os que emitem dívida e os que nela investem.

Os bancos que emitem as obrigações conseguem prolongar o prazo dos financiamentos - dos actuais três meses para três anos - e suprir as suas necessidades de liquidez para 2011. Já os bancos que investem nessas emissões ganham novos activos elegíveis para servirem de colaterais no financiamento junto do Banco Central Europeu (BCE) à taxa de juro de referência do euro: 1,25%. Isto porque as obrigações com garantia do Estado são aceites pelo BCE, tal como o Diário Económico noticiou ontem. Ataca-se assim o principal problema que a banca nacional enfrenta, que é a escassez de liquidez.

Este facto - aparentemente contraditório face à necessidade de os bancos portugueses reduzirem a exposição ao BCE - explica o porquê do recurso à garantia numa altura em que a mesma não assegura ainda o regresso aos mercados de dívida internacionais. E explica ainda a necessidade de vender a investidores portugueses. Ontem, a Caixa confirmou em comunicado à CMVM que está a preparar uma emissão de obrigações não subordinadas até 1,8 mil milhões de euros, para "colocação privada no mercado institucional doméstico". E também o BES pretende colocar a maior parte da sua emissão de 1,2 mil milhões de euros em Portugal.

Juro será superior a 10%

Os analistas contactados pelo Diário Económico consideram que as emissões de dívida com garantia do Estado português deverão ter um preço semelhante à ‘yield' média das obrigações do Tesouro a três anos, que ontem fechou a cotar nos 10,7% no mercado secundário.

fonte:http://economico.sapo.pt

 

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17
Mai 11

Corte de ‘rating’ das obrigações hipotecárias coloca banca sob pressão

A Moody’s cortou notação das ‘covered bonds’ constituídas por obrigações hipotecárias de dívida pública.

A agência de ‘rating' Moody's anunciou ontem novos cortes nas notações das obrigações hipotecárias e sobre o sector público emitidas por bancos portugueses sob a forma de ‘covered bonds'. Estes instrumentos encontram-se entre os activos mais usados pela banca nacional para se financiar no estrangeiro, pelo que os cortes vêm colocar pressão adicional sobre o sector.

Os bancos portugueses têm utilizado estes activos como colaterais no financiamento obtido junto do Banco Central Europeu (BCE) e da banca internacional. Com os cortes no ‘rating', os activos entregues como colaterais perdem valor.

"O corte do ‘rating' destas obrigações afecta todos os bancos que tenham ‘covered bonds' dos seus balanços. O que acontece é que em vez de apresentarem activos no valor de 120% do financiamento pretendido, os bancos poderão ter de os apresentar no valor de 140 ou 150%, por exemplo", afirmou um analista ouvido pelo Diário Económico.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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17
Mai 11

Banca fica com três das maiores exportadoras de têxteis para o lar

Fonte oficial da nova holding não descarta despedimentos. Trabalhadores estão assustados.

Três das maiores exportadoras portuguesas de têxteis para o lar foram compradas pelo Fundo de Recuperação - um fundo de investimento detido maioritariamente pela banca e que conta também com uma participação do Estado. As três empresas não se vão fundir fisicamente, mas a nova gestão não descarta despedimentos. Os mais de dois mil trabalhadores estão assustados.

"O Fundo de Recuperação adquiriu três empresas têxteis portuguesas, a Coelima, a José Machado de Almeida (JMA) e a António Almeida & Filhos (AAF)", confirmou fonte oficial da nova holding, a MoreTextile, que agrega as três exportadoras.

Com sérios problemas financeiros, as três empresas serão agora sujeitas a um plano de reestruturação, cujo objectivo será torná-las rentáveis. O Fundo de Recuperação - gerido pela ECS Capital - é especializado na reestruturação de empresas que, embora apresentem problemas financeiros graves, tenham potencial de rentabilização no futuro. Foi este fundo que no ano passado assumiu o controlo da produtora de sapatos Aerosoles, já transformada em MoveOn.

Entre os principais subscritores do fundo estão os cinco maiores bancos nacionais - incluindo a Caixa Geral de Depósitos - e a Direcção-geral do Tesouro, com uma participação minoritária. Neste momento, o fundo já tem capital subscrito no valor de 740 milhões de euros, de acordo com informação da ECS Capital. A compra das empresas é feita através da transformação dos créditos detidos pelas entidades financeiras ou pelo Estado, em capital social, que fica na posse do fundo.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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05
Mai 11

Ulrich diz que a banca foi o sector mais mal tratado pela 'troika'

O presidente do BPI considera que acordo é “excelente” para o País, menos para a banca.

"O sector bancário é o pior tratado, e injustamente, neste tratado", afirmou hoje, no Porto, Fernando Ulrich.

No entanto, o presidente do BPI demonstrou estar globalmente satisfeito com o acordo alcançado entre o Governo e a Troika. "É um excelente programa, adequado às necessidades do país", salientou.  Embora não exista "nenhuma novidade", considerou que são medidas "que foram defendidas há anos e nos últimos meses".

"É um programa muito melhor que o PEC IV", frisou na sua intervenção na conferência 'A política das políticas públicas', promovida pela Universidade Católica do Porto. 

Além disso, notou Ulrich, este programa "é mais abrangente, cobre mais matérias, vai além das finanças públicas e pode ajudar ao crescimento da economia, que não será de imediato".

fonte:http://economico.sapo.pt/

 

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05
Mai 11

Banca cumprirá objectivos sem a ajuda do Estado

O presidente da Associação Portuguesa de Bancos (APB) diz que a banca cumprirá o acordo com a ‘troika' sem o apoio do Estado.

"Os bancos chegam facilmente aos 9% de core capital. Aos 10%, no próximo ano, com o programa de desalavancagem, venda de activos e aumentos de capital, chegarão a esse rácio sem recorrer a fundos do Estado", disse hoje António de Sousa, em Lisboa, durante um almoço organizado pela Associação Comercial de Lisboa.

O presidente da APB referia-se a uma das medidas impostas pela ‘troika', que é a elevação dos rácios de capital dos bancos (core tier 1) para o valor mínimo de 10% no final de 2012.

"Os bancos portugueses têm bons rácios mas estão muito dependentes do financiamento externo", declarou o mesmo responsável para quem "o problema da banca em Portugal é a baixa rentabilidade", que no mercado doméstico "é próxima de zero ou mesmo negativa". "Os bancos têm os lucros a vir dos investimentos internacionais", lembrou.

O presidente da APB sublinhou ainda que a subida dos custos de financiamento levou a que, em alguns casos, o crédito à habitação esteja a dar prejuízo aos bancos. "O direito à privacidade impede os bancos de conhecerem a verdadeira situação de endividamento das famílias. Isto não acontece em outros países", declarou.

António de Sousa deixou ainda algumas críticas ao caso BPN, que terá de ser vendido até ao Verão sem preço mínimo. O banqueiro criticou o facto de o processo "ter demorado dois anos e meio" sem que tenha sido "resolvido por nós".

fonte:http://economico.sapo.pt/

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