30
Ago 11
30
Ago 11

Banca reforça depósitos à custa dos fundos e PPR

A transferência está a ser incentivada pela banca que, assim, ganha liquidez, mas prejudica as seguradoras.

Os bancos nacionais estão a incentivar os seus clientes a transferirem os montantes aplicados em fundos de investimento e Planos Poupança Reforma (PPR) para depósitos a prazo. No espaço de um ano, os cinco grandes bancos portugueses canalizaram para depósitos até seis mil milhões de euros de aplicações dos seus clientes, revelam os relatórios e contas do primeiro semestre.

Segundo as contas da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium BCP, Banco Espírito Santo (BES), BPI e Santander Totta, no final de Junho os depósitos ascendiam a 178,3 mil milhões de euros, mais 16 mil milhões que um ano antes. Já os recursos de desintermediação e fora de balanço - rubricas que incluem fundos de investimento, PPR e outras aplicações dos clientes - diminuíram em 6,3 mil milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado, para um total de 92 mil milhões de euros.

Não é possível quantificar de forma exacta quanto desta descida superior a seis mil milhões de euros corresponde a verbas canalizadas para depósitos a prazo, mas as fontes do sector contactadas pelo Diário Económico consideram que a estratégia de captação de liquidez dos bancos é o principal factor a ter em conta. Só em seguros PPR o montante poderá ascender a quase 900 milhões de euros, segundo os últimos dados revelados pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). 

fonte:http://economico.sapo.pt/

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28
Ago 11

Banca faz corte brutal no crédito aos Açores

A banca está a reduzir drasticamente o financiamento à economia açoriana. De acordo com o Governo Regional dos Açores, a diferença entre o crédito concedido pelas instituições financeiras à região e os depósitos passou de 600 para 20 milhões de euros em apenas três anos, ameaçando paralisar a actividade económica e deixar muitas empresas à beira do desespero.

Esta foi a principal preocupação transmitida por Sérgio Ávila, o "vice" de Carlos César, na reunião de quinta-feira com o ministro das Finanças, onde já foi discutido um programa específico para a região.

Também o Governo da Madeira está sem crédito bancário e, pior, com uma dívida que já não consegue pagar. Mais de 12 obras públicas, num investimento de 470 milhões de euros, tiveram de parar por falta de dinheiro.

fonte:http://www.dn.pt/

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Corte de 10 mil empregos na banca suíça até final de 2012

O antigo vice-presidente da Associação de Bancos Estrangeiros na Suíça, Eduardo Leemann, antecipou hoje que o sector perca 10 mil empregos.

"Antevejo que até ao final de 2012 haja uma supressão de 10 por cento do total dos postos de trabalho no sector bancário suíço", disse o banqueiro, que é actualmente director geral do banco Falcon Private Bank.

Já para o banqueiro Thomas Matter, que preside o Neue Helvetische Bank e que, tal como Eduardo Leeman, falava numa entrevista concedida ao jornal SonntagzZeitung, as filiais suíças dos bancos franceses e italianos são particularmente ameaçadas.

Os dois maiores bancos helvéticos, o UBS e o Credit Suisse, anunciaram recentemente o corte de 3.500 e 1.500 funcionários, respetivamente, devido à grave crise que persiste nos mercados financeiros, a exemplo de outros congéneres europeus.

Cinco dos maiores bancos europeus anunciaram cortes de pessoal significativos durante o mês de Agosto, num total de 40 mil funcionários, em reflexo da crise da dívida soberana que tem afectado diversos países da Europa.

O recordista do corte de funcionários é o HSBC, que no primeiro dia de Agosto divulgou que vai eliminar 30 mil lugares. Também o Barclays vai reduzir os seus quadros em cerca de 3.000 colaboradores, enquanto o Royal Bank of Scotland eliminará dois postos de trabalho.

O ritmo de eliminação de colaboradores nos bancos europeus supera em seis vezes o dos seus pares norte-americanos, segundo os dados compilados pela agência de informação financeira Bloomberg.

O corte de postos de trabalho na banca europeia está relacionado com a actual conjuntura do sector, particularmente afectado pela última vaga da mais grave crise desde a Grande Depressão da 1929.

"É um banho de sangue. E estimo que as coisas ainda piorem antes de melhorarem", disse à Bloomberg Jonathan Evan, presidente da empresa de caça talentos Sammons Associates, em Londres.

A mesma fonte acrescentou que não espera que muitos daqueles que agora perdem os seus empregos consigam novos trabalhos tão depressa. "Independentemente de quão bom alguém é, ninguém quer nesta altura falar de contratações. A vida vai ser muito difícil durante dois ou três anos", antecipou.

Por seu turno, Andrew Gray, responsável pelo acompanhamento do sector bancário na PricewaterhouseCoopers em Londres, assinalou que é provável que "a perda de empregos na indústria financeira perdure durante o segundo semestre de 2011. A extensão dos cortes é difícil de prever, mas vão haver mais reduções noutras instituições".

fonte:http://economico.sapo.pt/

 

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28
Ago 11

A entrega dos fundos da banca em quatro passos

A transferência dos fundos da banca para a Segurança Social permite criar uma almofada financeira.

A passagem dos fundos da banca para a Segurança Social permitirá ao Estado encaixar até 12,4 mil milhões de euros ao longo dos próximos anos.

1 - O que ganha o Estado com a entrega dos fundos?
O Estado deverá receber até 12,4 mil milhões de euros em activos dos fundos dos cinco principais bancos (Caixa, BCP, BES, BPI e Totta), sendo que este valor deverá ser ainda mais alto se incluídos os fundos do BPN e do Montepio. Este montante, que será transferido ao longo dos próximos anos, constitui uma ‘almofada' para o Tesouro. No entanto, o Estado terá de assumir responsabilidades avaliadas em 12,3 mil milhões de euros, com as reformas de 83 mil pessoas (nos cinco maiores bancos). Se estes números estiverem correctos, o grau de cobertura dos fundos é de 102%.

2 - Será feita uma avaliação dos activos e das responsabilidades?
Sim, o processo negocial que terá início em Setembro - entre o Governo e a Associação Portuguesa de Bancos (APB), implicará uma avaliação independente das responsabilidades com pensões e dos activos que constituem a carteira dos fundos.

3 - Os bancos poderão ter de injectar capital nos fundos?
Sim, se da avaliação resultar uma alteração da taxa de desconto, se se verificar que os restantes pressupostos dos fundos (tábuas de mortalidade, etc) forem alterados ou se se constatar que os activos não têm o valor que os bancos lhes atribuem actualmente.

4 - Os bancos têm de aceitar a entrega dos fundos?
Não, e só deverão concordar se não forem prejudicados.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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27
Ago 11
27
Ago 11

Piratas brasileiros estão a atacar bancos portugueses desde Junho

Os bancos portugueses estão sob ataque de cibercriminosos brasileiros desde Junho, com pontaria apontada a mais do que uma instituição financeira. O analista de malware da empresa de segurança Kaspersky, Fabio Assolini, revelou ao Dinheiro Vivo que estes ataques "envolvem o uso de phishing e de ficheiros executáveis que vão roubar os dados das vítimas". 

Embora não haja dados sobre quais os danos financeiros que estes ataques já causaram, o analista sublinha que estão a crescer exponencialmente e isso só pode indicar uma coisa: "é sinal de que os criminosos estão a obter lucros" diz Assolini, "porque se não tivessem lucros iriam parar com os ataques, ou então iriam diminuir." 


O responsável da Kaspersky explica que estes esquemas só disparam mensagens falsas para endereços de email terminados em .pt, visto que "assim eles têm a certeza que o alvo vive no país e vai entender a mensagem." 


O esquema é o do phishing tradicional, mas muito mais sofisticado do que em alturas anteriores - sem erros de português e com páginas que são cópias perfeitas do original. "É um ataque que conjuga engenharia social, phishing e um trojan, que depois de instalado no PC vai roubar as credenciais assim que este acede à página verdadeira do banco", detalha o responsável. 


Outro método que está a ser usado é a infecção com mensagens enviadas pelo Twitter e agora também pelo Facebook. "O cibercriminoso brasileiro é muito criativo na hora de disseminar um ataque", acrescenta o analista. 


Só em 2010, 36% de todos os cavalos-de-Tróia (trojans) que infectaram máquinas no mundo todo foram escritos por piratas no Brasil. Tendo em conta a má situação financeira de Portugal, Fabio Assolini avança com uma explicação para os ataques cerrados nds últimos três meses: "isto é um ensaio para que eles direccionem os ataques a outras regiões na Europa. 


Usam Portugal porque fala a mesma língua", explica o analista brasileiro. Depois, "para fazerem a transferência do dinheiro de contas na Europa para o Brasil, eles precisam de mulas de dinheiro, que no Brasil chamamos laranjas". Essas mulas costumam ser familiares ou amigos, segundo o responsável, porque "o brasileiro desconfia e não recruta qualquer um". 


Por serem recentes não há muitos dados sobre os ataques, mas Assolini avança que as mulas estão a ser usadas "enviando dinheiro pela Western Union". Segundo os dados da Kaspersky, estes piratas costumam ser homens, de 20 a 35 anos, muitas vezes licenciados. Sendo que há uma concentração anormalmente alta de cibercriminosos no Pará, devido à fraca presença directa do governo neste Estado. 


Não que isso fizesse grande diferença: não há lei brasileira contra o cibercrime e por isso os piratas actuam às claras, publicando fotos nas redes sociais e até fazendo músicas sobre a sua vida no crime digital. E Portugal não é caso único: a Kaspersky interceptou trojans escritos para bancos espanhóis e para vá rias instituições em Cabo Verde. 


Fabio Assolini alerta para a necessidade de ter não apenas um antivírus instalado mas também as versões actualizadas do restante software, como o navegador de internet e as aplicações Flash e Java. Acima de tudo desconfie de todas as mensagens que receber usando o nome de bancos. Os bancos não enviam emails e jamais pedirão para instalar seja o que for", remata o analista.  

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/E

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26
Ago 11

Banca já tem disponível 35 mil milhões de euros de garantias do Estado

A linha de garantias do Estado à banca, para emissão de dívida, foi reforçada para 35 mil milhões de euros. A decisão já foi publicada em Diário da República e entra em vigor "no dia seguinte ao da publicação".

 

A linha de garantias do Estado à emissão de dívida da banca foi reforçada no âmbito do programa de estabilização da economia portuguesa negociado com entre a troika internacional e o Governo.

"O limite máximo para a autorização de garantias" foi fixado em "35 mil milhões de euros", de acordo com o previsto e com a Lei n.º 48/2011 publicada hoje em Diário da República.

"Excepcionalmente, para fazer face às necessidades de financiamento, tendo em vista o reforço da estabilidade financeira, fica o Governo autorizado (...) a aumentar o endividamento até ao montante de 12 mil milhões de euros", pode ler-se no documento hoje publicado.

Esta operação era já conhecida, e surge numa altura em que a banca tem dificuldades em se financiar e, consequentemente, financiar a economia. Além disso foi determinado, no pacote de ajuda financeira a Portugal, um montante de 12 mil milhões de euros para apoio à capitalização do sistema financeiro que visa ajudar os bancos a apresentar um rácio de solvabilidade de melhor qualidade ("core tier one"), de 9% até ao final deste ano e de 10% até ao final de 2012.

O valor inicial deste mecanismo totalizava 20 mil milhões de euros, dos quais quatro mil milhões foram depois destinados ao apoio à capitalização da banca. Dos 16 mil milhões que ficaram para a atribuição de avales, os bancos usaram 4,95 mil milhões até Abril de 2009. Já a linha pública para reforço da solvabilidade foi usada apenas no aumento de capital de mil milhões da CGD.

fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/

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26
Ago 11

Integração dos fundos de pensões da banca será debatida em Outubro

A transferência dos fundos de pensões das instituições financeiras para o Estado será debatida em Outubro, segundo assegurou hoje o secretário-geral da União Geral de Trabalhadores (UGT), João Proença.

 

A discussão irá envolver o Governo, os sindicatos do sector bancário e segurador e a Associação Portuguesa de Bancos, presidida por António de Sousa. 

De acordo com o secretário-geral da UGT, que considerou a reunião “positiva”, a integração dos fundos é uma questão que “merece a preocupação de todos os trabalhadores abrangidos”, sendo “fundamental” manter as “actuais garantias e direitos dos trabalhadores”, como o acesso à saúde através do SAMS.

“Não será compreensível para a sociedade portuguesa se o processo não for transparente”, sublinhou, acrescentando que o processo é “complicado” e que “nada está definido”. Do encontro de hoje, ficou apenas a “garantia do Governo” em iniciar uma “discussão tripartida a partir de Outubro”, disse.

Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas, acrescentou que não se pretende um “regime especial”. “Queremos apenas que se mantenha o regime que existe para os bancários”, afirmou. 

As declarações de João Proença e Rui Riso foram proferidas após uma reunião no Ministério das Finanças, onde se encontraram, tal como os restantes quatro sindicatos agrupados na Febase (afecta à UGT), com o secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino. 

Também os sindicatos independentes da banca foram recebidos por Hélder Rosalino, tendo Afonso Pires Diz, presidente do Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários, afirmado que as declarações da troika foram recebidas com surpresa. “Não estava previsto nos tempos próximos fazer essa integração”, afirmou.

No dia 12, os responsáveis da troika afirmaram, em conferência de imprensa, que o Governo iria transferir para a esfera do Estado 597 milhões de euros de fundos de pensões dos bancários, de modo a cobrir despesas consideradas inesperadas com o BPN e com a Madeira. 

De acordo com o Jornal de Negócios, os bancários aposentados deverão ser os primeiros a integrar o regime geral da Segurança Social. Um dos temas a debater nesta transferência gradual dos fundos de pensões do sector bancários será o de definir qual o valor real dos activos em causa. 

UGT quer envolver sindicatos nas rescisões do BPN 

No encontro de hoje foi debatida também a privatização do Banco Português de Negócios (BPN). João Proença deixou a vontade de que o Governo discuta com os sindicatos um “quadro de rescisões amigáveis” para “aqueles que não ficarem no banco” após a alienação ao BIC, e que seja estudada a possibilidade de integrar um “grupo” na banca. 

O sindicalista sublinhou ainda que não está em causa um processo de extinção do BPN, mas de “privatização com manutenção de direitos [dos funcionários] no quadro da lei”.

fonte:http://economia.publico.pt/

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25
Ago 11

Cinco maiores bancos portugueses fecharam 85 balcões até Junho

Os cinco maiores bancos portugueses, a CGD, o BCP, o BES, o BPI e o Santander Totta, fecharam 85 agências no primeiro semestre, ajustando as suas redes à atual conjuntura do sector bancário.

Até ao final do primeiro semestre, de acordo com os dados disponíveis na Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) e nos próprios bancos, o Banco BPI foi a entidade que mais reduziu a sua rede de balcões, com a eliminação de 36 agências, de um total de 47 balcões que o presidente Fernando Ulrich anunciou que serão encerrados, detendo agora 768 agências.

Depois, surge o Santander Totta, que terá fechado 25 agências nos primeiros seis meses do ano, conforme anunciou o seu presidente, Nuno Amado, na apresentação dos resultados semestrais do banco, passando a contar com 669 balcões no mercado português.

Emagrecimento da rede doméstica


Logo a seguir vem o Banco Espírito Santo (BES), que encerrou 36 agências entre janeiro e junho, para um total de 709 balcões. Já o Millennium BCP contava a 30 de junho com 887 balcões, menos cinco do que no final do ano passado.

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) contrariou a tendência de 'emagrecimento' da rede de retalho doméstica, fechando o semestre com mais três agências do que em dezembro de 2010, num total de 872 balcões.

Processo de desalavancagem


Os bancos portugueses estão a levar a cabo um processo de desalavancagem (redução do crédito e aumento dos depósitos) devido à crise que afeta o país e o setor em particular, que tem levado a uma diminuição da procura de crédito, que na prática se traduz numa redução do negócio e que leva ao encerramento de balcões.

O presidente do Santander Totta, Nuno Amado, disse no final de julho que, dado o processo de desalavancagem em curso na banca portuguesa, é provável que os bancos sigam com a política de diminuição das suas redes durante os próximos três anos.

Face à atual conjuntura e às perspetivas para os próximos anos, Nuno Amado antecipa "que há possibilidade de continuar a haver alguma reestruturação e alguma diminuição da capacidade instalada".

Ainda assim, o presidente do Santander Totta considera que será um processo gradual: "Se o mercado funcionar, por diversas razões, chegaremos lá, mas eu diria que é de uma forma normal, porque é um processo de desalavancagem que o próprio Banco de Portugal pretende que seja gradual até 2014".
fonte:http://aeiou.expresso.pt

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25
Ago 11

Banca europeia elimina 40 mil empregos em apenas um mês

Cinco bancos europeus avançaram com mais de 40 mil despedimentos no último mês.

O agravamento da crise europeia da dívida soberana está a castigar as receitas dos bancos que operam no espaço comunitário, a obrigar a um reforço dos seus rácios de capital e a congelar a actividade de fusões e aquisições. Uma das respostas do sector financeiro foi cortar no número de funcionários.

Só no último mês cinco bancos europeus - UBS (3.500), HSBC (30.000), Barclays (3.000), Royal Bank of Scotland (2.000) e Credit Suisse (2.000) - anunciaram um total de mais de 40 mil despedimentos.

A tensão também se faz sentir nas cotações em bolsa com o índice da Bloomberg que reúne 46 dos maiores bancos europeus a acumular perdas de 31% desde o arranque de 2011.

Já em Portugal uma das respostas dos bancos tem sido emagrecer a rede de balcões. De acordo com dados da CMVM reunidos pela agência Lusa, os cinco maiores bancos portugueses - a CGD, o BCP, o BES, o BPI e o Santander Totta - encerraram 85 agências no território nacional entre Janeiro e Junho, ajustando as suas redes à actual conjuntura do sector bancário.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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23
Ago 11
23
Ago 11

Pensionistas da banca custam 660 milhões/ano

A despesa da Segurança Social vai subir mais de 660 milhões de euros por ano com o pagamento das pensões de 38 mil ex-bancários que recebem a reforma através dos maiores fundos de pensões da banca.

Este foi o valor pago no ano passado pelo BCP, BES, BPI e Santander Totta e Banco de Portugal (BdP) aos seus pensionistas, e que passará agora a ser responsabilidade do Estado.

A transferência dos fundos de pensões da banca será feita de «forma gradual» e o processo será coordenado por um grupo de trabalho constituído pelo Ministério das Finanças, Segurança Social, Banco de Portugal e representantes do sector bancário, confirmou fonte oficial das Finanças ao SOL. O primeiro a ser integrado será o fundo de pensões do BPN, avaliado em 117 milhões de euros, numa operação que irá ser realizada ainda este ano.

Os fundos dos quatro maiores bancos privados e do BdP valem, em conjunto, 12 mil milhões de euros, mas o total do sector em Portugal atinge cerca de de 14 mil milhões de euros. E há cerca de 50 mil pensionistas a receber a reforma através destes fundos, disse ao SOL Carlos Silva, da federação sindical do sector (Febase).

Os fundos serão contabilizados como receita e ajudarão a reduzir o défice orçamental. A distribuição desta receita está ainda por definir, mas deverá será feita de forma faseada. Porém, se a entrada destes fundos representa, no curto prazo, um alívio financeiro, os encargos a longo prazo poderão ser penalizadores para os contribuintes.

Fernando Ribeiro Mendes, antigo secretário de Estado da Segurança Social, considera que o principal problema são os activos detidos pelos fundos, cujo valor ou capacidade de gerar rendimento no futuro «é difícil de avaliar». A maior parte dos investimentos é em acções e obrigações, e a evolução futura destes activos é uma «incerteza». «Há os risco de os activos serem insuficientes para garantir por completo os direitos dos trabalhadores», alerta.

Mas, para a banca, esta transferência acaba por ser um alívio. Os fundos de pensões foram um dos principais factores de penalização dos bancos portugueses nos testes de stresse recentes, segundo um relatório da Associação Portuguesa de Bancos (APB). A forte exposição dos fundos de pensões a acções ou dívida pública leva a que o seu valor esteja sempre dependente das oscilações dos mercados. Em tempos de crise e de queda das bolsas, os bancos são obrigados a compensar financeiramente as perdas nas carteiras dos fundos. Por exemplo, em 2008, o período mais agudo da crise financeira, os encargos da banca com os fundos de pensões duplicaram para 900 milhões de euros.

O Tribunal de Contas tem sido um dos maiores opositores à integração de fundos de pensões na Caixa Geral de Aposentações (CGA). Num relatório do final de 2010, reafirma as reticências quanto aos casos dos CTT, ANA e CGD, alertando que os efeitos positivos imediatos nas finanças públicas dão lugar, no futuro, «a um resultado negativo, que se sentiria por um longo período de tempo». Actualmente, as contribuições e os rendimentos dos fundos já integrados na CGA (ver infografia) só asseguram 40% das verbas necessárias para as pensões, que representam um encargo de 368 milhões por ano.

«Nas condições extraordinárias em que o país se encontra, nacionalizar poupanças de hoje por troca de responsabilidade de amanhã decorre de um racional de sobrevivência que sobreleva outras considerações», diz ao SOL José Veiga Sarmento, presidente da Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Património (APFIPP).

O timing do anúncio da operação de transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado não foi acidental. O Executivo sabia que a troika só iria permitir medidas extraordinárias deste tipo este ano. Este facto foi sublinhado por Juergen Kroeger, chefe de missão a Portugal da Comissão Europeia, na semana passada.

Por saber está, agora, o efeito que esta medida terá aos olhos das agências de rating. A transferência do risco e responsabilidades dos fundos de pensões da banca para o Estado irá certamente elevar o risco de longo prazo do país, o que pode levar a novos downgrades. Contactadas pelo SOL, Standard&Poor's, Fitch e Moody's recusaram fazer comentários sobre a operação ou uma eventual alteração do rating.

fonte:http://sol.sapo.pt/

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