29
Nov 12
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Nov 12

BES vai alargar horário de funcionamento dos balcões

O Banco Espírito Santo (BES) vai em breve alargar os horários de funcionamento de alguns balcões nos centros urbanos, para ir ao encontro das necessidades dos clientes, revelou o administrador Joaquim Goes, citado pela Lusa.

«A gestão integrada dos balcões nas zonas urbanas permite desfasamento de horários de abertura para assegurar maior conveniência no atendimento a cliente», disse o responsável num encontro com jornalistas portugueses, em Madrid.

Um dos horários em estudo é a abertura de alguns balcões entre as 15:00 e as 19:00, algo que pode acontecer «num futuro próximo», sublinhou.

Questionado sobre a possibilidade de abrir as agências durante o fim de semana, tal como já faz atualmente o rival BCP (aos sábados), Joaquim Goes avançou que, «neste momento, não se está a pensar nisso, mas não se exclui qualquer possibilidade».

Clientes vão usar mais Internet que balcões em 2015

Olhando para as tendências futuras da banca de retalho, o responsável antecipou que, «em 2015, o número de clientes que usarão regularmente a Internet já será superior ao dos que irão ao balcão».

O BES espera que, nessa data, 60% dos seus clientes usem o banco online. Hoje, são 41% (estando a média portuguesa fixada nos 30,7%).

Mas, conforme realçou Joaquim Goes, hoje, «95% das vendas ainda são feitas nos balcões».

Logo, apesar de existir uma redução do número de visitas ao balcão, as agências vão continuar a ser o centro do negócio bancário, devendo apostar na prestação de serviços de valor acrescentado, através do reforço da formação dos seus funcionários.

Menos balcões, menos funcionários

«Se os clientes vão menos vezes ao balcão, têm que ser cada vez melhor atendidos», frisou o administrador.

«Em termos globais, acho que pode haver necessidade menor número de balcões do que existe hoje no mercado português. Mas não uma grande redução», disse Joaquim Goes, ressalvando que «mais relevante que a quantidade de balcões, é o número de pessoas que lá trabalham».

Na sua opinião, o BES tem «uma dimensão relativamente adaptada», pelo que exclui um plano de corte significativo de agências.

Os números mostram que, desde 2009, o BES fechou 103 balcões, tendo aberto 26, isto é, tem atualmente menos 77 agências no mercado português.

Refira-se que, mesmo sem estar ainda fechado, 2012 foi o ano em que se fecharam mais balcões (31), seguido pelas 28 agências encerradas em 2011.

Neste momento, a rede doméstica do BES é composta por 670 balcões.

Afastando a necessidade de o BES lançar um programa de despedimentos para se ajustar ao difícil contexto económico em Portugal, o banqueiro disse que só na rede de retalho a instituição liderada por Ricardo Salgado emprega cerca de 3.300 pessoas.

Ainda assim, Joaquim Goes admitiu que, desde janeiro, «pode ter havido uma redução de 70 a 80 pessoas», principalmente, entre os colaboradores que foram para a reforma e os funcionários cujos contratos a prazo terminaram.

E concluiu: «Não estou a dizer que nos próximos anos não possam ser feitos alguns reajustamentos, mas não haverá um número significativo de saídas».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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28
Nov 12
28
Nov 12

BES emite 400 milhões em obrigações indexadas ao Bradesco

Emissão de obrigações permutáveis vence em 2015. Oferta particular dirigida a investidores qualificados

O Banco Espírito Santo (BES) anunciou esta quarta-feira o lançamento de uma emissão obrigacionista permutáveis em ações do banco brasileiro Bradesco de 400 milhões de dólares (308 milhões de euros) e que pode ser aumentada até 450 milhões de dólares.

Em comunicado enviado à Comissão de Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), o banco liderado por Ricardo Salgado refere que a emissão de obrigações permutáveis vence em 2015 e é uma oferta particular dirigida a investidores qualificados.

As obrigações permutáveis serão «emitidas pelo BES Finance Ltd e terão direitos de troca, indexados ao valor das ações ordinárias do Banco Bradesco, S.A.», diz o comunicado, adiantando que as mesmas obrigações «serão garantidas de forma incondicional e irrevogável pelo BES, agindo através da sua sucursal de Londres».

O BES indica também que é beneficiário económico «de cerca de 25 milhões de ações ordinárias do Banco Bradesco» e que o encaixe líquido da emissão «será utilizado para as necessidades gerais de financiamento do Grupo BES».

A Lusa acrescenta que esta operação tem também como objetivo alargar a maturidade de uma outra emissão obrigacionista permutável de ações do Bradesco que acaba a maturidade no próximo ano.

O comunicado indica que o montante atual da emissão de obrigações permutáveis são de 950 milhões de dólares, com taxa de juro de 1,625% e maturidade em 2013 e que o «BES continuará a fazer uma gestão ativa da sua dívida podendo, eventualmente, proceder à recompra adicional de Exchangeable Bonds 2013».

As obrigações permutáveis «deverão ser emitidas com um cupão semestral de entre 3,00% a 3,50% ao ano e com um prémio de conversão de 18% a 23% sobre um preço de referência», refere o comunicado, acrescentando que a liquidação deverá ocorrer em 6 de Dezembro de 2012 ou em data próxima.

O Citigroup, o Espírito Santo Investment Bank e a Morgan Stanley constituem o sindicato bancário da emissão.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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27
Nov 12

Governo quer subir para 12 mil os clientes com serviços mínimos bancários

O Governo quer aumentar para 12 mil os portugueses com serviços mínimos bancários, um número dez vezes superior ao actual, disse nesta terça-feira o secretário de Estado Adjunto da Economia e Desenvolvimento Regional.


Almeida Henriques presidiu à assinatura de um protocolo para promover o acesso aos serviços mínimos bancários, no Ministério da Economia, em Lisboa.

Queremos "multiplicar por 10 vezes em dois anos os serviços mínimos" bancários, disse o secretário de Estado, considerando "ambiciosa a meta" de passar as atuais 1.200 contas de serviços mínimos bancários para 12 mil em 2014.

A legislação que regula estes serviços estabelece que os bancos que oferecem uma conta de serviços mínimos bancários não podem cobrar de custos totais anuais mais do que 1% do salário mínimo nacional (cerca de cinco euros). Os clientes podem ainda exigir, ao balcão do seu banco, a conversão de uma conta de depósitos à ordem já existente numa destas contas, sem custos.

Idoso, cidadãos carenciados ou a quem a crise levou a uma situação financeira difícil são, segundo o secretário de Estado, os que principais beneficiários destas contas.

Também o Governador do Banco de Portugal, presente na cerimónia de assinatura do protocolo, sublinhou que estes serviços mínimos são importantes para aqueles que estão excluídos do sistema financeiro, já que considerou que "o acesso a uma conta bancária é um ato de cidadania básico numa sociedade moderna e um ato de inclusão", mas também para os que se afastaram do sistema bancário devido à crise.

"Temos que entrar na parte da população que se afasta do sistema só porque não é capaz de suportar os custos da bancarização. Isto é muito importante numa situação de crise", afirmou Carlos Costa.

O responsável pelo supervisor bancário disse ainda que a crescente inclusão financeira é "indissociável" da "literacia financeira" para os clientes terem noção do tipo de produtos e serviços que subscrevem.

O protocolo dos serviços mínimos bancários foi assinado por responsáveis de seis bancos - Caixa Geral de Depósitos, BCP, BES, BPI, Santander Totta e Montepio - com o secretário de Estado a saudar a adesão destas instituições a este serviço, já que esta é voluntária.

De acordo com o inquérito à literacia financeira feito em 2010, o Banco de Portugal estimou que em Portugal 11% da população acima dos 16 anos não tinha conta bancária, sendo apenas 18% caso a idade seja elevada para 18 anos.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/


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27
Nov 12

CGD paga 5,75% numa emissão de 500 ME de dívida

Banco público segue pegadas do BES, primeiro banco nacional a realizar emissões sem garantia estatal desde o resgate

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) emitiu esta terça-feira 500 milhões de euros de dívida senior com um prazo de três anos e uma taxa de 5,75%, tendo a procura ultrapassado em 5,74 vezes a oferta disponível.

«A emissão atraiu uma forte procura», salientou o administrador financeiro do banco público, João Nuno Palma, numa nota à comunicação social, dando conta que dos 2,87 mil milhões de euros de ordens de mais de 200 investidores, 2 mil milhões de euros foram oriundas de investidores internacionais.

Segundo o responsável, isto «reflete o crescente conforto dos mercados internacionais com o risco Portugal», marcando «o regresso aos mercados de uma entidade detida pela República Portuguesa após dois anos e 10 meses de ausência».

A emissão da CGD ofereceu um cupão (juro nominal) de 5,625% e uma taxa (rendimento ao investidor) de 5,75%, que são mais baixos do que os oferecidos recentemente pelo BES na sua emissão de 750 milhões de euros, cujo cupão foi de 5,875% e a taxa de 6% ao ano.

«O cupão de 5,625% constitui o cupão mais baixo de uma emissão obrigacionista de uma entidade portuguesa no passado recente e reflete o estatuto da CGD como national champion[campeão nacional] do sistema financeiro português», realçou João Nuno Palma.

Em termos geográficos, é de assinalar que 88% das ordens de compra vieram do estrangeiro, um facto destacado pelo banqueiro: «Este interesse dos investidores institucionais estrangeiros representa um passo em frente para a CGD e os emitentes portugueses», sublinhou.

O Reino Unido captou a fatia de leão da emissão (34%), seguido pela França (12,4%), por Portugal (12%), pela Itália (10,1%), pela Alemanha e Áustria (7,4%), pela Suíça (6,4%), pela Espanha (5%), pelos países do Benelux, Bélgica, Holanda e Luxemburgo (2,5%) e pelo Médio Oriente (1,9%), ficando 8,4% dispersos por outros países.

As gestoras de ativos absorveram 65,7% da emissão (328,5 milhões de euros), os bancos 22,8% (113,8 milhões de euros), as seguradoras 4,6% (23 milhões de euros) e outros investiodres ficaram com 6,9% dos títulos (34,7 milhões de euros).

«Este é um passo fundamental para a CGD que demonstra ter acesso aos mercados e reforça a nossa estratégia de desalavancagem e a postura conservadora face aos desafios atuais, enquanto apoiamos a economia portuguesa», considerou João Nuno Palma.

O responsável acrescentou que as posições de liquidez e de capital do banco público «são muito sólidas» e que a CGD «continua confiante no futuro e feliz por sentir o apoio dos mercados institucionais».

Por último, o banqueiro sublinhou que a entidade «está empenhada em apoiar o crescimento da economia portuguesa, com o foco particular no setor dos bens transacionáveis».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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17
Nov 12
17
Nov 12

BCP vendeu quase 2000 casas do crédito malparado num ano

A estratégia do BCP para escoar as casas que tem em carteira, provenientes do malparado e dações em pagamento, parece estar a dar resultado, a avaliar pelas vendas que quase duplicam. Até setembro deste ano, a instituição financeira liderada por Nuno Amado vendeu 1924 imóveis, o que corresponde a um aumento de 92% face a igual período do ano passado. Com estas vendas, o BCP conseguiu arrecadar 142 milhões de euros, ou seja, mais 71%.

Uma das particularidades é que, das vendas realizadas em 2012, "cerca de metade não recorreu a crédito do banco", ou seja, foram imóveis comprados a pronto pagamento, adiantou fonte do banco ao Dinheiro Vivo. Uma tendência que tanto imobiliárias como outras instituições financeiras adiantaram já estar a acontecer com frequência.

O BCP, à semelhança dos restantes bancos, está decidido em despachar os imóveis que tem em carteira, e que têm levado a um reforço de provisões e imparidades.

Cada banco tem vindo a definir uma estratégia e, recentemente, o BES revelou que a sua passava por vender os imóveis em mercados internacionais como a China, Rússia ou Brasil. O banco presidido por Ricardo Salgado adiantou ainda que até setembro vendeu 1269 imóveis, que permitiram um encaixe de 240 milhões de euros.

No caso do BCP, para acelerar a venda dos imóveis até final do ano, o banco lançou um nova campanha que conta com 790 imóveis, distribuídos por quatro zonas geográficas (norte, centro norte, sul e centro sul). Embora os imóveis sejam destinados maioritariamente a habitação, também há lojas, escritórios, garagens, armazéns e terrenos.

A campanha recorre não só a leilões como também a propostas de carta fechada. O banco vai ainda realizar quatro leilões regionais na próxima sexta-feira, que ocorrerão nas sucursais de Almada, Loures, Gaia e Braga. Já a nível nacional, nos dias 8 de dezembro no Porto e a 9 de dezembro em Lisboa.

Estes imóveis têm como fator de atratividade condições especiais de crédito à habitação, que contemplam a isenção da comissão de avaliação e de dossiê, um spread de 1% nos primeiros 36 meses e de 2% no restante prazo do financiamento. Em leasing imobiliário são praticados spreads a partir de 2%.

Além disso, os imóveis em campanha cuja escritura se realize até 31 de dezembro, têm ainda um desconto adicional de 2% a aplicar sobre o valor de venda a escriturar.

Despedimentos no BCP

O BCP espera rescindir o contrato de trabalho com 600 colaboradores até ao final do ano e as reuniões ainda decorrem. A medida faz parte de um plano de reestruturação e de redução de custos e que irá permitir poupar 30 milhões de euros.

O banco oferece 1,7 salários por cada ano de trabalho, manutenção de benefícios nas taxas de juro do crédito à habitação e para outros fins, a manutenção do seguro de saúde para o colaborador e agregado familiar e ainda crédito com condições especiais para quem queira criar negócios, além de apoio à realocação no mercado de trabalho.

Questionado, o BCP não quis revelar qual é, até ao momento, a adesão dos colaboradores às rescisões.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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07
Nov 12
07
Nov 12

Crédito bancário já só pesa 126% dos depósitos

O vice-governador do Banco de Portugal defende maior relação entre auditores e reguladores.

"A evolução do crédito e o aumento dos depósitos tem vindo a diminuir o diferencial entre crédito e depósitos no sistema", disse ontem o vice-governador do Banco de Portugal (BdP). Pedro Duarte Neves anunciou que, pela primeira vez, em Setembro o rácio de transformação dos depósitos em créditos dos oito maiores bancos portugueses atingiu os 126%.

"Para os oito maiores grupos bancários, o rácio de transformação encontra-se já bastante aproximado do valor indicativo de 120%", disse elogiando o sector que supervisiona.

Pedro Duarte Neves centrou a sua apresentação, que abriu a conferência do X Fórum Banca, na Supervisão Prudencial, área de que é responsável no banco central. O reforço da acção supervisiva para o regulador bancário passa por confirmar a avaliação que os bancos fazem dos seus activos, "não apenas numa perspectiva estática, mas também numa visão prospectiva em cenário de base ou stress". 

fonte:http://economico.sapo.pt/

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06
Nov 12

Bancos vão ter muitas dificuldades em gerar lucros

Deterioração da qualidade do crédito provocada pela crise explica este cenário, segundo o Banco de Portugal

Os bancos portugueses enfrentam grandes desafios nos próximos tempos e o maior prende-se com a rendibilidade. A banca vai ter dificuldades em conseguir gerar lucros nos tempos mais próximos, devido à deterioração da qualidade do crédito provocada pela crise, anteviu esta terça-feira o vice-governador do Banco de Portugal (BdP).

«A rentabilidade constitui o grande desafio para os próximos tempos» para o sistema bancário português, sublinhou Pedro Duarte Neves, citado pela Lusa, na sua intervenção no X Fórum Banca, promovido em Lisboa pelo «Diário Económico», com o apoio da Accenture e da Schroders.

«É preciso termos consciência que as atuais condições são extraordinariamente difíceis para o sistema bancário português em termos de rentabilidade», reforçou, apontando para a difícil conjuntura económica.

O vice-governador frisou que, nos últimos anos, a rendibilidade do setor foi severamente afetada, especialmente devido ao reconhecimento de imparidades, «consequência direta da deterioração da qualidade do crédito».

Em 2008, o rácio de crédito em risco da banca portuguesa situava-se nos 3,5%. Em 2011, já estava nos 7,4% e, em junho, tocou nos 9,1%.

«É uma evolução extraordinariamente difícil», assinalou o responsável, salientando que «não há qualquer período comparável» no que toca à degradação deste indicador.

Mas nem tudo são más notícias: «O sistema bancário português hoje está mais capitalizado, mais transparente e menos alavancado do que há um ou dois anos atrás», disse o vice-governador, depois de já ter sublinhado que «uma das lições da presente crise financeira foi a necessidade de haver mais e melhor capital».

O sistema bancário português tinha, em 2008, um rácio core tier 1 [capital puro] de 6,8%, mas em junho este valor já ascendia a 11,3%, acima do objetivo de 10% acordado com a troika.

Só de junho de 2011 a junho de 2012, este rácio cresceu 22%. E, entre 2008 e junho de 2012, a subida foi de 61%, correspondentes a um reforço de 13 mil milhões de euros.

Noutro campo, o responsável realçou que «nos oito maiores grupos bancários, o rácio de transformação [de depósitos em crédito] encontra-se já bastante aproximado do valor indicativo de 120% - acordado com a troika para ser atingido em 2014».

Pedro Duarte Neves apontou para a estrutura de financiamento da banca, que se foi adaptando ao longo destes anos de crise, sendo constituída, no final do primeiro semestre, por 48% de depósitos, 16% de dívida titulada, 13% do mercado interbancário, 13% de recursos obtidos junto dos bancos centrais e 10% de capitais próprios.

Agora, o objetivo do supervisor da banca portuguesa é «elevar a confiança do público português no sistema bancário».

Para tal, a nível da supervisão prudencial, Pedro Duarte Neves diz que o Banco de Portugal vai ter uma «presença intrusiva» nas instituições, uma recorrente avaliação dos ativos, e irá colocar os bancos «em cenários adversos» para testar a sua solidez.

Defendeu ainda que «a supervisão deve ser mais exigente a nível europeu, em que não existam diferenças de país para país».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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CGD perde 130 milhões devido a imparidades e provisões

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) registou um prejuízo de 130 milhões de euros nos primeiros nove meses deste ano, o que compara com lucros de 12,9 milhões no mesmo período do ano passado.

De acordo com o comunicado do banco, as perdas devem-se sobretudo à realização de 1.094,7 milhões de euros em provisões e imparidades, valor que deverá subir para 1.200 milhões de euros até final do ano.

A maior fatia, de 773,7 milhões, diz respeito a imparidades de crédito e os restantes 321 milhões a provisões e imparidades de outros ativos. Entre eles estão participações em empresas, como a Portugal Telecom (55 milhões), La Seda Barcelona (15 milhões), BCP (13 milhões) e Caixa Seguros (85 milhões). 30 milhões de euros destinam-se a cobrir desvalorizações de imóveis recebidos em dação em pagamento, entregues por famílias e empresas que deixaram de pagar as prestações.

Depósitos aumentam, crédito cai

Nos depósitos, as coisas correram melhor ao banco estatal, com um crescimento de 2,4% para 65,6 mil milhões de euros. Se tomarmos apenas a rede comercial em Portugal, os depósitos de particulares subiram dois mil milhões de euros ou 4,6% em termos homólogos.

Em setembro, a CGD tinha concedido em crédito a clientes 79,6 mil milhões de euros, menos 5,9% do que há um ano, «refletindo o contexto recessivo da economia portuguesa». Olhando apenas para Portugal, a queda foi de 6%, fixando-se em 62,23 mil milhões. O crédito às empresas cedeu 5,9% para 23,0 mil milhões e nos particulares recuou 3,9% para 33,6 mil milhões de euros.

Ainda assim, a CGD diz que as quedas registadas pelo banco em concessão de crédito são inferiores à média do mercado, pelo que considera ter reforçado a posição como principal concessor de crédito em Portugal. A CGD é responsável por 21,5% de todo o crédito e por 17% do crédito às empresas.

Rácio de transformação cumprido

O rácio de transformação de depósitos em crédito acabou nos 116,5%, abaixo da meta exigida pelo Banco de Portugal até 2014 (120%).

Os custos operacionais baixaram 3% para 1.263,2 milhões. Em Portugal, a queda foi de 8,9% para 648,8 milhões, ajudada pelo recuo de 11,8% nos custos com pessoal para 340 milhões de euros. Os trabalhadores da CGD, recorde-se, são abrangidos pelos cortes dos subsídios de férias e Natal em 2012 e pelo corte de um subsídio em 2013.

O resultado bruto de exploração foi de 1.030,6 milhões em setembro, mais 23,3%.

Destaque para os resultados em operações financeiras, que se fixaram em 326,4 milhões de euros (no período homólogo tinham-se fixado nos 2,9 milhões), em grande parte graças à recuperação do valor da dívida pública portuguesa. 

Rácios de capital acima dos limites

Em setembro, a CGD apresentava um rácio core tier 1 de 11,8%, de acordo com os critérios do Banco de Portugal, e de 9,8% segundo as exigências da Autoridade Bancária Europeia (EBA na sigla do inglês). O banco central exige um mínimo de 10% no final deste ano, ao passo que o regulador europeu tem como limite mínimo os 9%.

O financiamento do banco público junto do Banco Central Europeu fixou-se em 7 mil milhões de euros até setembro, menos dois mil milhões do que em dezembro Neste valor, incluem-se 4 mil milhões destinados a financiar as sociedades veículo do BPN.

A atividade internacional foi, até setembro, negativa em seis milhões de euros, penalizada pelos prejuízos de 78,5 milhões de euros da operação em Espanha. Sem o país vizinho, o resultado da atividade internacional seria positivo em 72,5 milhões de euros.

O presidente do banco público anunciou ainda que a venda da HPP Saúde deverá ser feita ainda este ano e disse que a instituição prepara o regresso ao mercado para se financiar.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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06
Nov 12

CGD prepara regresso ao mercado para se financiar

Presidente do banco público aplaude colocação de dívida do BES sem garantia estatal e espera seguir-lhe os passos

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) está a preparar o regresso aos mercados para quando existir uma «janela de oportunidade» e as condições de financiamento forem favoráveis, disse o presidente do banco citado pela Lusa.

O responsável executivo da CGD, José de Matos, considerou uma «excelente notícia» a emissão de 750 milhões de euros de dívida sénior sem garantia, que o BES fez a semana passada, mais de dois anos após a última operação do género, já que, desde meados de 2010, o mercado de dívida está fechado para os bancos portugueses.

Segundo José de Matos, o regresso do BES aos mercados de financiamento deveu-se aos «méritos do banco», mas também à «mudança de perceção de risco» face ao setor bancário português e admitiu que a Caixa possa seguir os mesmos passos em breve.

A agência de notação financeira Fitch considerou que a emissão de dívida pelo BES é um «sinal» de que os mercados de financiamento podem reabrir para os outros bancos portugueses, o que seria «particularmente útil» para a Caixa Geral de Depósitos e o BCP, que estão entre os mais dependentes de financiamento do Banco Central Europeu (BCE) e enfrentam vencimentos de dívida tanto este ano como em 2013.

José de Matos garantiu aos jornalistas que a «situação de liquidez da Caixa é confortável», mas que esta não vai rejeitar o surgimento de eventuais oportunidades com condições de emissão de dívida favoráveis.

«A CGD é elegível para se financiar nos mercados e estamos atentos a janelas de oportunidade», afirmou.

O administrador da CGD Nuno Palma já tinha dito em meados de outubro, a propósito do «Dia de Portugal» em Nova Iorque, que acredita que se começam a criar as condições para o banco se financiar através da emissão de obrigações e que a reação dos investidores a eventuais investimentos no banco é positiva. O banco público tem estado também em contacto com investidores japoneses, preparando um regresso aos mercados.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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05
Nov 12
05
Nov 12

BCP admite despedimento coletivo

Nuno Amado espera que rescisão com 600 trabalhadores seja amigável. Caso contrário, ameaça com despedimento coletivo

O presidente do BCP admitiu esta segunda-feira que o banco pode entrar num processo de despedimento coletivo se não conseguir a saída das 600 pessoas pretendidas através de rescisões amigáveis. Em causa está uma poupança de 30 milhões de euros, já em 2013.

Segundo Nuno Amado - que hoje confirmou o objetivo do BCP de reduzir em 600 o número de trabalhadores até 2013 - a «intenção» é que o processo de rescisões «seja amigável», mas, caso os trabalhadores não aceitem as condições propostas pelo banco, então avança-se com despedimento coletivo. Condições que, garantiu, são «claramente superiores à base legal», disse citado pela Lusa.

«Estamos a fazer tudo para não entrar [em despedimento coletivo] e com sacrifício dos acionistas», acrescentou.
Nuno Amado adiantou ainda que é objetivo do banco ter o processo fechado em breve para que não seja «longo e desgastante» e deu mesmo uma data: «Gostaríamos de ter praticamente todos os acordos concluídos no próximo mês».

Sobre os trabalhadores aos quais vão ser propostas rescisões amigáveis, o presidente do BCP garantiu que o processo será «transversal e vertical», abrangendo «todas as áreas» do banco e de «cima para baixo».

Nuno Amado disse também que este ano o banco vai reduzir 40 sucursais, tendo 20 já sido fechadas e devendo as restantes encerrar até final de dezembro. Isto depois de ter admitido vender a operação na Grécia em breve.

O responsável anunciou também que o BCP já pagou 25 milhões de euros até setembro para o imposto extraordinário sobre a banca.

A instituição financeira fechou o terceiro trimestre deste ano com 9.866 trabalhadores, menos 93 do que no final de 2011. Em termos de custos com pessoal, o ano passado, o BCP gastou 545 milhões de euros. Este ano, até setembro, esses custos foram de 397 milhões de euros.

BCP só deverá regressar aos lucros em 2014

O processo de rescisões vai ser centrado em Portugal, ainda que na operação na Grécia também deva haver saída de trabalhadores, depois de o ano passado já terem saído cerca de 20% dos funcionários.

O BCP anunciou hoje os resultados obtidos entre janeiro e setembro deste ano, período em que registou prejuízos de 796,3 milhões de euros.

O banco anunciou, depois, que só deverá regressar aos lucros em 2014, ou seja, Amado admite que os próximos trimestres «serão exigentes» para as contas da instituição.

«Queremos, em 2014, atingir uma posição devidamente equilibrada no mercado português», rematou.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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