31
Mar 13
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Mar 13

Crédito Agrícola vai ser reestruturado e algumas caixas fundidas

O Crédito Agrícola vai avançar com um processo de reestruturação interna, que implica o fecho por fusão de algumas caixas, disse à Lusa o novo presidente do banco cooperativo.

Em entrevista à Lusa, Licínio Prata Pina, que tomou posse em Janeiro, deu uma perspectiva do que pretende fazer no seu mandato de três anos à frente do Grupo Crédito Agrícola (CA), a começar por um processo de reestruturação interna do banco que é composto por 84 Caixas de Crédito Agrícola e pela Caixa Central. Uma reestruturação que implicará mesmo a fusão de algumas Caixas, adiantou.

“O que posso dizer é que Caixas com dificuldades económico-financeiras são cinco e temos de tomar decisões que passarão pela fusão delas com outras”, disse Licínio Pina, sublinhando que para isso o grupo não precisará de qualquer ajuda do Estado.

O responsável garantiu que a reorganização interna não implica qualquer programa de saída de trabalhadores, mas admitiu que serão feitos ajustamentos aos recursos humanos, eventualmente com propostas de reformas antecipadas.

“A saída de pessoal não se tem verificado nem temos o objectivo de prescindir de uma série de pessoas. O que acontece é que quando as Caixas são fundidas é necessário criar estruturas funcionais em que depois se acomodam as pessoas. Em todos aqueles que estão próximos da reforma são propostas soluções que não prejudiquem as pessoas”, afirmou o presidente do Crédito Agrícola, que tomou posse em Janeiro.

O grupo Crédito Agrícola tem vindo a reduzir o número de caixas espalhadas pelo país, que já foram mais de 100 e hoje são 84, estando a correr no Banco de Portugal o processo para a fusão da Caixa de Estarreja com a de Oliveira de Azeméis.

Paralelamente, Licínio Pina quer “fazer crescer” o Crédito Agrícola e para isso, disse, o banco tem de conceder mais crédito baseando-se nos níveis de “conforto” tanto em termos de capital (mais de 11% de rácio ‘core tier 1’ em 2012) como de liquidez (com um rácio de transformação de depósitos em crédito de 82%).

Mas há um obstáculo a este objectivo: a recessão económica que Portugal atravessa, admitiu o presidente do Crédito Agrícola. “Precisávamos é que a economia crescesse. Se crescer temos condições para financiar as empresas e particulares, apoiando-os nos seus projectos de desenvolvimento e contribuindo para o crescimento do país”, referiu.

Sobre como conseguirá o sétimo maior banco português competir com os designados ‘grandes’, tanto na captação de depósitos como de bons projectos a quem concedem crédito, Licínio Pina referiu que o banco está bem implantado nas zonas rurais, onde há uma elevada fidelização dos clientes.

Já mais difícil é a captação de novos clientes “e especialmente jovens”, pelo que tem como objectivo apostar em novas tecnologias para chegar a uma população mais jovem e urbana.

O grupo Crédito Agrícola é composto por 84 Caixas e pela Caixa Central, que articula e coordena as várias instituições locais. Tem 400 mil associados e 700 balcões em todo o país. Ainda segundo dados do próprio banco, tem uma quota de mercado de 5% nos depósitos e de 3% no crédito.

O banco obteve lucros de 42 milhões de euros em 2012, menos 21% do que no ano anterior.

fonte:http://www.publico.pt/

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28
Mar 13
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Mar 13

Há 16,4 milhões de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros

O número de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros ascende a 16,4 milhões, representando 98,8% dos aforradores, segundo o último relatório e contas do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), relativo a 2011.

O plano inicial de resgate financeiro a Chipre, que previa a aplicação de uma sobretaxa a todos os depósitos nos bancos cipriotas, quebrava a regra europeia de assegurar o reembolso dos saldos de cada depositante até ao limite de 100 mil euros, abrindo um precedente na zona euro que levou analistas a temerem pela confiança dos cidadãos no sistema financeiro.

Em Portugal, 1,2% dos depositantes não são abrangidos por este sistema de garantia, mas a soma destes depósitos representa 41,5% do montante total depositado.

Segundo o Diário Económico, a fatia de depositantes que fica de fora da garantia correspondia em 2011 a 197 mil depositantes, e cada um tinha em média 332,5 mil euros depositados.

Com montantes até aos dez mil euros havia 83,2% de depositantes; 9,6% tinham entre dez mil e 25 mil euros; 4,1% tinham depositado entre 25 mil e 50 mil euros, enquanto no patamar seguinte (entre os 50 mil e os 100 mil) estavam 1,9% dos depositantes.

fonte:http://www.publico.pt/

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15
Mar 13
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Mar 13

As novas regras das comissões bancárias

Novas regras vão beneficiar desde já 750 mil famílias e empresas com créditos em atraso.

Os bancos passam a poder cobrar apenas uma comissão bancária por cada prestação em atraso, "em vez das actuais comissões sucessivas - que muito pesavam sobre os incumpridores, chegando a ultrapassar muitas vezes o valor da prestação mensal", explicou o Secretário de Estado Adjunto da Economia, António Almeida Henriques. O Governo aprovou em Conselho de Ministros o último pacote legislativo fundamental no que toca à protecção dos consumidores endividados. Entre as principais novidades estão o limite aos juros de mora e o fim das comissões bancárias abusivas por situações de incumprimento, medidas que irão beneficiar tanto famílias como empresas. Ou seja, a medida abarca desde já mais de 65 mil empresas e quase 680 mil famílias com créditos em atraso. Esta lei entra em vigor 120 dias após a sua publicação, o que deverá acontecer até ao final de Abril, tornando efectiva a sua aplicação entre Agosto e Setembro. Existem ainda novidades nas taxas máximas do crédito ao consumo, em vigor a partir de Julho.

Bancos só podem cobrar uma comissão por incumprimento
Ao contrário do que acontece hoje - em que os bancos multiplicam as comissões associadas ao incumprimento bancário - passa a ser permitida a cobrança de apenas uma comissão relativa à recuperação de valores em dívida, por cada prestação vencida e não paga. Ou seja, por cada prestação em que falhe o pagamento o banco cobrar-lhe-á uma comissão única. Uma realidade bem distinta da que existe actualmente, onde além da gestão da prestação em atraso, o banco pode chegar a cobrar várias dezenas de euros por cada aviso de incumprimento, de pré-contencioso e de contencioso. A comissão de saída de contencioso no mercado nacional pode chegar actualmente a 400 euros.

Comissão única fica indexada ao valor da prestação mensal
O valor desta comissão única passa a estar limitada a 4% do valor da prestação mensal, com o limite mínimo de 12 euros e um máximo de 150 euros. Ou seja, atendendo ao valor actual da prestação média mensal do crédito à habitação, por exemplo, o valor desta comissão seria de 10,5 euros (4% de 263 euros mensais), sendo assim ajustada para os 12 euros. Já uma família ou empresa cujo valor da prestação mensal do seu crédito seja de 500 euros, pagará uma comissão de 20 euros. O Governo indexa assim o preço da comissão ao valor da prestação mensal, eliminando desta forma práticas discricionárias. Até agora, um cliente com uma prestação de 250 euros e outro com uma mensalidade de 1.500 euros estariam sujeitos ao mesmo valor sancionatório.

Taxa de juros de mora passa a estar limitada
O Governo estabelece também um limite aos juros de mora cobrados pelos bancos. O limite máximo da taxa anual de juros moratórios foi fixada em 3%, "por oposição às actuais práticas arbitrárias que traduziam taxas muito variáveis", notava Almeida Henriques.

Novo limite às taxas máximas no crédito ao consumo 
A fórmula de cálculo das taxas máximas no crédito ao consumo foi revista. Embora a nova fórmula ainda não seja conhecida, o Secretário de Estado garantiu ontem que "este tecto é também um travão. Um travão a uma escalada de taxas de juro no mercado português para níveis excessivos e muitas vezes usurários". Até agora o limite resultava da média das taxas praticadas no trimestre anterior em cada um dos segmentos de crédito acrescida de um terço. Uma fórmula que deu azo a subidas constantes das taxas máximas desde a sua criação. Almeida Henriques afirmou que, de acordo com a nova fórmula, as taxas máximas dos cartões de crédito ficarão sujeitas a um limite de 27,5% e que todos os restantes segmentos de crédito ao consumo ficarão abaixo deste limite. Por exemplo, para os créditos pessoais sem finalidade específica o limite será de 19,5%.

Descobertos bancários também ficam sujeitos a limites
Actualmente os descobertos bancários (com obrigação de reembolso até um mês) - como por exemplo, os descobertos associados a contas ordenado - e as ultrapassagens de crédito (descobertos não autorizados) não estão sujeitos aos limites aplicados às taxas de juro no crédito ao consumo. O Governo decide agora aplicar as taxas máximas também a estes créditos, ficando sujeitos à taxa máxima dos cartões de crédito. 
bancos passam a enviar extracto periódico


Tal como já acontece no crédito à habitação, as instituições financeiras terão de passar a enviar um extracto periódico aos clientes com crédito ao consumo, de forma a contribuir para uma melhor gestão destes créditos.

 fonte:http://economico.sapo.pt/

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11
Mar 13
11
Mar 13

Banca cobra por prestações

Os bancos cobram uma comissão mensal pelo pagamento da prestação do crédito à habitação.

O valor é atualizado anualmente e varia, no universo dos cinco principais bancos nacionais, entre um mínimo de 1,50 euros e 1,75 euros. "Os bancos cobram... por cobrar", sublinha ao CM Vinay Pranjivan, da Deco/Proteste. 

Trata-se de uma comissão que a Deco "não compreende" e para a qual já alertou o Banco de Portugal, garante o especialista da revista da associação do consumidor. Ao valor da comissão mensal de cada banco, acresce ainda o imposto de selo de 4%, ou seja, até o Estado continua - durante a vigência dos contratos - a beneficiar com os portugueses que contraíram empréstimos para a compra de habitação própria. 

O BCP cobra a-nualmente, nos contratos do crédito à habitação, 18 euros a título de "comissão de processamento de prestação", a Caixa Geral de Depósitos 19,80 euros, o Santander Totta 20,40 euros, e o BES 21 euros. O BPI é o único, dos cinco principais bancos, que não faz menção direta a esta comissão, mas dedica um valor de 1,25 euros por cada entrega de documenta- ção, a que acresce também o imposto de selo.

Esta diferença de terminologia das comissões - que ainda esta semana motivaram uma ação da Autoridade da Concorrência - é outra das críticas da Deco. 

A utilização de diferente terminologia para os mesmos atos, nomeadamente no crédito à habitação, impede a comparação entre bancos, alerta a Deco.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/n

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08
Mar 13
08
Mar 13

Banca em “forte concorrência” mas ‘spreads’ não baixam

Em Janeiro, e pela primeira vez em 15 meses, a banca nacional aumentou a concessão de crédito.

"Se existe forte concorrência num sector é no sector bancário. E curiosamente, mesmo nesta situação de crise em que vivemos essa concorrência tem vindo a ser intensificada". As palavras pertencem a Fernando Faria de Oliveira, presidente da Associação Portuguesa de Bancos, ouvido no Parlamento no final de Fevereiro devido à proposta de lei do PS que visa limitar as comissões bancárias. E o responsável explicava: "O problema principal das instituições neste momento é a rentabilidade e a margem financeira que está em queda. Existem apenas duas vias de poder superar esta circunstância e a primeira passa pelo aumento dos proveitos, isto é, pela capacidade de conceder mais crédito". 

E concluía: "As instituições financeiras neste momento na realidade competem entre elas para obter mais clientes ou para procurar ir buscar clientes a outras instituições bancárias". Mas, ao contrário do que seria de supor numa economia de mercado que está em forte concorrência, os preços não estão a baixar. Em alguns casos até aumentam.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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01
Mar 13
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Mar 13

CGD sai da área de saúde com mais-valias de 40 milhões

A venda da HPP à brasileira Amil marca o final da relação do Grupo CGD com o ramo da saúde, com um saldo positivo de 40 milhões de euros, revelou hoje à agência Lusa o vice-presidente Norberto Rosa.

“A venda da HPP permitiu um resultado positivo em termos consolidados na ordem dos 40 milhões de euros”, disse o banqueiro, no dia em foi formalizada a alienação da Hospitais Privados de Portugal (HPP) por 85,6 milhões de euros.

Este valor poderá ainda subir mais 6 milhões de euros, face à evolução do EBITDA (lucro operacional) da empresa que agregava os interesses da CGD na área da saúde durante os próximos anos.

“Se a trajectória de melhoria do EBITDA da HPP Saúde, iniciada o ano passado, continuar, a CGD receberá mais 6 milhões de euros”, avançou Norberto Rosa, confirmando que, a partir de agora, o grupo deixa de ter qualquer participação na saúde.

A CGD entrou na área da saúde há 13 anos, quando adquiriu a seguradora Mundial Confiança, em 2000, que na altura detinha o Hospital Ortopédico.

Desde então, já sob o controlo da CGD, passou a incorporar seis hospitais em todo o país (Hospital da Boavista, Hospital da Misericórdia de Sangalhos, Hospital dos Lusíadas, Hospital de Santa Maria de Faro, Hospital de Albufeira e Hospital São Gonçalo de Lagos, bem como a Clínica Fórum Algarve).

A venda da área de saúde do Grupo CGD estava prevista no memorando de entendimento entre Portugal e a ‘troika’ (Comissão Europeia, Banco Central Europeu e Fundo Monetário Internacional), no âmbito do programa de apoio internacional ao país.

Norberto Rosa fez questão de frisar que esta venda foi “um processo muito transparente, guiado pelos critérios financeiro e de sustentabilidade da operação”.

Segundo o responsável, além de ter apresentado “a melhor proposta em termos financeiros”, a Amil “tem um modelo de negócio activo e com sucesso no Brasil que pode trazer valor acrescentado ao negócio da saúde no setor privado”.

Depois de ter sido anunciada ao mercado em Novembro último, a operação de privatização foi agora fechada, depois de receber a necessária luz verde das autoridades.

Além da Autoridade da Concorrência, também o Ministério das Finanças e o Ministério da Saúde – já que o Hospital de Cascais é uma parceria público-privada – aprovaram o negócio.

No comunicado divulgado acerca da concretização da venda, Norberto Rosa, que além de vice-presidente do Grupo CGD, com o pelouro financeiro, preside a Caixa Seguros e Saúde, realçou “o sucesso que tem vindo a ser alcançado na alienação em mercado de activos nacionais, atraindo o interesse de diversos investidores, num contexto particularmente desafiante que a economia nacional vive”.

fonte:Lusa/SOL

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