Banca agrava cobrança de comissões bancárias. Quem tem menos, continua a pagar mais

CGD e Santander procederam a uma revisão que implica o pagamento de comissões por parte de quem estava isento até à data. Quem tem menos dinheiro no banco paga comissões mais altas. As contas com valores inferiores custam, em média, aos seus titulares, 67 euros por ano.

 

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) e o Santander alteraram recentemente os patamares de valor em conta que são considerados para efeitos da cobrança de comissões bancárias, segundo noticia o Jornal de Negócios.

Até meados de 2013, os titulares de conta com um saldo médio acima de 3000 euros durante o trimestre estavam isentos do pagamento de comissões. Atualmente, já pagam um encargo de 5 euros por trimestre, ao qual acresce o imposto de selo de 4%, o que equivale a um total de mais de 20 euros por ano.

Atualmente, a isenção pressupõe, para titulares que não tenham o vencimento domiciliado na instituição, um saldo médio superior a 3500 euros.

Já o Santander passou apenas a isentar aqueles que tenham um saldo médio de 5000 euros, ou que o total dos recursos – como por exemplo um depósito a prazo, supere esse patamar. Os titulares de contas com valores que oscilem entre os 3000 euros e os 5000 euros pagam 12,5 euros por trimestre, acrescido de imposto de selo, o que perfaz mais de 50 euros por ano.

Das 13 instituições bancárias analisadas pelo Jornal de Negócios, sete cobram comissões a contas com 3000.

Quem tem menos, continua a pagar mais

Os cidadãos com menores recursos são os mais flagelados pelas comissões bancárias.

Se aos titulares de contas com 3000 euros são cobrados, em média, 3,67 euros mensais, já aos titulares de contas com 1500 euros esse valor ascende a 4,53 euros, o equivalente a um acréscimo de 23%. No final de 12 meses a diferença atinge os 10 euros.

A uma conta com um valor médio de 850 euros já corresponde, por sua vez, uma comissão média de 5,63 euros mensais. No final de um ano, as contas de valores inferiores implicam uma despesa média de 67 euros.

Das 13 instituições bancárias analisadas pelo Jornal de Negócios, e quando está em causa um saldo médio de 850,01 euros, o Barclays (6,93 euros), o Deusche Bank (6,24 euros) e o BCP (6,24 euros) são aqueles que aplicam comissões bancárias mais elevadas. O BIC não cobra comissões a saldos superiores a 500 euros. Banif (5,20 euros), Montepio (5,20 euros) e Caixa Agrícola (4,85 euros) são os que apresentam comissões mais baixas.

Tendo em conta um saldo médio de 1500,01 euros, o Barclays (6,93 euros), o Deusche Bank (6,24 euros) e o BCP (5,51 euros) ocupam os primeiros lugares do pódio. BBVA, Banco Popular e BIC não aplicam comissões nestes casos e BPI (3,46 euros), BCP (3,12 euros) e Banif (3,12 euros) aplicam as comissões mais baixas.

Para os titulares de contas com um saldo médio de 3000,01 euros, o Barclays (6,93 euros), o Deusche Bank (6,24 euros) e o Santander (4,17 euros) são os que apresentam custos mais elevados. BPI, Banif, Montepio, BBVA, Banco Popular e BIC assumem que estas contas estão isentas do pagamento de comissões. BES (1,73 euros), CGD (1,73 euros) e Caixa Agrícola (1,73 euros) apresentam os valores mais baixos.

 

fonte:http://www.esquerda.net/a

publicado por adm às 17:27 | favorito