01
Out 12

Créditos e cheques: consulte a sua situação

Banco de Portugal passa a disponibilizar novos serviços online. Saiba quantos créditos tem, se há prestações em atraso, e se pode usar cheques

O Banco de Portugal (BdP) inaugura esta segunda-feira um conjunto de novos serviços ao público, disponíveis no seu sítio na Internet. Empresas e particulares vão poder consultar onlineos seus mapas de responsabilidades de crédito e a informação sobre restrição ao uso de cheque.

O mapa de responsabilidades de crédito apresenta informação mensal sobre o endividamento da empresa face a todas as instituições de crédito e outras entidades participantes na Central de Responsabilidades de Crédito (CRC). 

A informação sobre restrição ao uso de cheque é obtida através da consulta à Listagem de Utilizadores de cheque que oferecem Risco (LUR). 

O site do BdP passa a contar com uma «Área de Empresa», um canal privilegiado de comunicação entre o banco central e as empresas, «seguro e gratuito, através do qual são disponibilizados um conjunto de serviços relevantes para a atividade das empresas e os meios para o cumprimento das suas obrigações de comunicação estatística ao Banco de Portugal». 

Trata-se de uma área reservada para cada empresa, a que é possível aceder utilizando as mesmas credenciais com que se autentica no Portal das Finanças. Nessa área serão disponibilizados desde já o mapa de responsabilidades de crédito das empresas, a informação sobre restrição ao uso de cheque, os quadros da empresa e do setor e ainda informação qualificada sobre numerário (reservada às entidades que operam profissionalmente com numerário). 

«Visto tratar-se de informação confidencial, a qual só deverá ser acedida pelo próprio titular dos dados, a realização destas consultas obriga a uma autenticação válida no site do Banco de Portugal. Essa autenticação poderá ser feita, no caso dos particulares, através da utilização do Cartão de Cidadão e do respetivo PIN de autenticação, ou, no caso de ser pretendida a obtenção do mapa de responsabilidades de crédito, do recurso às credenciais de acesso ao Portal das Finanças. Para se autenticarem, as empresas deverão utilizar as credenciais de acesso ao Portal das Finanças», explica o BdP em comunicado.

Até hoje, para a obtenção daqueles elementos informativos, os titulares dos dados tinham de se dirigir aos postos de atendimento do Banco de Portugal (em Lisboa ou nas instalações da rede regional) ou efetuar pedidos por escrito, acompanhados da documentação requerida para cada situação.

O Banco continuará a manter os serviços de atendimento presencial e escrito em Lisboa e na rede regional.

Novo sistema de reporte para a balança de pagamentos

Na Área de Empresa as empresas poderão, igualmente, efetuar as suas comunicações relativas à realização de operações com o exterior e responder ao inquérito sobre investimento internacional.

Vai entrar em vigor no dia 1 de janeiro de 2013 um novo sistema de comunicação ao Banco de Portugal de operações com o exterior por parte das empresas. 

Este novo sistema complementará o reporte de informação por parte do sistema financeiro e será essencial para a compilação das estatísticas externas do País, nomeadamente a Balança de Pagamentos, a Posição de Investimento Internacional e a Dívida Externa, cuja produção é da responsabilidade do Banco de Portugal.

Na Área de Empresa ficarão disponíveis, desde já, duas facilidades de reporte estatístico neste âmbito: Comunicação de operações e posições com o exterior e Inquérito sobre o investimento internacional.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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16
Mar 12

Bancos vão ter sistemas de alerta

Caberá também aos clientes a comunicação atempada das situações de risco.

O governo encontra-se a preparar um decreto-lei que visa não só a recuperação extrajudicial de clientes bancários em incumprimento, mas também que os bancos se tornem diligentes na detecção precoce de clientes em perigo de incumprimento. Por outro lado, e de acordo com o documento a que o Diário Económico teve acesso, caberá também aos clientes bancários a comunicação atempada das situações de risco.

De forma a detectar os clientes com potencial de risco de incumprimento, os bancos deverão "criar sistemas informáticos que permitam a identificação de situações de risco", bem como "recolher informações junto do cliente e de outras fontes (nomeadamente, bases de dados de responsabilidades de crédito)".

Segundo a proposta de directiva europeia - onde esta legislação nacional bebe os seus princípios - " se esse potencial se tornar evidente [de incumprimento] ou for objectivamente demonstrado, o mutuante deverá contactar o consumidor para discutir diferentes opções para evitar a possibilidade de incumprimento, por exemplo através do reescalonamento do empréstimo. De qualquer modo, o mutuante só deverá ponderar a hipótese de retirar o crédito depois de explorar, juntamente com o consumidor, todas as alternativas possíveis para evitar uma situação de incumprimento".

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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30
Dez 11

O que vai suceder ao seu banco

Exigências europeias prometem levar Estado a dois bancos criados após nacionalizações
O grande desafio a que o seu banco estará sujeito no próximo ano é o cumprimento das exigências de solidez definidas pela Autoridade Europeia de Supervisão e pela troika. 

O principal esforço terá de ser feito até final de Junho, altura em que as grandes instituições financeiras têm de cumprir as metas de solidez definidas a nível europeu. E numa altura em que as duas dezenas de bancos cujos fundos de pensões vão passar para o Estado têm de absorver os impactos negativos desta operação.

Não estranhe, por isso, se, nos primeiros seis meses do ano, o seu banco recorrer ao apoio estatal. Nalgumas instituições, a aparente inevitabilidade de recurso a fundos públicos resulta, sobretudo, do facto de os bancos terem sido obrigados a criar almofadas temporárias de capital devido à desvalorização da dívida pública que têm em carteira.

Também não será surpreendente que surjam novos investidores como accionistas dos bancos. Os chineses que ganharam a corrida à EDP admitem que a banca chinesa tem interesse em Portugal.




CGD 
é o banco do Estado mas deve poupar o Tesouro


A troika quer que o banco do Estado evite, ao máximo, usar fundos públicos para cumprir as exigências de solidez. Só se a venda de activos e outras medidas que a CGD adopte não forem suficientes é que o Estado pode apoiar a instituição, o que parece inevitável devido à carteira de dívida pública do banco. Mas a Caixa deve contar com uma ajuda preciosa: a venda do negócio segurador.

Se as necessidades não forem satisfeitas por meios próprios, a CGD terá o apoio do Estado.

Troika
Terceira versão do memorando




BCP poderá contar com um novo accionista?

Será alvo preferencial numa eventual investida da banca chinesa em Portugal, mais provável após Pequim ter manifestado intenção de reforçar o investimento no País no âmbito da vitória na corrida à EDP. Dificilmente evitará ter de pedir ajuda ao Estado, mas sem que este fique com acções. A Sonangol, hoje maior accionista, também deve reforçar a posição no processo de capitalização do banco.

BCP estudará outras oportunidades, incluindo a linha de recapitalização.

BCP
Comunicado de 8 de Dezembro




BES deverá testar apoio de investidor estratégico

Com a generalização da crise da dívida à Europa, a capitalização do BESpoderá pôr à prova o empenho do Crédit Agricole. O parceiro do BES terá também de reforçar capital, podendo não estar disponível para injectar dinheiro em Portugal. Certo é que, entre os grandes bancos, o BES é o menos pressionado nesta caminhada. A sua preocupação é evitar, a todo o custo, a ajuda estatal.

Aumento de capital [de 2011] vai permitir manter independência estratégica do banco.

Amílcar Morais Pires
Administrador financeiro do BES




BPI poderá assistir a reforço da posição angolana?

BPI admite recorrer ao Estado para cumprir as metas de capital, o que não deve implicar que este fique accionista - o grande esforço deve-se à dívida pública. Os accionistas serão chamados a este esforço, pelo que a Santoro pode aproveitar para elevar a posição no BPI. O grupo angolano de Isabel dos Santos já admitiu passar os 10% mas ainda não pediu autorização nesse sentido.

O BPI vai analisar todas as opções de reforço de capital, incluindo a linha de recapitalização.

BPI
Comunicado de 8 de Dezembro




Totta beneficia de ser parte do maior grupo espanhol 

Santander Totta está adiantado no processo de reforço do rácio de solvabilidade. No final de Setembro tinha um "core tier one" de 9,6%, próximo dos 10% exigidos no final de 2012. Por esta razão, mas também por fazer parte do maior grupo financeiro espanhol, a instituição não deve pedir ajuda ao Estado. A casa-mãe será sempre chamada a responder a uma eventual surpresa.

A probabilidade de apoio do Banco Santander é extremamente elevada.

Fitch
Relatório de 6 de Dezembro




Barclays é apenas uma sucursal do banco britânico

Como sucursal do Barclays britânico, a operação portuguesa não está sujeita às metas de capital definidas para os bancos de direito local. O que não significa que, num contexto de austeridade e recessão em Portugal, não tenha uma atitude mais cautelosa. Esta será a tendência natural, até por se tratar de um grupo estrangeiro que não opera em euros, a moeda da crise da dívida.

A operação portuguesa do Barclays não está sujeita às metas de capital definidas para os bancos de direito local.




Popular tem tido o apoio da casa-mãe espanhola

O Popular Portugal é controlado na totalidade pela casa-mãe espanhola, que acaba de assegurar um aumento de capital de 75 milhões de euros na instituição portuguesa. Esta operação terá garantido o cumprimento da meta de solidez deste ano. E igual atitude é de esperar em 2012, até tendo em conta que em Espanha o Popular tem estado disponível para comprar instituições mais fracas.

Foi deliberado um aumento do capital, integralmente subscrito pelo Popular Español.

Banco Popular Portugal
Comunicado de 28 de Dezembro




Montepio reforça capital já a pensar neste ano e em 2012

No final de Junho, o Montepio tinha um nível de solidez em linha com as exigências definidas para o final deste ano. Para os últimos dias deste ano, a caixa económica tinha previsto um aumento de capital de 100 milhões de euros, com o objectivo de compensar o impacto negativo das inspecções da troika no rácio deste ano e de preparar 
o cumprimento do objectivo de 2012.

Montepio aumenta capital tendo em vista a meta de "core tier one" no final de 2012.

Montepio
Comunicado de 8 de Dezembro




Crédito Agrícola já cumpre meta de capital de 2012

O Crédito Agrícola tem a maior folga no cumprimento das metas de capital definidas pela troika. No final de Setembro, o seu rácio de solvabilidade mais exigente ("core tier one") rondava 12%, acima do mínimo de 10% que as autoridades internacionais impõem a sector até ao final do próximo ano. Esta posição dá-lhe ainda margem para absorver o impacto da crise económica.

O grupo está numa situação confortável relativamente às questões essenciais.

João Costa Pinto
Presidente do Crédito Agrícola




Banif à espera de clarificação da estrutura accionista

Era para já ter acontecido há meses, mas, até à hora de fecho desta edição, os herdeiros de Horácio Roque, fundador do banco, ainda não tinham um acordo de partilhas. Este ano, o Banif SGPS deve conseguir cumprir as metas de solidez sem ajuda estatal. Em 2012, o desafio é grande, pelo que a clarificação accionista será determinante para perceber qual o futuro do grupo.

As medidas em curso vão ser suficientes para cumprir rácios de 2011 sem apoio do Estado.

Marques dos Santos
Presidente do Banif
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/h
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29
Dez 11

Fundos de pensões: trabalhadores do BPI falam em «falta de transparência»

A Comissão de Trabalhadores do BPI criticou esta quinta-feira a «falta de ética e de transparência» que envolveu a transferência dos fundos de pensões da banca para o Estado e acrescentou que o negócio beneficia os bancos e não os reformados.

Num comunicado enviado à comunicação social, a CT disse que os reformados bancários foram «marginalizados» da negociação da transferência dos fundos de pensões dos bancos privados para o regime geral da Segurança Social.

A CT mostra ainda dúvidas sobre o valor de seis mil milhões que será transferido para o Estado por considerar que não se compreende a fundamentação de «como se chegou a esse número certo».

Ainda para a mesma estrutura representativa dos trabalhadores do BPI, este foi um «negócio favorável aos bancos», negando a ideia de que os bancos estão «a ser beneméritos».

Esta transferência é do interesse dos bancos já que «com o aumento do número de reformados e a desvalorização dos activos resultante da crise financeira, a rentabilidade dos fundos decresceu e o interesse dos bancos pela sua gestão e pela manutenção das responsabilidades com as pensões diminuiu», diz a CT do BPI.

Além disso, acrescenta, «os pressupostos fixados para o cálculo das responsabilidades são altamente favoráveis às entidades patronais bancárias», sobretudo quanto às tábuas de mortalidade consideradas, com menor esperança de vida perspectivada do que a que deverá ser registada. 

Os mesmos trabalhadores do BPI afirmam que os bancos «vão beneficiar com os fins destinados aos valores a transferir para o Estado, nomeadamente para pagamento de dívidas a si próprios, e com mais isenções de impostos durante um período de 15 anos», de acordo com os créditos fiscais que constam do decreto-lei.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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28
Dez 11

Multibanco: compras e levantamentos caíram este Natal

O montante dos levantamentos em multibanco no mês que antecedeu o dia de Natal diminuiu 1,3 por cento este ano, em relação a 2010, e o pagamento de compras com cartão baixou 6,6%. Ou seja, a utilização do cartão de multibanco caiu 7,9% nesta quadra festiva, divulgou esta quarta-feira a SIBS.

No período compreendido entre o dia 28 de Novembro e o dia 25 de Dezembro de 2011 foram efectuados, nas caixas automáticas da rede Multibanco, 32,7 milhões de levantamentos, no valor de 2.256 milhões de euros, correspondendo a uma quebra 1,3% face ao período homólogo anterior.

No mesmo período foram efectuadas, nos terminais de pagamento automático da mesma rede, 66,7 milhões de compras, um valor 1,7% mais baixo do que aquele que foi verificado em 2010. Já o montante total de compras com cartão foi de 2.759 milhões de euros, representando este valor uma quebra de 6,6% em relação a 2010.

O valor médio levantado por dia foi de 69 euros e, em compras, o valor médio dos pagamentos em lojas foi de 41 euros.

Estes dados revelam que, em altura de crise, e mesmo em época festiva, os portugueses estão, de facto, a apertar os cordões à bolsa.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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27
Dez 11

Banca fecha torneira no crédito para o dia-a-dia das empresas

Banco de Portugal diz não ter ainda detectado uma asfixia nos empréstimos às empresas. No entanto, as associações empresariais e muitas PME (pequenas e médias empresas) queixam-se do fechar da torneira da banca e já nem falam nos créditos para investimentos. As empresas sentem, mesmo, é problemas nas linhas que permitem gerir a tesouraria. 

O cenário é conhecido. A actividade económica está a abrandar. Há dificuldades no recebimento de pagamentos por parte dos clientes. Os bens e serviços estão a aumentar. E há mais impostos para pagar. Em cima disto, as PME queixam-se de não estarem a conseguir da banca dinheiro para fazerem a gestão do dia-a-dia. Miguel Coelho, secretário geral da Associação Empresarial de Águeda (AEA), diz mesmo ao Negócios que "o dinheiro não está a circular". "Já nem falo de se estar a pagar cara à banca, mas falo do acesso ao crédito", acrescenta.

Muitas empresas, contactadas pelo Negócios, falam em cortes, para metade, ou encerramento de contas caucionadas (que estabelecem limites de crédito que podem ser levantados em qualquer altura, para cobrir fundos de maneio). Isto acontece depois de em 2009 terem começado a subir as taxas de juro associadas a estas contas, movimento que se manteve. Miguel Coelho diz ter conhecimento de empresas a pagar "spreads" (taxas de juro) de 15%. Num inquérito divulgado recentemente pela AIP (Associação Industrial Portuguesa) 46% das empresas que responderam ao questionário revelaram pagar taxas de juro entre 5% e os 7,5%. Mas 12% pagam juros superiores a 7,5%. Este inquérito à actividade empresarial, realizado pela AIP, foi feito a 1061 empresas.

Também neste inquérito, noticiado pelo Negócios, as empresas assumiram as restrições ao crédito. Cerca de metade dos inquiridos admite dificuldades no acesso ao crédito. 

Além do encerramento ou corte nos "plafonds" das contas corrente caucionadas, a AEA denuncia, também, a não aceitação por parte dos bancos das moratórias para os pagamentos de créditos associados às linhas PME Investe. O Governo anunciou este ano o adiamento por 12 meses do pagamento desses créditos, o que significa que para já as empresas só estariam a pagar juros, como refere o secretário de Estado da Competitividade (ver texto ao lado).

Os bancos "não emprestam às empresas", reforça Miguel Coelho, acrescentando: "se secarmos a economia e não houver dinheiro a circular isto pára. E estamos muito próximos de atingir esse ponto". 

Em 2012, as empresas temem que esta situação se agrave. Paulo Moniz, presidente da ACIST (Associação Empresarial de Comunicações de Portugal ), também falou, recentemente, ao Negócios desta situação, lembrando que 80% dos seus associados são PME. "Se há sector que precisa da banca são as PME" e sem este sector "não há qualquer alternativa para conseguirem sobreviver". Muitas estão, por isso, a fechar portas, revela Paulo Moniz que fala de uma situação de agonia para as empresas. 

Estes responsáveis associativos já não falam de crédito para investimentos, mas para aguentar o dia-a-dia das empresas, enquanto esperam pelos pagamentos dos seus clientes ou pela devolução do IVA. 

Apesar do Banco de Portugal afastar a existência de um fecho completo da torneira, certo é que as restrições começam no financiamento da própria banca. "As restrições no acesso a financiamento [da banca] podem constituir um elemento importante de restrição na oferta de crédito, contribuindo para uma desalavancagem do sector financeiro, mas condicionando também o acesso a crédito por parte das empresas e dos particulares, com consequências para a evolução da economia europeia", conclui o Banco de Portugal.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/i
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