17
Set 12

Bancários podem ser exceção ao aumento da TSU

O bancários podem vir a beneficiar de uma exceção no aumento de sete pontos percentuais na contribuição para a Segurança Social. Pelo menos, é nisso que acreditam os sindicatos do setor. E explicam porquê: os bancários apenas descontam 3%, e não 11%, como os restantes trabalhadores.

A diferença é fácil de explicar: até há pouco tempo, os bancários não descontavam para a Segurança Social, e sim para um sistema próprio. Com o acordo alcançado em 2010, ficou estabelecido que os bancários admitidos antes de 3 de Março de 2009 seriam integrados no regime geral da Segurança Social, passando a descontar 3% para os cofres públicos, em vez de contribuírem para a Caixa de Abono de Família dos Empregados Bancários (CAFEB). Para os bancos, os descontos passaram de 11% para 23,6%.

No conjunto, patrão e empregado descontam 26,6%, menos que a soma noutros setores, em que trabalhador desconta 11% e a empresa 23,75%, o que dá um total de 24,75%.

Esta diferença explica-se pelo facto de os bancos continuarem a assegurar algumas das despesas que, noutros casos, estão a cargo da Segurança Social, como os subsídios de doença, invalidez e morte. Na verdade, e na sequência do acordo, a Segurança Social apenas assegurara o pagamento dos subsídios de parentalidade e de velhice (pensões de reforma).

Confrontados logo na semana passada com pedidos de esclarecimento de muitos bancários, o Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos da Banca (SNQTB) e o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI) responderam (separadamente) mas dizendo o mesmo: que, apesar de ainda não existir qualquer informação do Governo nem dos bancos relativamente a esta matéria, as duas estruturas sindicais esperam que as alterações não sejam aplicadas à banca.

«Esperamos que para a banca se mantenha tudo como está», disse à Agência Financeira fonte oficial do Sindicato Nacional dos Quadros Técnicos da Banca (SNQTB). Para já, o sindicato não foi contactado nem recebeu qualquer esclarecimento sobre a forma como as alterações serão aplicadas na banca, mas uma coisa é certa: não podem ser aplicadas da mesma maneira que noutros setores. 

Se aos atuais 3% de contribuição forem somados os mesmos 7 pontos percentuais que aos restantes trabalhadores, a taxa de descontos dos bancários mais que triplica: é um aumento de 230%. Para os restantes trabalhadores, o aumento dos encargos é de 64%.

Um aumento de 64% na contribuição dos bancários traduzir-se-ia numa subida dos atuais 3 para 4,92%.

Por isso mesmo, o Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), o mais representativo do setor, que também ainda não manteve quaisquer contactos sobre como será feita a atualização da contribuição destes trabalhadores, concorda que um aumento de sete pontos percentuais não será aceite. 

«Ao reclamarmos uma aplicação equitativa estamos implicitamente a aceitar que haja um aumento. Para nós, neste momento, é inadmissível esta medida e iremos combatê-la, quer seja um aumento de 3 para 4,92%, quer seja para 10%», disse à Agência Lusa Paulo Alexandre, dirigente do SBSI.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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08
Jul 12

Bancários vão perder regalias

Os trabalhadores do sector bancário correm o risco de perder as verbas relativas a prémios de antiguidade, diuturnidades, promoções e progressões.

 

Segundo apurou o CM, o fim destas regalias consta de uma proposta feita pela Associação Portuguesa de Bancos (APB), presidida por Faria de Oliveira. A medida é justificada com o facto de só assim ser possível travar a onda de rescisões que se avista no sector bancário, devido ao bloqueio da actividade económica no País.

A proposta da APB configura um processo global, que aponta para a eliminação dos denominados automatismos no próprio contrato colectivo de trabalho dos funcionários da Banca. O objectivo, sabe o CM, passa por aliviar o peso que estes custos fixos têm num sector que também não conseguiu escapar à crise.

O número de trabalhadores abrangidos por este corte deverá situar-se na ordem dos 59 mil, tendo em conta que, em finais de 2010, a população bancária representada pelas 36 instituições financeiras que integram a amostra de base do último Boletim Informativo do APB, publicado em Junho de 2011, era constituída por 58 871 colaboradores.

A proposta, sabe o CM, está agora nas mãos dos sindicatos do sector, que até ao final do mês têm de apresentar uma contraproposta à Associação Portuguesa de Bancos para se dar início ao processo negocial.

"O ACORDO TEM 40 ANOS"

O presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas (SBSI), Rui Riso, reconhece que o contrato colectivo de trabalho na Banca tem de ser revisto.

"O acordo tem 40 anos, foi negociado noutras circunstâncias e para uma geração diferente. As gerações de agora encaram o emprego de outro modo", afirmou ao CM, sem entrar em pormenor sobre as contrapropostas que este sindicato irá apresentar à APB. Sobre os despedimentos, Rui Riso diz que os bancos têm preferido a via das reformas e rescisões amigáveis, como é o caso do Banif, e que não tem havido contratações. "O que nos deve preocupar é porque é que os bancos precisam de menos pessoas – e isto deve-se à menor actividade económica em Portugal", sublinhou.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/


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22
Out 11

Banqueiros portugueses são dos que menos ganham na Europa

Os principais banqueiros portugueses são dos que menos recebem em salários na Europa, mas mesmo assim estão à frente dos dinamarqueses, noruegueses, holandeses e belgas, refere um estudo de analistas da Alphaville.

O documento, publicado hoje no 'Le Parisien', indica que os executivos dos principais bancos portugueses receberam em 2010, em média, cerca de 845 mil euros por ano, estando em nono lugar num 'ranking' que inclui treze países.

A lista dos mais bem pagos banqueiros europeus é liderada pelos britânicos (5,7 milhões de euros), logo seguido dos suíços (4,4 milhões) e dos espanhóis (3,7 milhões).

A seguir aos banqueiros espanhóis, situam-se os máximos responsáveis dos bancos alemães (3,3 milhões), italianos (1,9 milhões), suecos (1,3 milhões), austríacos (1,2 milhões), franceses (865 mil euros) e portugueses, de acordo com o estudo.

A lista dos treze países estudados fecha com os dinamarqueses, com 796 mil euros, os holandeses (623 mil euros), os noruegueses (537 mil euros) e os belgas (250 mil euros).

Individualmente, a maior remuneração pertence a Robert Diamond, presidente do Barclay's, com 11,5 milhões de euros, logo seguido de Brady Dougan, do Crédit Suisse, com 9,2 milhões, Alfredo Sáenz, do Santander, com 7,9 milhões e Stuart Gulliver, de HSBC, com 7,2 milhões.

O estudo refere ainda que, em alguns casos, uma parte do dinheiro, para além do salário propriamente dito, é pago com acções atribuídas aos executivos.

Essas acções representaram, por exemplo, 7,8 milhões de euros da remuneração de Robert Diamond.

fonte:Lusa/SOL

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17
Ago 11

Bancários chumbam limites da lei geral para as suas pensões

Os bancários portugueses estão preocupados com a negociação para incorporar os fundos de pensões da banca no regime geral de Segurança Social. Entre os pontos dos quais não querem abdicar está a recusa de que lhes seja aplicado o plafonamento das reformas previsto no regime geral da Segurança Social. 

"Não queremos que nos sejam aplicadas as regras do regime geral de Segurança Social", afirma ao Dinheiro Vivo, Rui Riso, presidente do Sindicato dos Bancários do Sul e Ilhas. "Os bancários têm uma perspectiva de carreira de pensões, mas também de expectativas."

Riso acusa os bancos de durante anos não terem "contribuído para a solidariedade social" ao ficarem fora do regime de descontos. "Durante muito tempo isso foi favorável aos bancos. Agora já não?"

Outra das exigências que os representantes dos trabalhadores pretendem apresentar tem a ver com a relação entre a contratação colectiva e as pensões. "Actualmente, uma negociação que envolva um aumento salarial tem um reflexo nas pensões. Não aceitamos que isso acabe", aponta o sindicalista.

Um terceiro ponto está relacionado com a forma como serão provisionados os fundos. Apesar de, para o sindicato, a generalidade dos fundos estarem bem provisionados, se for necessário fazer um reforço de cobertura, deverão ser os bancos a assumir essa responsabilidade. "Se couber ao Estado essa tarefa, os bancários estariam a pagar duas vezes: financiaram os fundos e agora pagariam indirectamente através dos seus impostos."

Sexta-feira, Jürgen Kröger, representante da Comissão Europeia na troika revelou que o governo necessitará de uma receita extraordinária resultante da incorporação dos fundos de pensões da banca privada no sistema de Segurança Social, com o objectivo de corrigir os buracos do BPN e das contas da Madeira. 

Depois de ter conhecido este projecto do governo, Rui Riso pediu uma reunião de emergência com o ministro das Finanças. No entanto, até agora, não obteve resposta. Já os bancos tiveram direito a um tratamento diferente. No mesmo dia do anúncio, a Associação Portuguesa de Bancos (APB) foi recebida pelo governo para agendar para Setembro a discussão acerca deste tema.

Os fundos de pensões da banca nacional permitiriam ao Estado uma gigantesca correcção orçamental. Contabilizados apenas os quatro maiores bancos, existe uma receita potencial de 11,05 mil milhões de euros. Se a estes se acrescentarem os fundos mais pequenos, este valor poderá superar os 15 mil milhões de euros (8,7% do PIB). Mais que suficiente para cobrir o défice deste ano que, no primeiro trimestre, estava nos 7,7%.

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/

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