05
Jun 14

BCE anuncia ronda de crédito barato e exclui governos e casas

Ainda não é desta que o tão esperado alívio monetário -- compra de ativos aos bancos para fazer aumentar o volume de dinheiro a circular na economia ou quantitative easing -- vai para a frente.

Hoje, em Frankfurt, Mario Draghi, o presidente do BCE, anunciouantes uma nova ronda de empréstimos de longo prazo (dinheiro muito barato) direcionada aos bancos que pretendam ter fundos para vender em forma de crédito à economia real privada. Às empresas, basicamente. A dívida pública (Tesouros nacionais) e as hipotecas ficam fora do novo esquema.

E como? As verbas que os bancos emprestam aos Estados soberanos (governos) e aos sectores "bolha", como o mercado imobiliário, abatem aos critérios do novo financiamento do BCE, diminuem o dinheiro que pode vir a ser libertado através das novas operações de refinanciamento de longo prazo direcionadas (TLTRO, na sigla em inglês), explicou Draghi.

De acordo com o presidente do BCE, a instituição vai emprestar um "total combinado de 400 mil milhões de euros" que terão de ser devolvidos (atingem a maturidade) em setembro de 2018 (isto é, dentro de quatro anos).

Os bancos poderão pedir empréstimos já este ano: haverá dois leilões, um em setembro, outro em dezembro, e entre março de 2015 e junho de 2016 podem concorrer a empréstimos trimestrais no âmbito do mesmo programa.

Ao todo, o BCE tem para vender aos bancos a um custo irrisório o equivalente a 7% do total dos "seus empréstimos ao sector privado não financeiro da zona euro", "excluindo os empréstimos às famílias para compra de casa".

Desta forma, faz com que a dívida dos Estados aos bancos e as hipotecas não contem para o efeito. Os bancos que tiverem demasiado expostos a estes dois sectores são, portanto, fortemente afastados desta torneira, tendo assim incentivos a reestruturar a sua carteira de empréstimos, assim espera o BCE.

Em todo o caso, todo este dinheiro não ficará no sistema porque será esterilizado à medida que os bancos forem amortizando a dívida em causa. Se fosse uma operação de "quantitative easing", o dinheiro ficaria a circular.

O presidente do BCE prometeu hoje em Frankfurt que "não acabamos por aqui". Mas também acrescentou que "não vemos deflação" na zona euro.

"O custo dos TLTRO é muito baixo, a maturidade é de quatro anos e há a garantia de que o dinheiro não será gasto nos soberanos e em sectores que estão numa situação de bolha", referiu Draghi na conferência de imprensa.

A instituição de Frankfurt diz que a dívida será comprada à taxa de juro de referência em vigor (emprestará a 0,15%, se a taxa se mantiver no nível hoje anunciado) à qual acrescerá um spread de 0,1%. Cada TLTRO terá dois anos de maturidade.

A partir dessa altura, os bancos têm de amortizar o empréstimo contraído junto do BCE. "As contrapartes [bancos] que não cumprirem certas condições relativas ao volume dos empréstimos líquidos à economia real terão de pagar de volta os empréstimos [contraídos junto do BCE] em Setembro de 2016."

Os empréstimos líquidos dos bancos são os novos empréstimos que concederem subtraídos das amortizações entretanto realizadas pelos seus clientes.

Quanto aos instrumentos convencionais de política monetária, o italiano prometeu que "as taxas de juro vão subir quando a retoma regressar". Hoje, o BCE baixou a taxa de referência de 0,25% para 0,15%, novo mínimo de sempre. Será este o custo semanal sempre que os bancos se dirigirem ao BCE para pedir dinheiro emprestado nas maturidades de curto prazo.

E mais duas fontes de euros baratos: SMP e ABS

Além dos novos TLRO, o BCE avançou hoje com duas medidas especiais importantes: Draghi disse que estão "intensificar os trabalhos preparatórios" para lançar um programa de compra de dívida titularizada (empréstimos a empresas e a famílias), os chamados ABS ou Asset Backed Securities.

Além disso, a autoridade monetária anunciou que vai terminar a esterilização semanal (absorção de dinheiro emprestado) ao abrigo do Securities Markets Programme ou SMP.

Este foi o programa lançado em outubro de 2010, usado até fevereiro de 2012 e descontinuado em setembro desse ano que serviu para ajudar os governos a venderem dívida pública aos bancos.

BCE reduz crescimento da zona euro para 1% este ano

A economia da zona euro deverá crescer este ano menos do que o previsto em março: em vez de 1,2% a expansão chegará só a 1%, indicou também Mario Draghi.

Já em relação ao próximo ano, o cenário está um pouco melhor: em vez de 1,5%, os economistas do BCE esperam 1,7% de expansão em 2015.

 

fonte:http://www.dinheirovivo.pt/e

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05
Nov 12

BCE: empréstimos à banca nacional voltam a aumentar

O financiamento dos bancos portugueses junto do Banco Central Europeu (BCE) voltou a aumentar em outubro, atingindo no final deste mês 56,1 mil milhões de euros, mais 500 milhões de euros que o valor registado em setembro.

Já em setembro a tendência, segundo dados do Banco de Portugal, foi de uma subida face a agosto, com o financiamento da banca nacional junto da autoridade monetária da zona euro a aumentar em 708 milhões de euros, escreve a Lusa.

A tendência de subida nos dois últimos meses contraria o movimento registado em agosto, altura em que os empréstimos atingiram 54,9 mil milhões de euros, diminuindo quase dois mil milhões face a julho e mais de cinco mil milhões face a junho, quando atingiram um máximo histórico de 60,5 mil milhões de euros.

O valor registado no final de outubro (56.091 milhões de euros) ficaram mais de 10 mil milhões acima dos empréstimos pedidos no mês homólogo (45.540 milhões de euros).

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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09
Jul 12

Bancos devem mais de 60 mil milhões ao BCE

Os bancos portugueses já devem mais de 60 mil milhões de euros ao Banco Central Europeu, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo Banco de Portugal.

 

Os bancos residentes em Portugal deviam no final de Junho 60.502 milhões de euros ao BCE, batendo um máximo histórico de há dois meses.

No passado mês de Março, os bancos portugueses já haviam chegado a um novo máximo histórico, atingindo os 56 mil milhões de euros, e em Maio o montante em dívida atingiu mesmo os 58.704 milhões de euros.

Este aumento deve-se, em especial, ao acesso dos bancos portugueses às operações de refinanciamento com prazo alargado, sendo que foi precisamente no mês de Março que o BCE realizou um segundo leilão para fornecer empréstimos aos bancos europeus com uma maturidade a três anos, onde acabou por ceder 529,5 mil milhões de euros.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/


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17
Mai 12

BCP e BPI já podem recorrer aos 12 mil milhões da troika

O BCP, o BPI e o Banif já podem ir buscar o capital público de que necessitam para reforçar rácios aos 12 mil milhões de euros da troika, depois de esta quinta-feira ter sido publicada a portaria que regulamenta as condições para o fazerem.

A portaria publicada em Diário da República com as condições para a entrada e saída do Estado das instituições de crédito permite que, a partir de sexta-feira, os bancos possam recorrer à linha de recapitalização de 12 mil milhões de euros, que tanto o BPI como o BCP e o Banif já admitiram usar.

No caso do BCP, o banco precisa de cerca de 2.500 milhões de euros para atingir um rácio de capital core tier 1 (a medida mais eficaz de avaliar a solvabilidade de um banco) de 9% até final de junho, de acordo com as exigências da Autoridade Bancária Europeia (EBA em inglês) que incluem a avaliação a preços de mercado da exposição à dívida soberana e ao setor público.

No caso do BPI, para atingir o mesmo rácio, as necessidades de capital estimadas pelo próprio banco estão entre 1.000 e 1.400 milhões de euros.

Valores que, em ambos os casos, ainda podem sofrer ajustes já que têm em conta a carteira dos bancos de setembro de 2011 e há dívida que entretanto venceu, assim como se vai reduzir a exposição destes ao setor público, com o Estado a usar parte do dinheiro da transferência dos fundos de pensões para comprar créditos dos bancos ao setor público, como lembrou Fernando Ulrich, presidente do BPI, na apresentação de resultados do banco do primeiro trimestre.

Estas necessidades de capital deverão ser colmatadas através do recurso por estes bancos à linha de recapitalização, mas também poderá haver aumento de capital através de acionistas privados.

Um analista do setor contactado pela Lusa estimou que o BCP vá buscar 1.500 milhões de euros ao Estado, fazendo para o restante um aumento de capital, em que os angolanos da Sonangol podem aproveitar a oportunidade para reforçar a sua participação (de cerca de 11%).

Já o BPI, que publicamente dá pouca informação sobre o assunto, vai ao Estado para se recapitalizar, podendo também levar a cabo um aumento de capital de acionistas privados, depois de alterações recentes na estrutura acionista em que o espanhol La Caixa passou a deter 39,54% do seu capital social e a holding Santoro, de Isabel dos Santos, filha do presidente de Angola Eduardo dos Santos, quase 20%.

Os bancos podem recorrer à ajuda pública tanto através da subscrição de ações pelo Estado como de instrumentos híbridos (obrigações de capital contigente ou «coco bonds»), um título de dívida que se converte imediatamente numa ação a partir do momento em que o banco intervencionado não cumprir determinadas condições.

Os bancos deverão querer cumprir as necessidades de capital de que precisem recorrendo ao Estado através das «coco», já que o Estado não se torna seu acionista e evita a diluição das posições dos atuais acionistas dos bancos. No entanto, de acordo com a portaria hoje publicada, este instrumento obriga ao pagamento de uma remuneração que deve situar-se entre os 7 e os 9,3 por cento ao Estado, que será posteriormente determinada através de despacho do ministro das Finanças, sob proposta do Banco de Portugal.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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22
Abr 12

BCE tranquilo com bancos portugueses

Vítor Constâncio está tranquilo com a situação dos bancos portugueses. O vice-presidente do Banco Central Europeu considera que eles «resistiram bem» aos abalos recentes e não são motivo de preocupação para o regulador bancário europeu. E Portugal melhorará o acesso aos mercados se cumprir o programa de ajuda externa. 

«Os bancos portugueses resistiram bem à situação de crise, que também resultou da pressão sobre o soberano e a dívida soberana», disse à Lusa, em Washington, à margem das reuniões de primavera do FMI.

A recente auditoria internacional às carteiras dos bancos portugueses e respetivas valorizações «não deu resultados negativos visíveis». Veio, aliás, mostrar que «tiveram a gestão adequada do risco de crédito neste período», que foi de turbulência nos mercados financeiros.

«Isto foi muito importante porque revelou o cumprimento das regras em vigor e que a supervisão que foi feita nos últimos anos garantiu que as valorizações dos créditos estavam corretamente feitas nos balanços dos bancos».

O ex-governador do Banco de Portugal entende que, apesar dos «desafios que resultam da situação geral da economia do país», que está em recessão profunda, «não existem neste momento preocupações com bancos portugueses como existem com outros países».

Para Constâncio, as instituições bancárias portuguesas estão também bem preparadas para o chamado «exercício de recapitalização» europeu, a que estão obrigados até junho deste ano.

«Penso que está tudo previsto para que os bancos verdadeiramente cumpram esse objetivo, que é exigente, mas que coloca os bancos numa posição de melhor capitalização e portanto mais seguros para o futuro».

 

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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28
Fev 12

BCE socorre bancos com 123 mil milhões de euros

O Banco Central Europeu injectou esta terça-feira 133,89 mil milhões de euros a um dia, numa operação extraordinária, para que não falte liquidez aos bancos da Zona Euro.

O BCE emprestou aquele montante a 71 bancos, à taxa de juro fixa de 1,00 por cento, numa operação que vencerá na terça-feira, refere, num comunicado citado pela Lusa, o banco emissor europeu.

Este empréstimo extraordinário exige assim que aqueles bancos devolvam o dinheiro a 1 de março.

Note-se que o Banco Central vai emprestar na quarta-feira aos bancos da Zona Euro toda a liquidez de que precisarem, num prazo de três anos e em condições «muito favoráveis», já que a taxa de referência para a área do euro está atualmente em 1,00 por cento. 

A instituição liderada por Mario Draghi deixou hoje de aceitar dívida grega como colateral, na sequência do corte de rating para incumprimento seletivo decidido pela S&P.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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22
Fev 12

Financiamento do BCE à banca pode acabar este mês

O financiamento de longo prazo que o Banco Central Europeu (BCE) disponibilizou à banca europeia, pode estar prestes a esgotar-se. O Deutsche Bank acredita que a segunda ronda de empréstimos a três anos, marcada para o fim deste mês, pode ser a última do programa.

A verificar-se a previsão do economista chefe do banco alemão, Thomas Mayer, este «corte» abrupto de financiamento aos bancos pode apanhar o mercado de surpresa, já que existe a convicção de que o programa continuaria pelo resto do ano.

«Prevemos que os membros do conselho do BCE que têm uma linha mais dura, provenientes sobretudo de países com rating de triplo A, se oponham à continuação destas generosas LTRO, advogando que essas operações reduzirão a pressão sobre os governos e os bancos para que façam os ajustamentos necessários», diz o responsável, citado pela Bloomberg.

Por isso, o Deutsche Bank prevê o fim das operações, a menos que «a crise do euro se agrave significativamente».

Nestas operações, o BCE empresta aos bancos europeus o montante pedido (ilimitado) desde que os bancos apresentem garantias suficientes e elegíveis para o efeito. Tem sido através deste mecanismo que os bancos dos países financeiramente mais vulneráveis, com maiores dificuldades de acesso ao mercado interbancário, se têm financiado.

Na primeira ronda do programa, realizada em Dezembro, o BCE emprestou-lhes 489 mil milhões de euros.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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