17
Fev 14

Mais de 4.000 trabalhadores deixaram principais bancos

BCP, BPI e Caixa lideraram as saídas entre 2011 e 2013, de acordo com dados divulgados pelas instituições.

Mais de quatro mil trabalhadores saíram dos principais bancos nos últimos três anos, período em que o sector acumulou prejuízos. Desses quatro mil, 1.200 saíram em 2013, segundo contas feitas pela Lusa a partir da informação divulgada pelas instituições.

O maior número de saídas entre 2011 e 2013 aconteceu no BCP (menos 1562 postos de trabalho em Portugal, mais de mil dos quais em 2012). O acordo feito com Bruxelas prevê que o banco reduza ainda mais de 1.000 trabalhadores até 2017, atingindo então 7.500 colaboradores, número que pode ser menor, em função dos cortes salariais em negociação com os sindicatos.

No mesmo período, o BPI registou 1.182 saídas, fechando 2013 com 6.274 funcionários. O banco terá de reduzir mais 274 até final de 2015 para cumprir o mesmo acordo com Bruxelas, que prevê 6.000 colaboradores em Portugal. 

A maior parte das saídas na Caixa Geral de Depósitos aconteceu no ano passado - 500 trabalhadores - levando a 893 saídas em três anos e a 9.892 funcionários no final do ano passado.

Santander Totta e BES registaram em conjunto quase 500 saídas no triénio, ficando respectivamente com 7.371 trabalhadores e 5.453 funcionários em 2013. A estes há que juntar mais 1000 colaboradores que saíram do Banif e do Barclays (400 neste caso, que está a reestruturar a sua operação em Portugal).

Saídas em período de prejuízos históricos

A saída de milhares de trabalhadores da banca, que acompanha também o fecho de centenas de balcões, acontece em três anos muito negativos, durante os quais foram registados prejuízos históricos.

Em 2011, apenas o Santander Totta teve lucros, com os restantes quatro maiores bancos a operarem em Portugal a registarem prejuízos acumulados de 1.587 milhões de euros. Já em 2012, além do Totta, também o BES e o BPI tiveram resultados positivos, mas insuficientes para evitarem que o setor fechasse no 'vermelho' perante os prejuízos de 1.219 milhões de euros do BCP e as perdas de 395 milhões de euros da Caixa.

Por fim, em 2013, o BES regressou a resultados negativos (517,6 milhões de euros), juntando-se à CGD (575,8 milhões de euros) e ao BCP (740 milhões de euros). Já BPI e Santander Totta tiveram lucros, de 66,8 milhões de euros e 102 milhões de euros, respetivamente.

 

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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04
Set 12

Bancos despediram mais de 1200 pessoas

Os bancos portugueses reagiram à conjuntura económica adversa com a racionalização das suas redes de retalho, tendo sido encerrados 152 balcões e extintos 1.282 postos de trabalho em 2011, revelou esta terça-feira a Associação Portuguesa de Bancos (APB).


Após vários anos de expansão, a rede de agências bancárias no país registou um decréscimo de 152 balcões, fechando o ano passado com um total de 6.080 agências, de acordo com o Boletim Informativo da APB relativo a 2011.

Já o número de colaboradores desceu 2,2 por cento no mesmo período para um total de 57.130 funcionários, o que representa uma perda de 1.282 postos de trabalho face a 2010.

"Esta evolução deveu-se essencialmente à aplicação de políticas de redução de custos", explicou a APB.

Dada a contracção da actividade bancária, apenas houve a substituição de menos de 50 por cento dos 2.742 colaboradores que saíram em 2011. Isto significa que, por cada dois empregados que deixaram as instituições, apenas foi contratado um.

"A entrada em reforma foi a principal forma de saída destes empregados, representando 39,1 por cento dos casos, mas quase 85 por cento foram reformas antecipadas", revelou a entidade liderada por Faria de Oliveira.

"Também o término de contratos a prazo pesou no total das saídas de colabores, atingindo os 28,6 por cento, enquanto as saídas por iniciativa voluntária do trabalhador e por mútuo acordo foram responsáveis por 21,2 por cento. As saídas por despedimento representaram apenas 3,2 por cento do total", acrescentou a APB.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/n


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07
Ago 12

Mais de 200 famílias por dia deixam de pagar à banca

Este ano mais de 37 mil famílias deixaram de pagar créditos à banca, com o incumprimento a superar a totalidade do valor registado em 2011.

Este ano está a ser avassalador para muitas famílias portuguesas que recorreram ao crédito. Na primeira metade de 2012, 37.637 famílias deixaram de cumprir com o pagamento dos empréstimos que contrataram junto da banca. Os novos casos de incumprimento identificados apenas na metade do primeiro semestre já ultrapassam o total de 34.633 agregados que deixaram de pagar as prestações em todo o ano passado. Em média, este valor equivale a 206 famílias a entrar em incumprimento por dia ao longo da primeira metade do ano.

No total, são já cerca de 708.500 as famílias com prestações vencidas. Na prática, isto significa que no final de Junho, 15,6% do total de devedores já se encontravam numa situação de incumprimento, como é possível de concluir a partir da análise dos dados da Central de Responsabilidades de Crédito do Banco de Portugal.

Apesar do elevado número de portugueses que já entraram em situação de incumprimento desde o início do ano, no segundo trimestre o número de novos casos sofreu uma redução considerável face ao trimestre anterior. Entre Abril e Maio de 2012, o total de novas famílias a deixar de pagar os empréstimos foi de 10.093, o que compara com o recorde histórico de 27.822 verificado nos três meses anteriores. Natália Nunes, responsável pelo gabinete de apoio ao sobreendividado da Deco, mostra-se surpreendida com essa redução no número de novos casos ao longo do segundo trimestre. "Na Deco, aquilo que nós continuamos a ver é o número de famílias a pedir ajuda a aumentar. Por exemplo, em Julho, 74% das situações que nos chegaram já se encontravam em incumprimento", explica a responsável. Mas, Natália Nunes não acredita que o número de novas famílias a deixar de pagar os créditos continue a baixar. "Tendo em conta as previsões que apontam para a subida do desemprego ou mesmo o novo código de trabalho, tudo isto me leva a crer que o número de famílias com dificuldades continue a aumentar nos próximos tempos", reforça Natália Nunes.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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02
Ago 12

Bancos privados cortam 6500 milhões de euros de crédito à economia

Os grandes bancos privados prosseguiram, no primeiro semestre, o esforço de desalavancar a actividade, tentando alcançar um maior equilíbrio de balanço entre o crédito concedido e os depósitos captados. No total, BCP, BPI, BES e Santander Totta cortaram o crédito à economia em 6511 milhões de euros.

A carteira total de crédito bruto dos quatros maiores bancos privados diminuiu de cerca de 185,3 mil milhões de euros para 178,8 mil milhões, um corte de 4% de Janeiro a Junho, face ao mesmo período do ano anterior.

As empresas foram mais afectadas pelo fecho da torneira do que os particulares. Enquanto o financiamento às pequenas e grandes empresas sofreu uma redução de 3927 milhões de euros (menos 4%), nas famílias assistiu-se a um decréscimo de 2287 milhões (menos 3%). Os bancos atribuem esta redução à quebra na procura, mais do que às restrições na oferta. A deterioração das perspectivas económicas, o encerramento de muitas empresas, o aumento do desemprego e a diminuição do rendimento disponível dos particulares travam a procura.

Em simultâneo, as quatro instituições viram os depósitos aumentar em 6274 milhões de euros para 124,3 mil milhões de euros. A desalavancagem alcançada no decorrer do primeiro semestre permitiu uma redução do rácio de crédito sobre depósitos de 146% em Junho de 2011 para 132% no final do primeiro semestre deste ano. Isto significa que, em termos médios, por cada 100 euros de depósitos captados, os maiores bancos privados estão a conceder 132 euros de crédito.

O retrato de Janeiro a Junho mostra que o crédito continuou em retracção, mas a captação de depósitos registou um ligeiro abrandamento – isto porque os bancos sofreram, sobretudo no segundo trimestre do ano, a concorrência agressiva do lançamento de obrigações de grandes empresas do PSI 20 destinadas a particulares, com taxas de juro entre seis e 7% brutos, o que compara com uma remuneração média de 3,15% nos depósitos.

O Memorando de entendimento prevê que este rácio atinja 120% até ao final de 2014, uma meta que, ainda assim, deverá ser atingida mais cedo do que o previsto. No final do primeiro semestre, o BPI apresentava um rácio de transformação de 107%, cumprindo já o limite indicativo fixado pela troika. No Santander Totta, o rácio fixou-se em 136,8%, e no BCP em 138%. O BES, com um rácio de 147%, é a instituição que está mais longe de alcançar a meta.

Chegar a 120% “constitui um objectivo ambicioso que tem obrigado o sector financeiro à reformulação de ofertas de captação de recursos e ao aprofundamento da selectividade do crédito concedido”, referiu Ricardo Salgado na apresentação das contas semestrais.

Por um lado, os depósitos bancários “eliminaram” a concorrência dos produtos de dívida do Estado, uma vez que os certificados de aforro e do tesouro nunca pagaram tão pouco. Por outro, só este ano, já seis empresas avançaram com a emissão de obrigações destinadas ao retalho: EDP, Semapa, Zon, Brisa, Sonae e Portugal Telecom. No total, estas empresas colocaram junto das famílias portuguesas 1,77 mil milhões de euros. Entretanto, a REN também já anunciou que a empresa está a ponderar vender obrigações no retalho.

O presidente do BES foi um dos banqueiros a salientar o desvio de poupanças dos depósitos para estas emissões obrigacionistas. “Observa-se uma nova tendência dos aforradores para produtos de poupança de maior retorno do que os depósitos, os quais são objecto de spreads máximos fixados pelo Banco de Portugal. Verifica-se, em particular, uma acentuada procura de obrigações emitidas por empresas nacionais, o que revela maior confiança na economia nacional”, afirmou Ricardo Salgado.

fonte:http://www.ionline.pt/d

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25
Jul 12

Portugueses passam quase 473 mil cheques careca num ano

Os portugueses passaram 472.726 cheques sem provisão em 2011, de acordo com os dados divulgados esta quarta-feira pelo Banco de Portugal (BdP). 

Um valor que, mesmo assim, representa uma queda face aos 490.123 cheques careca registados em 2010.

Os cheques sem provisão continuam a representar a grande fatia dos cheques devolvidos: 74,3 por cento. Seguem-se os cheques revogados - foram passados 38.129 em 2001, menos 7,8 mil face ao ano anterior - e os cheques fora de prazo - totalizaram 28.821, cerca de menos 8,7 mil do que em 2010.

No total, foram devolvidos 636.301, onde se contabiliza também os cheques devolvidos a pedido do banco, por conta bloqueada ou por motivo inválido, representando, mesmo assim, uma queda de 40 mil cheques face a 2010.

No cômputo geral, os cheques devolvidos representam 0,80% do total de cheques emitidos no ano passado, indica o relatório do BdP.

Cheque: instrumento cada vez menos utilizado

A verdade é que os cheques são um método de pagamento cada vez menos utilizado pelos portugueses: foram passados menos 16,7 por cento em 2011, face a 2010, num total de 79,7 milhões de papéis. 

No entanto, o seu valor continua a ter um peso significativo entre os instrumentos de pagamento: de um total de 343,8 mil milhões de euros transacionados através de suporte eletrónico ou de papel, 106,7 mil milhões foram utilizados pelo modo de cheque. Mesmo assim, este valor representa uma queda de 0,8% face a 2010.

Em termos de valor transacionados, o cheque é apenas superado pelas transferências a crédito, que movimentaram 130,3 mil milhões de euros em 2011, mais 9,3 por cento.

Do lado oposto, nota para o recurso ao multibanco feito quase 1,7 mil milhões de vezes, mas apenas a movimentar 88,5 mil milhões de euros. 

Já em débitos diretos foram transacionados 16,9 mil milhões de euros em 2011.

O relatório do Banco de Portugal traduz ainda um forte aumento dos cartões de crédito em Portugal no ano passado.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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10
Jun 12

Banco de Portugal quer pôr bancos a emprestarem dinheiro entre si este ano

O Banco de Portugal quer pôr os bancos a operar em Portugal a emprestarem dinheiro entre si ainda no segundo semestre deste ano, disse fonte oficial do supervisor bancário.

Perante os constrangimentos sentidos nas instituições da zona euro para emprestarem liquidez entre si, o governador do Banco de Portugal (BdP) , Carlos Costa, disse em abril que a instituição que lidera está a trabalhar para repor o Mercado Monetário Interbancário doméstico, depois de mais de três anos em que esteve suspenso.

A instituição espera que este mecanismo fique operacional até final do ano: "O Banco de Portugal já iniciou os necessários trabalhos técnicos e prevê disponibilizar uma plataforma de registo e processamento de operações de mercado monetário no decurso do segundo semestre de 2012", disse à Lusa fonte oficial da instituição.

Num primeiro momento, iniciam-se as operações de mercado sem garantia, ficando para mais tarde a realização de operações interbancárias com garantia de títulos.

Para que as transações de troca de fundos entre os bancos se possam efetivar, o Banco de Portugal está atualmente a preparar uma plataforma de registo e processamento de operações. As operações serão de curto prazo, até um ano.

O Banco de Portugal já apresentou o projeto de revitalização do mercado monetário interbancário aos bancos, que"saudaram, em termos gerais, as iniciativas promovidas", adiantou à Lusa a entidade liderada por Carlos Costa.

As instituições consideraram "as propostas apresentadas como meritórias", afirmando que podem ser um "projeto potenciador de uma maior eficiência e confiança no mercado", acrescentou.

O Mercado Monetário Interbancário (MMI) do Sistema de Transferências Eletrónicas de Mercado (SITEME) do Banco de Portugal - o nome oficial desde mecanismo - foi descontinuado em janeiro de 2009 face às poucas operações realizadas, num momento em que as transações de liquidez eram sobretudo efetuadas a nível europeu.

No entanto, com a crise das dívidas soberanas e a intensificação da crise financeira a criar aversão ao risco, o Banco de Portugal afirma que cresceu a "preferência pela realização de operações de mercado monetário a nível doméstico", pelo que vai avançar com a plataforma nacional com vista a melhorar as transações de liquidez entre o sistema bancário português.

"Sendo o mercado monetário interbancário uma peça fundamental no mecanismo de transmissão das decisões de política monetária à economia real, o seu funcionamento eficiente deve ser fomentado", afirma.

A reanimação do Mercado Monetário Interbancário acontece num momento em que os bancos de debatem com a falta de liquidez e com a urgência em reforçarem os rácios de solvabilidade para cumprirem as metas dos reguladores.

Entre as principais instituições, BPI e BCP já anunciaram que vão recorrer à linha de recapitalização pública para a banca até 4,5 mil milhões de euros para aumentarem os capitais próprios. O Banif também deverá recorrer ao fundo de recapitalização, mas apenas após o Verão, enquanto a Caixa Geral de Depósitos vai precisar de 1.650 milhões de euros, recorrendo para tal ao único acionista, o Estado.

Os maiores bancos a operar em Portugal têm de apresentar até final de junho um rácio 'core tier 1' (a medida mais eficaz de avaliar a solvabilidade de um banco) de 9 por cento, de acordo com a Autoridade Bancária Europeia. Até final do ano, esse valor terá de ser de 10%, mas de acordo com as regras menos exigentes do Banco de Portugal.

A reanimação do Mercado Monetário Interbancário será temporária, até que a transação de liquidez entre bancos a nível europeu esteja normalizada, sendo depois descontinuado, tal como aconteceu em 2009.

fonte:http://www.jn.pt/

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29
Mai 12

Banco de Portugal avisa: malparado vai subir ainda mais

O Banco de Portugal (BdP) acredita que o malparado, que está já em níveis historicamente elevados em Portugal, vai crescer ainda mais este ano, por causa da crise.

«O quadro recessivo que marcou o ano de 2011 e o início do ano corrente traduziu-se numa considerável deterioração da situação financeira do setor privado não financeiro e na consequente materialização do risco de crédito. A evolução da situação financeira dos particulares foi marcada pela redução do seu rendimento disponível, associada à quebra das remunerações e das prestações sociais e ao agravamento da carga fiscal, e pela redução ligeira da taxa de poupança», refere o banco central, no Relatório de Estabilidade Financeira (REF), divulgado esta terça-feira.

«No caso das sociedades não financeiras, destaca-se a redução da poupança e a queda das necessidades de financiamento para investimento num contexto de forte deterioração da atividade económica», escreve o supervisor. E explica que, «em resultado deste agravamento, o rácio de incumprimento e o fluxo anual de novos empréstimos em incumprimento atingiram o valor mais elevado desde o início da área do euro, sendo de esperar que esta situação se intensifique ao longo de 2012».

Bancos têm de aumentar dotação de imparidade

Enquanto o rácio de incumprimento nos empréstimos a particulares para aquisição de habitação tem vindo a crescer de forma relativamente gradual, o incumprimento nos empréstimos a particulares para consumo e outros fins e nos empréstimos a sociedades não financeiras tem registado fortes aumentos. 

Relativamente às sociedades não financeiras, a deterioração dos indicadores de qualidade de crédito foi transversal a todos os setores de atividade, sendo no entanto particularmente acentuada nos setores da construção, das atividades imobiliárias, no comércio por grosso e a retalho, e na reparação de veículos automóveis e motociclos.

Este aumento foi também generalizado por dimensão da empresa e da exposição, continuando o incumprimento a ser mais frequente e significativo nos empréstimos com montantes mais reduzidos e nas empresas de menor dimensão.

«O processo de ajustamento em curso na economia portuguesa deverá continuar a implicar um abrandamento da atividade económica ao longo de 2012 e o consequente aumento do desemprego e do número de empresas em processo de falência e insolvência. É assim de esperar que se continue a assistir a uma maior materialização do risco de crédito, o que sugere a necessidade de os bancos continuarem a aumentar a dotação de imparidade para perdas na carteira de crédito», salienta.

Mais depósitos

«O significativo aumento dos recursos de clientes sob a forma de depósitos tem permitido melhorar a posição estrutural de liquidez do sistema bancário português, em especial das instituições domésticas, num contexto de virtual ausência de acesso aos mercados internacionais de dívida por grosso».

Este crescimento dos depósitos demonstra a confiança dos depositantes no sistema bancário português, dando alguma folga aos bancos, que estão mais dependentes do que nunca do financiamento concedido a título excecional pelo Banco Central Europeu (BCE), já que o mercado interbancário está fechado há praticamente dois anos.

O aumento dos depósitos, a par da menor concessão de crédito, permite que a banca portuguesa se aproxime mais rapidamente das metas de desalavancagem impostas pela troika.

No mesmo documento, o Banco de Portugal revela temer afuga de capitais estrangeiros dos bancos portugueses.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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18
Mai 12

O preço a pagar pela banca pelo recurso aos cofres do Estado

Medidas como o corte de 50% nos salários das administrações ou o pagamento de 8% pelo financiamento via ‘Cocos’ vão mesmo avançar.

Mais de quatro meses depois de ser saído a nova legislação para a recapitalização da banca pelo Estado, saiu finalmente ontem em Diário da República a portaria que define os detalhes do acesso ao dinheiro público. As condições finais preparadas pelo Governo eram já conhecidas informalmente pelo sector. No entanto, a publicação da portaria n.º 150-A/2012 era indispensável e vai permitir aos bancos avançar formalmente com os seus planos de capitalização. Medidas como o corte de 50% nos salários dos banqueiros ou o pagamento de uma taxa média anual de 8% pelo financiamento estatal via ‘Cocos' vão mesmo avançar, apesar do descontentamento do sector.

1 - Para que vai servir o recurso dos bancos ao dinheiro do Estado?
Quando necessária, a ajuda do Estado na recapitalização dos bancos destina-se a permitir que os bancos cumpram as metas da ‘troika', no âmbito da ajuda externa concedida a Portugal. Até final do ano os oito maiores bancos terão de atingir um rácio de fundos próprios de base (‘core tier 1') de 10%. E serve também para que algumas das instituições consigam, até Junho, atingir um ‘core tier 1' de 9% com uma almofada de capital para risco soberano, em função da exposição que cada um tem a dívida pública europeia.

2 - Quem pode recorrer ao pacote de capitalização?
As instituições de crédito que tenham sede em Portugal, incluindo, com as devidas adaptações, as instituições de crédito não constituídas sob a forma de sociedade anónima.

3 - De que forma pode o estado ajudar à recapitalização dos bancos?
O apoio estatal à recapitalização dos bancos pode ser feita por duas vias principais: entrada directa no capital do banco ou subscrição de outros instrumentos financeiros. No segundo caso, e para que conte para ‘core tier 1' o banco pode emitir títulos de capital contingente (Cocos), a subscrever pelo Estado.

4 - Que bancos irão recorrer ao pacote?
Se nenhuma surpresa surgir, são três os bancos que vão utilizar o pacote estatal dos 12 mil milhões de euros: BCP, BPI e Banif. A CGD também necessita de apoio mas, como a ‘troika' não permite o acesso a este programa, o seu accionista, o Estado, terá de injectar os fundos necessários sem recorrer aos 12 mil milhões. Nos quatro casos, seja via pacote de recapitalização ou não, o mais provável é que a injecção do Estado seja um misto das duas vias: entrada directa no capital e subscrição de Cocos.

5 - Que preço vão pagar os bancos pelo recurso ao dinheiro do estado se este for feito via cocos?
O reforço de fundos próprios via subscrição de Cocos implicará o pagamento ao Estado de uma remuneração "num intervalo entre os 7% e os 9,3%", o correspondente a um valor médio de cerca de 8%. A definição final do valor é feita por despacho das Finanças e terá em conta factores como a dimensão do apoio estatal ou as características dos próprios instrumentos. Esta taxa subirá 25 pontos base por ano, nos dois primeiros anos após o investimento público e 50 pontos base por ano, caso este apoio estatal se prolongue mais no tempo.

6 - E quanto custará aos bancos a entrada directa do estado no capital?
Se a subscrição ou aquisição de acções do banco pelo Estado for a via utilizada, este terá direito a um dividendo prioritário, correspondente, claro está, à participação accionista estatal detida. Significa isto que, desde que os resultados do banco gerem montantes a distribuir, o Estado terá sempre direito a dividendo, mesmo que o banco tenha decidido não remunerar os accionistas. Caso tenha sido essa a decisão do banco ou se a gestão entender remunerar menos de 30% dos montantes distribuíveis, "a remuneração da participação do Estado não pode ser inferior, em qualquer caso, àquela que lhe seria atribuída caso fosse deliberada a distribuição de 30% do total dos montantes distribuíveis gerados no exercício, na proporção da sua participação". Se a distribuição de dividendos ao Estado comprometer o cumprimento dos requisitos mínimos de capital, e só nesse caso, "o valor do dividendo é reduzido de modo a garantir o seu cumprimento".

7 - Como será calculado o preço de cada acção para efeitos da entrada directa do Estado no capital?
Se se tratarem de acções sem voto, a entrada do Estado no capital será feita com um desconto mínimo de 35% sobre o preço de mercado das acções. Sendo acções com voto, o desconto mínimo é de 25%. O desconto final, que depende "do risco assumido pelo Estado", é definido depois em despacho pelas Finanças.

8 - E se a instituição não for cotada?
Neste caso, "o valor de mercado das acções é determinado por dois peritos independentes a designar (...) através de uma apropriada metodologia de valorização".

9 - Que compromissos serão os bancos obrigados a fazer?
Para além, evidentemente, do cumprimento das condições financeiras impostas, o banco terá de se comprometer a contribuir para o financiamento da economia, "nomeadamente das famílias e das pequenas e médias empresas, sobretudo no âmbito dos sectores de bens e serviços transaccionáveis". A portaria não clarifica de que forma é que, em concreto, os bancos irão promover o cumprimento deste objectivo. Essa negociação é feita directamente depois com cada banco.

10 - Como será feita a saída do Estado dos bancos onde tenha tomado participações directas?
É impossível dizer à partida. A portaria apenas refere que, no momento da saída, o valor de venda pelo Estado das acções do banco auxiliado será determinado na altura pelas Finanças. Tal definição dependerá de factores como as "condições de mercado existentes no momento da venda", as orientações comunitárias ou "o prémio de risco aplicável".

11 - E como se dá o desinvestimento do Estado se o apoio tiver sido feito via cocos?
Os Cocos terão de ser pagos ao Estado no final do prazo do investimento público, em dinheiro ou, se tal não for possível, através da conversão da dívida em acções do banco.

12 - O que acontece se o banco falhar o pagamento dos juros dos cocos?
Caso o banco falhe o pagamento da remuneração acordada com o Estado, o investimento feito converte-se no volume de acções da instituição correspondente.

13 - E se no final do prazo da ajuda pública o banco não conseguir ressarcir o Estado?
Se, findo o prazo de cinco anos da ajuda estatal o banco não conseguir pagar, o Estado poderá converter as acções especiais em acções normais, passando a ter todos os poderes efectivos correspondentes à detenção de tal participação.

14 - Que penalizações vão sofrer os salários dos administradores dos bancos?
Um dos preços a pagar por recorrer aos 12 mil milhões de euros é o corte nos salários. Tal redução é independente da dimensão do apoio estatal e da forma como este se vai materializar. Assim, durante o período de intervenção do Estado, o salário dos órgãos sociais do banco auxiliado não pode exceder 50% da remuneração média auferida nos dois anos anteriores à ajuda estatal. Aplicado o corte, estes gestores não podem receber menos do que o que é pago na Caixa Geral de Depósitos.

15 - Os bancos contestam o facto de a portaria deixar muitos detalhes por definir. Que indefinições são essas?
São muitas. Para além de não ser clarificado como é que é suposto os bancos satisfazerem os objectivos de apoio à economia, são vários os pormenores que dependem de despacho posterior das Finanças. Assim acontece no caso da definição do desconto a aplicar em questões centrais como a entrada do Estado no capital e a determinação do preço a ter em conta aquando da saída do Estado do capital dos bancos.

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15
Mai 12

Corte nas taxas dos depósitos vai facilitar crédito no futuro

Agência de ‘rating’ norte-americana diz que decisão de Carlos Costa foi decisiva para diminuir risco do País.

A primeira decisão do regulador sobre os limites à remuneração dos depósitos entrou em vigor a 1 de Novembro de 2011. Meses depois, em Abril, um novo tecto foi imposto. O Banco Central tentava, desta forma, travar a escalada dos juros dos depósitos, enquanto as instituições financeiras nacionais abriam uma verdadeira guerra na luta por novos clientes para fazer face aos problemas de liquidez que têm enfrentado.

A decisão, considera a Fitch num relatório sobre Portugal, "foi necessária para limitar o risco de ‘credit crunch' no País". Segundo a mesma agência, esta opção do regulador deverá também aliviar os juros nos créditos concedidos, o que poderá vir a reflectir-se nas concessões dos próximos meses.

Segundo dados do banco de Portugal, há três meses consecutivos que as taxas médias dos empréstimos à habitação, por exemplo, não param de descer, tendo-se fixado nos 4,21% no final de Março. No entanto, não se pode excluir o facto de as taxas Euribor, às quais as taxas de juro estão indexadas, terem também estado em quebra acentuada.

Do lado dos depósitos, os mesmos dados do banco central mostram que no que se refere aos particulares, também as taxas têm estado com uma tendência de descida. No final de Março fixavam-se nos 3,74%.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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11
Mai 12

Banif vai fechar 40 balcões em dois anos - presidente executivo

O Banif vai encerrar 40 balcões da rede de atendimento em dois anos, o que implicará "algumas saídas de pessoal", disse à agência Lusa o presidente executivo do banco, acrescentando que "este movimento de saídas é perfeitamente marginal".

Jorge Tomé afirmou que a administração do banco está "a preparar o plano estratégico para candidatar [a instituição] às linhas de recapitalização do Estado".

"Prevemos algumas saídas de pessoal. No plano estratégico, está prevista a redução de 40 balcões, mas grande parte do pessoal vai ser reafeto à reestruturação da rede. Esse movimento de saída é perfeitamente marginal e não tem, de todo, um impacto significativo" nas contas do banco ou em termos de redução de pessoal, referiu.

fonte:http://www.destak.pt/

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