28
Mar 13

Há 16,4 milhões de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros

O número de depositantes em Portugal com menos de 100 mil euros ascende a 16,4 milhões, representando 98,8% dos aforradores, segundo o último relatório e contas do Fundo de Garantia de Depósitos (FGD), relativo a 2011.

O plano inicial de resgate financeiro a Chipre, que previa a aplicação de uma sobretaxa a todos os depósitos nos bancos cipriotas, quebrava a regra europeia de assegurar o reembolso dos saldos de cada depositante até ao limite de 100 mil euros, abrindo um precedente na zona euro que levou analistas a temerem pela confiança dos cidadãos no sistema financeiro.

Em Portugal, 1,2% dos depositantes não são abrangidos por este sistema de garantia, mas a soma destes depósitos representa 41,5% do montante total depositado.

Segundo o Diário Económico, a fatia de depositantes que fica de fora da garantia correspondia em 2011 a 197 mil depositantes, e cada um tinha em média 332,5 mil euros depositados.

Com montantes até aos dez mil euros havia 83,2% de depositantes; 9,6% tinham entre dez mil e 25 mil euros; 4,1% tinham depositado entre 25 mil e 50 mil euros, enquanto no patamar seguinte (entre os 50 mil e os 100 mil) estavam 1,9% dos depositantes.

fonte:http://www.publico.pt/

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15
Mai 12

Corte nas taxas dos depósitos vai facilitar crédito no futuro

Agência de ‘rating’ norte-americana diz que decisão de Carlos Costa foi decisiva para diminuir risco do País.

A primeira decisão do regulador sobre os limites à remuneração dos depósitos entrou em vigor a 1 de Novembro de 2011. Meses depois, em Abril, um novo tecto foi imposto. O Banco Central tentava, desta forma, travar a escalada dos juros dos depósitos, enquanto as instituições financeiras nacionais abriam uma verdadeira guerra na luta por novos clientes para fazer face aos problemas de liquidez que têm enfrentado.

A decisão, considera a Fitch num relatório sobre Portugal, "foi necessária para limitar o risco de ‘credit crunch' no País". Segundo a mesma agência, esta opção do regulador deverá também aliviar os juros nos créditos concedidos, o que poderá vir a reflectir-se nas concessões dos próximos meses.

Segundo dados do banco de Portugal, há três meses consecutivos que as taxas médias dos empréstimos à habitação, por exemplo, não param de descer, tendo-se fixado nos 4,21% no final de Março. No entanto, não se pode excluir o facto de as taxas Euribor, às quais as taxas de juro estão indexadas, terem também estado em quebra acentuada.

Do lado dos depósitos, os mesmos dados do banco central mostram que no que se refere aos particulares, também as taxas têm estado com uma tendência de descida. No final de Março fixavam-se nos 3,74%.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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13
Abr 12

Guerra dos depósitos: «Não há almoços grátis»

«A questão da guerra dos depósitos é simples: trata-se de um problema de liquidez», começou por dizer o governador do Banco de Portugal, no Parlamento, referindo-se às elevadas taxas de juro oferecidas pelos bancos e travadas, entretanto, pela instituição que lidera. «Como nós sabemos não há almoços grátis. Se pago de um lado, tenho de recuperar do outro e, se não recupero, agravo o meu risco».

Foi a pensar nisso, explicou Carlos Costa, que o Banco de Portugal estabeleceu um limite a partir do qual os juros pagos pelos bancos para os depósitos são penalizados. 

«O Banco de Portugal não proibiu que se pagassem taxas superiores. O que disse foi que quem corre o risco de assumir encargos tem que ter capital para o fazer, ou seja, tem de ter capital para estar perfeitamente à vontade para pagar 6% ou 7%», explicou o responsável, durante uma audição parlamentar, em resposta à pergunta do socialista Basílio Horta.

«O que eu não quero ver é uma instituição fragilizada porque se põe numa posição em que não consegue recuperar», acrescentou Carlos Costa, admitindo que o importante é evitar situações do passado, quando «tivemos exemplos de depósitos muito bem pagos que acabaram mal. Não podemos repetir essa experiência». 

Carlos Costa já tinha frisado, na sua declaração inicial, que os«depósitos são o maior ativo da economia»

Na mesma comissão, o governador disse também que osbancos estão a cumprir o acordo com a troika, sugerindo que comecem a emprestar uns aos outros. Quanto aos empréstimos junto do BCE, são quase todos a três anos.

Quanto ao acesso ao crédito, Carlos Costa admitiu que as dificuldades das empresas são evidentes, aconselhando que os bancos resgatados devem ficar limitados na hora de emprestar dinheiro.

Quanto ao desempenho do país em cumprir o acordo com a troika, o responsável disse que estamos «no bom caminho», mas avisa: «Portugal arrisca-se a entrar numa espiral recessiva».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/f

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14
Nov 11

Banca nacional continua a convencer depositantes

Apesar dos investidores estarem a castigar as acções dos bancos nacionais, a captação de depósitos continua a crescer.

Os investidores e os depositantes estão a encarar os bancos portugueses de forma diferente. Enquanto os preços dos activos dos bancos indicia baixas expectativas por parte dos mercados, as instituições financeiras nacionais conseguem continuar a atrair depósitos. Os bancos nacionais já perderam 65% de capitalização bolsista este ano. Apesar disto, um dos factores positivos da banca nacional é que consegue atrair depósitos, contrariamente aos bancos gregos, irlandeses e italianos.

As percepções diferentes por parte dos depositantes e dos investidores pode explicar-se pela diferença de objectivos. O administrador da Informação de Mercados Financeiros, Filipe Garcia, refere que "os objectivos são diferentes, os investidores procuram criação de valor, enquanto os depositantes preocupam-se com a solvabilidade do banco". Na perspectiva do economista, a iminente entrada do Estado no capital dos bancos retira aos investidores perspectivas de colherem os frutos da criação de valor por parte dos bancos. É este factor que tem pressionado as acções e não a desconfiança de que algum banco nacional possa falir. Já para os depositantes, basta confiar que os bancos são solventes", explica Filipe Garcia.

Mas o crescimento dos depósitos - que segundo dados do BCE subiram 6,30% entre Setembro de 2010 e Setembro de 2011 - tem um preço. "A confiança dos depositantes não é gratuita e vem com um custo elevado", explica o administrador da Dif Broker. Pedro Lino constata que "o aumento dos depósitos tem sido conseguido à custa da diminuição da rentabilidade dos bancos e ao pagamento de elevados juros, que originou uma acção por parte do Banco de Portugal: penalizar nos rácios de capital as instituições que oferecem maiores juros, pois podem ser conotadas como as que também oferecem maior risco".

Além de oferecerem remunerações mais atractivas, os bancos nacionais estão também a beneficiar da transferência de capital por parte dos aforradores de produtos como fundos de investimento e Certificados de Aforro.

Apesar da confiança dos depositantes nos bancos nacionais, algo que o governador do Banco de Portugal referiu recentemente que "é o melhor activo que se pode ter", os indicadores de risco de dívida e de avaliação de acções reflectem a nota negativa que os investidores dão aos bancos nacionais.

Os ‘Credit-Default Swaps' (CDS) dos bancos portugueses são dos mais caros da banca europeia. Os CDS são uma espécie de seguro que dá aos seus detentores o direito de receber o valor aplicado em dívida no caso de um evento de crédito.

À excepção da Caixa Geral de Depósitos, os CDS dos quatro maiores bancos nacionais negoceiam acima dos 1000 pontos. Quer isto dizer que os investidores pagam mais de um milhão de euros anuais para segurar uma posição de dez milhões de euros.

"Os CDS reflectem a forma como o risco dos bancos é percepcionado. Este risco envolve o tipo de accionistas, carteiras de crédito, activos detidos pelo bancos e o que o mercado de CDS nos está a dizer é quais são os bancos com maior risco, tendo em conta uma necessidade de recapitalização nos momentos de maior adversidade", explica Pedro Lino. Apesar de serem um instrumento de cobertura de risco, os CDS podem também ser utilizados para lucrar com a pior percepção sobre a dívida de determinada entidade.

Já segundo o rácio preço-lucros (PER), um dos mais populares indicadores de avaliação utilizados pelos investidores, os bancos portugueses são os mais baratos dos periféricos, à excepção do italiano Monte dei Paschi. Isto indicia que os investidores estão a subavaliar as acções dos bancos nacionais, que transaccionam com um PER actual entre 2,7 vezes (caso do BPI) e seis vezes (no caso do BES).

Além disso, também o rácio que compara a cotação com o valor contabilístico dos bancos está a valores historicamente baixos. E acções a negociar a menos de 20% do valor contabilísticos não é um exclusivo dos bancos dos países intervencionados. "O valor contabilístico deve descer substancialmente nos próximos trimestres", adianta Pedro Lino. Refere que os investidores estão a descontar efeitos como os défices nos fundos de pensões, o aumento do incumprimento e risco dos clientes e imparidades com activos financeiros. "Com a incerteza gerada quanto às dividas soberanas, creio que o desconto que o mercado está a dar é excessivo", avalia. E a perspectiva de que os mercados estão a castigar em demasia as acções dos bancos dos países periféricos está a ganhar adeptos entre os maiores bancos de investimento do mundo. Segundo o Jornal de Negócios, os analistas do UBS defenderam que caso a situação nos mercados se estabilize serão os bancos que mais estão a ser agora subavaliados pelo mercado os que mais poderão disparar.

Recorde-se que a banca portuguesa tem sido penalizada sobretudo pela crise da dívida soberana que afecta Portugal e pela descida do ‘rating' República.


Os bancos periféricos à lupa

Os mais castigados em bolsa
A crise de dívida soberana atirou as acções dos bancos para quedas históricas. Entre os bancos que estão nos índices de referência das bolsas periféricas, o grego Piraeus Bank é o que mais perde. As acções derrocam 87% desde o início do ano. Segue-se o BCP, que leva uma desvalorização de 81%. Ainda na casa das desvalorizações de 80% está outra entidade grega, o Eurobank. Os irlandeses Bank of Ireland e Allied Irish Banks cedem 77% e 73%, respectivamente. O único banco a escapar às perdas de dois dígitos é o espanhol Bankinter. As acções desta instituição financeira avançam mesmo 2,26% desde o início do ano. O banco conta aumentar este ano em 20% os lucros, apesar da crise financeira europeia e está a levar a cabo uma reestruturação de custos. Regressando aos bancos portugueses, o BPI perde 67% e as acções do BES desvalorizam 55% em 2011.

Bancos com os CDS mais elevados
Uma das formas de aferir o risco da dívida dos bancos é através da cotação dos ‘Credit-Default Swaps', que funcionam como um seguro caso exista um eventual incumprimento. Quanto mais alta a cotação, maior o risco percebido pelos investidores. Os bancos helénicos têm os CDS mais caros, com o Alpha Bank a cotar em 2.200 pontos. Quer isto dizer que os investidores pagam 2,2 milhões de euros para protegerem uma posição de dez milhões de euros em dívida daquele banco. Já em relação aos bancos portugueses os CDS do BCP estão a cotar nos 1.679 pontos, enquanto o BES e o BPI negoceiam em 1.074 e 1.063 pontos, respectivamente. Entre os bancos portugueses, a dívida da Caixa Geral de Depósitos é a mais barata de segurar, com os CDS a cotarem em 957 pontos. O banco com a dívida menos arriscada da Europa, segundo a cotação dos CDS, 
é o holandês Rabobank.

Os mais baratos
As quedas nas bolsas deixaram as acções dos bancos periféricos com rácios de avaliação deprimidos. Tendo em conta o rácio preço-lucros (PER), que compara a cotação actual com os resultados por acção, o banco mais barato é o italiano Monte dei Paschi. As acções negoceiam duas vezes acima dos lucros por acção. Os bancos nacionais também aparecem entre os mais baratos, segundo este rácio. O BPI tem um PER de 2,3 vezes, o BCP de 3,35 vezes e o BES de seis vezes, segundo dados da Bloomberg. Entre os bancos analisados, o italiano Banca Emilio Romagna é o que transacciona com um PER mais elevado: 21 vezes. Já outro indicador de avaliação, que compara o preço das acções em relação ao valor contabilístico mostra que todos os bancos dos países periféricos negoceiam abaixo do valor dado aos seus activos nos balanços, o que indicia os receios de que tenham de reavaliar os activos devido à crise de dívida soberana.

Os mais valiosos
A queda das acções levou os bancos a perderem milhares de milhões em capitalização bolsista. Entre os bancos cotados no PSI 20, apenas o BES resiste com uma capitalização bolsista acima de mil milhões de euros, valendo 1,5 mil milhões de euros. Segue-se o BCP, com um valor de mercado acima de 720 milhões de euros e o BPI (mais de 390 milhões de euros). No seu conjunto, a capitalização bolsista dos bancos nacionais, incluindo o Banif, situa-se em 5,1 mil milhões de euros. O valor é nove vezes inferior ao maior banco dos países periféricos em capitalização bolsista, o espanhol Santander que tem um ‘market cap' de 48 mil milhões de euros. Ainda assim, o banco espanhol já perdeu 18 mil milhões de euros de capitalização bolsista desde o início do ano. Na Grécia, o banco com maior valor de mercado é o National Bank of Greece vale 1,9 mil milhões de euros.

fonte:http://economico.sapo.pt/n

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31
Out 11

Depósitos: taxas de juro estão altas. Aproveite!

Hoje é o Dia Mundial da Poupança. Se tem algum dinheiro de parte, pode, por exemplo, depositá-lo num banco. As instituições bancárias estão a pagar taxas de juro mais altas, porque precisam de dinheiro e não conseguem financiar-se no mercado. Para os aforradores, é uma boa oportunidade.

A taxa de juro média nos depósitos a prazo a um ano chegou aos 4% em Agosto, um valor muito acima do registado há um ano e que tem vindo a subir mais intensamente nos primeiros seis meses do ano.

Se tem depósitos a prazo, o conselho da Deco é que tente negociar com o seu banco. Segundo a Associação de Defesa do Consumidor, uma boa negociação pode fazer com que alcance uma rentabilidade até sete vezes superior ao que inicialmente pensava.

A DECO fez um teste prático anónimo em 20 instituições bancárias da zona de Lisboa, que vem publicado na PROTESTE INVESTE. «Para um depósito de 25 mil euros pode conseguir uma rentabilidade sete vezes superior à de tabela. Ao fim de seis meses, são mais 334 euros no mealheiro», lê-se no estudo.

Os bancos mais abertos à negociação são, segundo a Deco, o Crédito Agrícola, o Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA), o BPI, o Banco Popular, o Banif, a CajaDuero, a Novacaixagalicia, o PrivatBank e o Santander Totta.

A equipa da PROTESTE INVESTE conseguiu uma taxa de quatro por cento brutos (3,1% líquidos) no Crédito Agrícola, «ou seja, sete vezes mais do que os 0,6% brutos inscritos no preçário». Nos restantes bancos, conseguiu aumentar o rendimento em 0,5% a 2% brutos.

O Deutsche Bank, o Millennium bcp, o Montepio e a Caixa Geral de Depósitos, por seu turno, «só aceitam discutir a taxa para montantes acima de 50 mil ou de 100 mil euros».

Outros, como o Barclays e o Banco Espírito Santo, «aproveitam a negociação para promover seguros de capitalização, obrigações e depósitos de taxa crescente, que nem sempre se adequam ao perfil do cliente».

Os novos valores não convenceram a PROTESTE. «Nenhuma supera a rentabilidade dos melhores super depósitos do Banco Best, do Banco Invest e do Finantia, que pagam 6% brutos a seis meses (4,7% líquidos)».

Normalmente, quanto maior é o prazo do depósito, maior a taxa de juro. Os bancos oferecem frequentemente depósitos a taxas crescentes, em que as elevadas taxas, a rondar 5% ou mais, apenas se verificam nos últimos anos da aplicação. É uma forma de manter a fidelidade do cliente, ou seja, de manter o dinheiro ali aplicado por vários anos.

Mas estas são oportunidades que podem não durar muito mais tempo, por isso, são de aproveitar. Por um lado, o Banco de Portugal tem alertado para os riscos que os bancos correm ao oferecerem taxas tão elevadas, tendo mesmo proposto a penalização, para efeitos de rácio de capital, dos bancos que oferecem taxas mais elevadas, o que pode levá-los a baixar a remuneração.

Por outro lado, a taxa de referência do Banco Central Europeu parou de subir (está em 1,5%) e provavelmente vai começar a descer em breve. As taxas oferecidas nos depósitos deveriam seguir a tendência e só não descem também porque os bancos precisam do dinheiro, à falta de financiamento no mercado. Mas quando o mercado reabrir, pode dizer adeus à generosidade bancária.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt

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20
Out 11

Famílias apostam em depósitos com prazos mais longos

Novos depósitos cresceram 60% em relação a 2010, com os clientes a procurarem as aplicações a prazo superiores a um ano.

Os bancos têm vindo a aumentar o número de depósitos com prazos mais longos, onde oferecem taxas crescentes que chegam a superar os 6%. E os clientes estão a responder, optando cada vez mais por aplicações superiores a 12 meses. 

As instituições financeiras intensificaram nos últimos meses os esforços para a captação de depósitos, encontrando nos clientes uma alternativa para financiarem a sua actividade, num momento em que os mercados de crédito estão praticamente fechados. E os portugueses continuam a dar primazia aos depósitos enquanto destino para as suas poupanças. 

As novas operações de depósitos por parte das famílias têm vindo a registar taxas de crescimento mais robustas, face a 2010. Segundo os últimos dados estatísticos doBanco de Portugal, em Agosto foram depositados 11.121 milhões de euros, o valor mensal mais elevado desde Janeiro de 2009. O elevado valor registado faz crer que os portugueses aproveitaram o subsídio de férias para reforçar as poupanças. 

Outra tendência que se tem verificado nos últimos meses é a diminuição do peso dos depósitos com prazos até um ano. Se em Janeiro representavam 86% das novas operações, agora ficam-se pelos 72,7%. Agosto é já o terceiro mês em que a percentagem rondou os 70%. 

Esta análise evidencia que os clientes estão a canalizar mais poupanças para as ofertas com prazos mais longos. Uma evolução que acompanha a estratégia comercial da banca, que tem apostado em "segurar" o dinheiro por mais tempo, nomeadamente através do lançamento de produtos com taxas crescentes, que chegam aos 6,5% no caso doBES. 

O relatório de supervisão comportamental do Banco de Portugal mostra que 32% dos depósitos lançados em 2010 tinham um prazo superior a um ano, contra 23% no ano anterior. 

Crédito em queda 

O esforço na captação de poupanças visa também cumprir as metas acordada com a troika, que obrigam a que os empréstimos não excedam em mais de 20% o total dos depósitos. Para o conseguir as instituições estão também a cortar na concessão de crédito. E Agosto voltou a ser disso um exemplo. Os bancos financiaram a economia em 4,25 mil milhões de euros naquele mês, menos 30,5% do que em Janeiro. O crédito às famílias caiu para metade e desceu 23% no caso das empresas. 

A tendência é para que este aperto no crédito se intensifique. O último inquérito do Banco de Portugal às instituições de crédito, revelado na sexta-feira, conclui que estas vão continuar a aumentar a restritividade no acesso ao financiamento exigindo, por exemplo, "spreads" mais elevados. 

Malparado em alta 

Os dados estatísticos do regulador revelam ainda um novo aumento do crédito malparado, para níveis recorde. Os bancos têm em carteira 10,99 mil milhões de euros, o que corresponde a 4,67% do total da carteira de empréstimos, apesar de esta não ter encolhido. 

O incumprimento é maior nas empresas (5,57%) do que nas famílias (3,21%), continuando a ser reduzido nocrédito à habitação (1,81%). Ainda assim, segundo a APEMIP, entre Janeiro e Julho as famílias entregaram 3.900 imóveis à banca por incapacidade de pagamento, mais 1,9% que em 2010.
fonte:http://www.jornaldenegocios.pt/h
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09
Out 11

Contas de depósito e crédito a consumidores lideram reclamações

Depósitos aumentam peso face a 2010. Síntese de supervisão revela ainda que Banco de Portugal emitiu 618 recomendações e instaurou 16 processos.

A totalidade dos 19 depósitos duais e indexados submetidos à verificação do Banco de Portugal (BdP) durante o primeiro semestre deste ano foram objecto de alterações exigidas pelo supervisor, "para corrigir, clarificar ou complementar a informação" disponibilizada. Ou seja, nenhum estava, à partida, de acordo com as exigências da lei.

Este dado, que consta da Síntese intercalar das actividades de supervisão comportamental do BdP, revela uma exigência cada vez maior no sentido da protecção do cliente bancário, em produtos mais complexos mas não só.

Os depósitos foram um dos principais focos de atenção e fiscalização do banco central, com as contas depósito a serem a matéria mais reclamada, seguindo-se o crédito a consumidores. No primeiro semestre deste ano, o Banco de Portugal adianta que, "foi particularmente significativa a actuação" junto das instituições de crédito no mercado de depósitos simples, "dada a sua importância na captação da poupança dos clientes e o lançamento de novos produtos". Nos últimos meses, os bancos têm fomentado a captação de depósitos - uma das formas que têm de se financiar - oferecendo taxas mais atractivas nos depósitos a prazo.

Durante o semestre, o banco central efectuou 625 acções de inspecção de depósitos simples e suas contas junto de 51 entidades, abrangendo o universo das instituições que podem aceitar depósitos. Os principais incumprimentos objecto de correcção foram os relativos à não entrega ou disponibilização imediata da ficha de informação aquando da apresentação de condições de abertura de conta ou de contratação de um depósito; a não observância do modelo harmonizado de ficha informativa e a não adequação dos termos do contrato de depósito às normas aplicáveis.

Foi aliás sobre as contas de depósito que os clientes bancários mais reclamaram no primeiro semestre, com o número de reclamações a ascender a 2.101, "um crescimento de 8% na média mensal [...], apresentando o maior aumento do peso relativo no total de reclamações (de 25,9%, em 2010, para 28,3%, no primeiro semestre de 2011)". O crédito aos consumidores e outros crédito recebeu o segundo maior número de reclamações entre Janeiro e Junho - 1.912 -, tendo um peso relativo no total de 25,8%, em decréscimo contudo face ao ano passado. "Estas matérias já haviam sido as mais reclamadas em 2010", sublinha o Banco de Portugal.

Aumentam reclamações consideradas com fundamento

No total, os clientes bancários fizeram 7.420 reclamações durante o primeiro semestre deste ano - nos livros de reclamações e enviadas directamente ao BdP - numa média mensal de 1.237, menos cerca de 2% que a média de 2010.

Em cerca de 43% do total de reclamações recebidas "não se observaram indícios de infracção por parte da instituição de crédito e, em cerca de 57% dos casos verificou-se uma resolução" pela entidade, por sua iniciativa ou por advertência/determinação do Banco de Portugal.

Comparativamente com 2010, estes dados evidenciam "uma maior proporção de reclamações consideradas com fundamento, o que parece revelar um melhor conhecimento por parte dos clientes bancários" das normas de relacionamento com as instituições de crédito.

Face às reclamações recebidas, o banco central emitiu 602 recomendações e determinações específicas e instaurou 16 processos de contra-ordenação.

Além da evolução das já referidas reclamações sobre contas de depósito e crédito aos consumidores, referência ainda para a descida de 8% do número médio mensal de reclamações no crédito à habitação, tendo ainda havido uma redução na quantidade média de reclamações nos cheques, operações com numerário, máquinas ATM e débitos directos.

Quanto às instituições mais reclamadas foram, nas contas de depósito, o Deutsche Bank; no crédito aos consumidores e outros e no crédito à habitação o BBVA; e nos cheques a CGD.


Fiscalização

- No primeiro semestre, o BdP fiscalizou 2.667 campanhas de publicidade, de 56 instituições de crédito; 92 foram alteradas e duas suspensas.

- Foram fiscalizados 209 contratos de crédito aos consumidores, pedidos pelo BdP, por reporte de indícios de TAEG acima das taxas máximas.

- Das 602 recomendações e determinações emitidas pelo BdP, 222 eram referentes ao preçário (regras de transparência) e 183 a serviços de pagamento.

- O BdP recebeu 1.439 pedidos de informação (média de 240 por mês); maioria sobre aquisição de produtos e serviços bancários e responsabilidades de crédito.

fonte:http://economico.sapo.pt/no

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28
Set 11

Depósitos de clientes já pesam 57% no financiamento dos bancos

O peso dos depósitos de clientes no financiamento dos bancos portugueses aumentou de 45% para 57% num ano.

Os depósitos de clientes representam hoje uma parcela mais significativa no financiamento dos bancos portugueses. No espaço de um ano, o peso destes recursos no financiamento da banca aumentou de 45% para 57%, tornando as instituições nacionais menos dependentes do mercado interbancário e do financiamento do Banco Central Europeu (BCE). No entanto, o preço a pagar é elevado.

O economista-chefe do Santander, Rui Constantino, considera a tendência positiva por duas razões: "Primeiro pela sustentabilidade dos recursos. Os recursos de clientes são, em teoria, mais estáveis que o ‘funding wholesale' nos mercados financeiros globais. Em segundo, como previsto pelo memorando de entendimento com a ‘troika' os bancos têm de reduzir o seu rácio de transformação. Nesse sentido podem fazer duas coisas, reduzir crédito e aumentar depósitos. O aumento dos depósitos ajuda a cumprir esse objectivo". Cristina Casalinho, economista-chefe do BPI, salienta ainda que o aumento do peso dos depósitos no financiamento da banca permite "um aperto menor no crédito à economia, sendo por isso um factor positivo".

Mas o aumento dos recursos de clientes tem sido apenas possível através de um forte aumento das taxas de juro oferecidas nos depósitos. Actualmente, os juros dos depósitos a um ano chegam aos 4,75%, enquanto nas aplicações a seis meses chegam aos 6%. Nos últimos 12 meses, a taxa média praticada nos novos depósitos mais do que duplicou, de 1,75% para 3,82%, sendo mesmo a que mais subiu em toda a zona euro. Números que já levaram o Banco de Portugal a questionar a solidez do sistema bancário, obrigando os bancos portugueses a reportar a existência de depósitos a prazo com juros superiores em três pontos percentuais à taxa Euribor aplicável ao período de cada aplicação. O que nos depósitos a seis meses significa actualmente juros máximos de 4,738%. Mas enquanto o Banco de Portugal se limita, por enquanto, a monitorizar as taxas de juro praticadas, o Banco de Espanha já foi mais longe, impondo penalizações aos bancos que pratiquem taxas de juro acima de determinado limite.

Cristina Casalinho alerta para os perigos inerentes ao actual nível dos juros praticados para captar as poupanças dos portugueses. A economista-chefe do BPI considera que existe um "potencial limitado" para a saída de capital de fundos de investimento, certificados de aforro e do Tesouro para depósitos a prazo, além de que "a poupança cresce lentamente". Assim, "a subida das taxas poderá deixar de atrair novos depósitos e apenas encarecer esta forma de financiamento, pois sobretudo tratar-se-á de canibalização de uns bancos pelos outros em que todos ficam a perder, porque a totalidade de depósitos não aumenta", explica a responsável do BPI.

No entanto as alternativas são escassas. Permanecem as dificuldades de financiamento no mercado interbancário. De acordo com os relatórios e contas da CGD, BCP, BES, Santader Totta, BPI, Montepio e Banif, o financiamento das "outras instituições de crédito" sofreu uma quebra de 5,4 mil milhões de euros no primeiro semestre deste ano face ao homólogo. Ainda assim, CGD, BPI, Montepio e BCP aumentaram a exposição a este tipo de recursos, por norma mais caros do que os fundos do BCE. Aos custos de financiamento há que somar ainda a necessidade de deter colateral para dar como garantia quer junto do BCE quer, em muitos casos, no interbancário.

No total, estes sete bancos financiaram-se no primeiro semestre de 2011 em menos 34 mil milhões de euros face ao homólogo, o que representa uma quebra de 10%.


BES
O BES é o banco onde o peso dos recursos de clientes no seu financiamento mais aumentou, de 33% em Junho de 2010, para 55% em Junho deste ano, seguido pelo Santander Totta, cujo peso passou de 37% para 51%.

Banif
Embora se tenha mantido praticamente inalterado, o Banif detém o maior peso de recursos de clientes no seu financiamento, seguido pelo Montepio, com 64% e pela CGD, com 62%. O BPI é o único banco onde a expressão destes recursos no total do financiamento permanece abaixo dos 50% (48%).

fonte:http://economico.sapo.pt/

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Banca: Governador alerta que "alguma coisa irá acontecer" nas taxas para depósitos

O governador do Banco de Portugal disse hoje no Parlamento que "alguma coisa irá acontecer" em relação às taxas de juro praticadas pela banca na angariação de depósitos.

Carlos Costa, respondendo a uma questão do deputado do PCP Honório Novo na comissão parlamentar de orçamento e finanças, afirmou que em relação às taxas de juro nos depósitos praticadas pelas instituições financeiras "alguma coisa irá acontecer, isso já está a ser negociado".

O Jornal de Negócios escreve hoje na primeira página que o Banco de Portugal quer travar a alta de juros nos depósitos.

fonte:lusa

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30
Ago 11

Banca reforça depósitos à custa dos fundos e PPR

A transferência está a ser incentivada pela banca que, assim, ganha liquidez, mas prejudica as seguradoras.

Os bancos nacionais estão a incentivar os seus clientes a transferirem os montantes aplicados em fundos de investimento e Planos Poupança Reforma (PPR) para depósitos a prazo. No espaço de um ano, os cinco grandes bancos portugueses canalizaram para depósitos até seis mil milhões de euros de aplicações dos seus clientes, revelam os relatórios e contas do primeiro semestre.

Segundo as contas da Caixa Geral de Depósitos (CGD), Millennium BCP, Banco Espírito Santo (BES), BPI e Santander Totta, no final de Junho os depósitos ascendiam a 178,3 mil milhões de euros, mais 16 mil milhões que um ano antes. Já os recursos de desintermediação e fora de balanço - rubricas que incluem fundos de investimento, PPR e outras aplicações dos clientes - diminuíram em 6,3 mil milhões de euros face ao primeiro semestre do ano passado, para um total de 92 mil milhões de euros.

Não é possível quantificar de forma exacta quanto desta descida superior a seis mil milhões de euros corresponde a verbas canalizadas para depósitos a prazo, mas as fontes do sector contactadas pelo Diário Económico consideram que a estratégia de captação de liquidez dos bancos é o principal factor a ter em conta. Só em seguros PPR o montante poderá ascender a quase 900 milhões de euros, segundo os últimos dados revelados pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP). 

fonte:http://economico.sapo.pt/

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