12
Jul 11

Banca dobra juros nos depósitos

A banca duplicou os juros pagos pelos depósitos em termos homólogos, numa medida destinada a compensar o acesso mais difícil ao financiamento.

 

A economia está a receber menos dinheiro, com a banca a desalavancar junto do BCE ao mesmo tempo que a crise da dívida soberana ameaça a Itália, um colosso do G8. A completar este cenário, os números dramáticos da derrapagem orçamental na Grécia levaram as Bolsas de Valores da periferia a um "sell-off", com quedas para o nível de há 15 meses.
A fuga ao risco tem sido a estratégia adoptada por aforradores e investidores. Em Portugal, os depósitos a prazo estão a cativar os aforradores e os dados do BdP referentes a Maio, anteriores a toda esta turbulência indicavam remunerações médias de 3,54% nos depósitos, contra 1,26% há um ano. Em Junho, as ofertas pelo dinheiro subiram, mesmo depois de o BdP passar a exigir ser informado sempre que o juro vá 3% acima do nível do indexante. Espanha está a contrariar esta "guerra" pelos depósitos com a obrigação de maiores contribuições para o Fundo de Garantia dos Depósitos.


Na economia nacional, as notícias não são boas. Os bancos estão obrigados a desalavancar e, por isso, estão a recorrer menos ao BCE, o único organismo onde é possível ir buscar fundos (para além dos depósitos). O BdP revelou que a exposição ao BCE da banca portuguesa caiu, em Junho, para 43,88 mil milhões de euros, menos 7% do que em Maio. Isto significa menos liquidez na economia.


As Bolsas de Valores da periferia, incluindo a portuguesa, sofreram um ontem "crash" violento. Em Lisboa, as perdas atingiram os 7%, sobretudo na banca, devido ao efeito Itália e Grécia.

fonte:http://www.oje.pt/

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10
Jul 11

Banca sem crédito sobe comissões

Os bancos estão a subir as comissões que cobram aos seus clientes pelos mais comuns actos bancários, como pedir cheques, numa altura em que o financiamento da Banca está estrangulado.

Quem quiser por exemplo pedir uma carteira de dez cheques no Millennium BCP vai pagar 8,25 euros, mais dois euros do que até agora. Saber quanto deve, pedindo um extracto de conta de empréstimos em vigor na Caixa Geral de Depósitos, vai passar a ter um custo de 40,65 euros mais IVA. Quem precisar de uma segunda via da declaração de IRS vai pagar 31,41 euros no Santander Totta. Alterar a data de pagamento da renda custa 20,33 euros mais IVA no BES.

A maioria dos bancos justifica a actualização dos preçários com "as actuais condições do mercado". Portugal viu o rating da República cair para lixo e a revisão dos níveis dos bancos estará concluída nas próximas semanas pela agência de notação financeira Moody's, sendo pouco provável que consigam evitar um corte. Com o acesso ao financiamento a ser cada vez mais complicado, a Deco admite que pode haver uma subida das comissões "para equilibrar os resultados de outros produtos financeiros". Vinay Pranjivan, economista da Deco, recorda que os bancos são livres de estipular as comissões, sendo apenas exigido um pré-aviso de 30 dias. A única saída para o cliente é deixar o banco, mas, "dependendo do grau de envolvimento, como ter um crédito à habitação", é extremamente complicado, alerta o especialista. O presidente da Associação Portuguesa de Bancos, António de Sousa, alertou em Junho para o expectável aumento das comissões e do preço dos serviços prestados pelos bancos. Em 2010, os cinco maiores bancos em Portugal tiveram um crescimento das comissões cobradas aos clientes de 9,73% - mais 171,4 milhões, para 1,93 mil milhões de euros.

Os novos preçários já entraram em vigor no BPI, Santander e no BES. A Caixa implementa os novos preços a 1 de Agosto e o BCP a 15 de Outubro.

fonte:http://www.cmjornal.xl.pt/

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