Apoio do Estado custa 375 milhões aos bancos só no primeiro ano
BCP é quem tem uma factura maior: 255 milhões de euros no primeiro ano de apoio.
O BCP, o BPI e o Banif irão pagar 375 milhões de juros pelo apoio estatal no primeiro ano da assistência governamental. Isto porque grande parte das necessidades de capital serão satisfeitas através de instrumentos de capital contigente (CoCo) subscritos pelo Estado. O recurso a esta opção de capitalização tem um custo entre 7% e 9,3% ao ano, segundo a Portaria que definiu as condições de acesso da banca aos fundos estatais.
No entanto, é o próprio Estado que impõe o preço dentro daquele intervalo para reflectir o risco assumido e a dimensão da operação. No caso do BCP, a taxa é de 8,5%, o que pressupõe que o banco liderado por Nuno Amado tenha de pagar só no primeiro ano 255 milhões de euros em juros.
Caso o maior banco privado português não reembolse o Estado no prazo de cinco anos, duração máxima do empréstimo, o custo total seria de 1,32 mil milhões de euros. No entanto, o presidente do BCP, Nuno Amado, referiu à Lusa que o banco "prevê reembolsar o valor do apoio do Estado dentro do prazo legalmente estabelecido [até 2017], eventualmente antes, começando já a partir de 2014", salientou o banqueiro. Após o primeiro ano do investimento público a taxa de 8,5% é agravada em 25 pontos base. Se o banco necessitar de apoio estatal para além de três anos vê o custo inicial agravar-se em 50 pontos base ao ano.
fonte:http://economico.sapo.pt