O Montepio regressou aos lucros nos primeiros três meses do ano. A instituição liderada por Tomás Correia anunciou hoje que registou lucros de 35,5 milhões de euros até março, valor que compara com os prejuízos homólogos de 15,8 milhões.
A suportar a melhoria das contas esteve a evolução positiva da margem financeira, diferença entre os juros cobrados no crédito e os juros pagos nos depósitos, que atingiu os 81,9 milhões de euros, mais 60% face aos homólogos 51,3 milhões de euros.
Igualmente a contribuir para a inversão das contas para terreno positivo esteve o produto bancário que atingiu os 307 milhões de euros, uma melhoria face aos 92 milhões registados em igual período do ano passado.
"Para esta evolução tão positiva, de +30,5 milhões de euros, o maior contributo provém da redução dos custos relativos aos Passivos Financeiros (-24,8 milhões de euros), principalmente via redução da taxa de juro média dos Depósitos e dos Outros Passivos, em 29 e 167 pontos base, respetivamente, tendo-se observado, assim, um acréscimo da taxa de margem financeira, que se situou em 1,56% no 1º trimestre de 2014", justifica a instituição.
Já a penalizar as contas estiveram os gastos operacionais, que totalizaram 81,7 milhões de euros, representando um crescimento de 4,1%, "por via do acréscimo dos Gastos Gerais Administrativos e das Amortizações. Sem considerar esta última componente, o crescimento ter-se-ia situado em 2,1%".
Igualmente a pesar nos resultados do Montepio estiveram as provisões e imparidades, que atingiram 169,0 milhões de euros, representando um aumento de 137,9 milhões de euros face ao 1º trimestre de 2013.
"Esta evolução esteve mais uma vez relacionada com a prudência e conservadorismo na leitura dos fatores de risco, num quadro de elevada taxa de desemprego e de (ainda) fraco crescimento económico. A prudência revelada no julgamento dos níveis de risco da carteira permitirá à CEMG enfrentar o difícil contexto económico, onde a incerteza ainda prevalece, com níveis de cobertura e robustez económica mais acentuados, facto que transmitirá maior confiança aos seus stakeholders", adianta o Montepio.
A instituição revelou ainda que o total do crédito concedido a clientes atingiu os 16 mil milhões de euros, um valor praticamente idêntico ao registado no período homólogo do ano passado.
fonte:http://www.dinheirovivo.pt/