07
Nov 12

Crédito bancário já só pesa 126% dos depósitos

O vice-governador do Banco de Portugal defende maior relação entre auditores e reguladores.

"A evolução do crédito e o aumento dos depósitos tem vindo a diminuir o diferencial entre crédito e depósitos no sistema", disse ontem o vice-governador do Banco de Portugal (BdP). Pedro Duarte Neves anunciou que, pela primeira vez, em Setembro o rácio de transformação dos depósitos em créditos dos oito maiores bancos portugueses atingiu os 126%.

"Para os oito maiores grupos bancários, o rácio de transformação encontra-se já bastante aproximado do valor indicativo de 120%", disse elogiando o sector que supervisiona.

Pedro Duarte Neves centrou a sua apresentação, que abriu a conferência do X Fórum Banca, na Supervisão Prudencial, área de que é responsável no banco central. O reforço da acção supervisiva para o regulador bancário passa por confirmar a avaliação que os bancos fazem dos seus activos, "não apenas numa perspectiva estática, mas também numa visão prospectiva em cenário de base ou stress". 

fonte:http://economico.sapo.pt/

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05
Nov 12

BCP admite despedimento coletivo

Nuno Amado espera que rescisão com 600 trabalhadores seja amigável. Caso contrário, ameaça com despedimento coletivo

O presidente do BCP admitiu esta segunda-feira que o banco pode entrar num processo de despedimento coletivo se não conseguir a saída das 600 pessoas pretendidas através de rescisões amigáveis. Em causa está uma poupança de 30 milhões de euros, já em 2013.

Segundo Nuno Amado - que hoje confirmou o objetivo do BCP de reduzir em 600 o número de trabalhadores até 2013 - a «intenção» é que o processo de rescisões «seja amigável», mas, caso os trabalhadores não aceitem as condições propostas pelo banco, então avança-se com despedimento coletivo. Condições que, garantiu, são «claramente superiores à base legal», disse citado pela Lusa.

«Estamos a fazer tudo para não entrar [em despedimento coletivo] e com sacrifício dos acionistas», acrescentou.
Nuno Amado adiantou ainda que é objetivo do banco ter o processo fechado em breve para que não seja «longo e desgastante» e deu mesmo uma data: «Gostaríamos de ter praticamente todos os acordos concluídos no próximo mês».

Sobre os trabalhadores aos quais vão ser propostas rescisões amigáveis, o presidente do BCP garantiu que o processo será «transversal e vertical», abrangendo «todas as áreas» do banco e de «cima para baixo».

Nuno Amado disse também que este ano o banco vai reduzir 40 sucursais, tendo 20 já sido fechadas e devendo as restantes encerrar até final de dezembro. Isto depois de ter admitido vender a operação na Grécia em breve.

O responsável anunciou também que o BCP já pagou 25 milhões de euros até setembro para o imposto extraordinário sobre a banca.

A instituição financeira fechou o terceiro trimestre deste ano com 9.866 trabalhadores, menos 93 do que no final de 2011. Em termos de custos com pessoal, o ano passado, o BCP gastou 545 milhões de euros. Este ano, até setembro, esses custos foram de 397 milhões de euros.

BCP só deverá regressar aos lucros em 2014

O processo de rescisões vai ser centrado em Portugal, ainda que na operação na Grécia também deva haver saída de trabalhadores, depois de o ano passado já terem saído cerca de 20% dos funcionários.

O BCP anunciou hoje os resultados obtidos entre janeiro e setembro deste ano, período em que registou prejuízos de 796,3 milhões de euros.

O banco anunciou, depois, que só deverá regressar aos lucros em 2014, ou seja, Amado admite que os próximos trimestres «serão exigentes» para as contas da instituição.

«Queremos, em 2014, atingir uma posição devidamente equilibrada no mercado português», rematou.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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29
Out 12

Banco Best lucra 6,5 milhões até setembro

O Banco Best obteve um resultado líquido de 6,5 milhões de euros entre janeiro e setembro, repetindo o lucro registado no mesmo período do ano passado, sendo de destacar o crescimento de 12% no número de clientes da entidade.

Já o resultado antes de impostos ascendeu a 8,6 milhões de euros, mais 27% do que em setembro de 2011, revelou o banco liderado por Isabel Ferreira, citado pela Lusa.

O número de clientes cresceu 12%, em termos homólogos, e o total de recursos de clientes sob custódia cresceu 16,6% para 1,8 mil milhões de euros.

«Relativamente aos principais rácios económicos e financeiros, o Banco Best manteve uma posição confortável a nível do rácio de transformação de crédito em depósitos na ordem dos 39%, e um sólido rácio de solvabilidade (Core Tier I) em Agosto de 14,4%, significativamente acima do valor mínimo recomendado pelo Banco de Portugal de 10% em Dezembro de 2012», realçou em comunicado a instituição.

De acordo com o Banco Best, «estes resultados devem-se à excelente performance em diversas áreas de negócio, nomeadamente, na comercialização de fundos de investimento estrangeiros no mercado nacional, onde o Best tem uma destacada posição de liderança, com 33% de quota de mercado».

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/fi

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28
Out 12

BIC vai despedir cerca de 300 trabalhadores do ex-BPN

O BIC vai integrar pelo menos 900 trabalhadores do ex-BPN e dispensa os restantes, cerca de 300, até final do ano.

O BIC vai absorver pelo menos 900 dos ex-trabalhadores do BPN, enquanto os restantes 300, que não forem selecionados para ficar no banco, sairão até final do ano, disse à Lusa fonte oficial da instituição.

O BIC comprou em março o BPN por 40 milhões de euros. De acordo com o contrato assinado com o Estado, o banco de capitais luso-angolano comprometeu-se a ficar no mínimo com 750 trabalhadores dos cerca de 1.200 que herdou do BPN.

Até ao momento, foram selecionados cerca de 900 trabalhadores, num processo que deverá ser concluído em breve. Os que não forem selecionados sairão até final do ano "por extinção do posto de trabalho", segundo fonte do banco liderado por Mira Amaral.

Além de 750 trabalhadores, o BIC comprometeu-se com o Estado a ficar com pelo menos 160 dos 220 balcões e centros de empresa do ex-BPN. Os trabalhadores a sair serão os das agências que o BIC decidir encerrar. "Estamos em processo de avaliação" da rede, disse fonte oficial do BIC.

As compensações com os trabalhadores despedidos serão asseguradas pelo Estado, como ficou acordado com o BIC, o que vai agravar os encargos do Estado com a nacionalização do BPN, feita em 2008. De acordo com a proposta do relatório da comissão de inquérito ao BPN, este ano o Estado tem orçamentado 265 milhões de euros para responsabilidades contingentes previstas, em que se inserem as 
indemnizações com pessoal que possa ser dispensado.

Além dos trabalhadores do BPN no BIC, o Estado terá ainda o encargos com a maior parte dos cerca dos ex-funcionários do BPN que estão na Parvalorem, a sociedade veículo que absorveu grande parte das imparidades do BPN, após a nacionalização em Novembro de 2008.

fonte:http://economico.sapo.pt/

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25
Out 12

Bancos proibidos de cobrar comissões na renegociação

Os bancos vão ficar proibidos de cobrar comissões pela renegociação dos contratos. 

A análise e formalização dos mesmos não poderá ser taxada. Só mesmo despesas devidamente justificadas, como pagamentos a conservatórias, cartórios notariais ou encargos fiscais é que poderão ser cobradas.

É o que prevê um decreto-lei que fixa novas regras para prevenir situações de incumprimento. O diploma foi publicado esta quinta-feira em Diário da República e define novas obrigações para os bancos.

As entidades financeiras terão, ainda, de desenvolver de um Plano de Ação para o Risco de Incumprimento (PARI) e o recurso ao Procedimento Extrajudicial de Regularização de Situações de Incumprimento, relativamente a clientes que se atrasem mais de 30 dias nos pagamentos.

Mas as novas regras não se ficam por aqui: será obrigatório implementar sistemas informáticos que permitam identificar «factos que indiciem a degradação da capacidade financeira do cliente bancário», nomeadamente incumprimentos registados na Central de Responsabilidade de Crédito do Banco de Portugal, devolução e inibição do uso de cheques, existência de dívidas fiscais e à segurança social, insolvências, existência de processos judiciais e situações litigiosas e penhora de contas bancárias.

Sempre que detete estes indícios ou que o cliente lhe transmita factos que indiciem risco de incumprimento, o banco deve avaliar a capacidade financeira do cliente e apresentar-lhe as propostas que mais se adequem à sua situação.

Devem também informar os clientes em incumprimento sobre as entidades incluídas na rede extrajudicial de apoio, à qual os consumidores poderão recorrer gratuitamente para renegociar os contratos com as instituições bancárias.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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24
Out 12

BPI duplica provisões para imparidades de crédito

Os lucros do Banco BPI até setembro foram afetados pela subida homóloga de 98,1% das provisões para imparidades de crédito, que ascenderam a 213,4 milhões de euros devido à crise económica, revelou esta quarta-feira o presidente Fernando Ulrich.

Há um ano, o banco tinha 107,7 milhões de euros para fazer face às imparidades de crédito, contudo, com a degradação da situação económica, durante os primeiros nove meses do ano, estas provisões foram reforçadas em 105,7 milhões de euros, para o total de 213,4 milhões de euros.

«São quase todas provisões para crédito», frisou Fernando Ulrich, durante a conferência de imprensa de apresentação de resultados do BPI, em Lisboa, especificando que «as evoluções negativas são sobretudo de crédito a empresas e também na habitação, mas em valores normais e comportáveis», cita a Lusa.

Questionado sobre os lucros de 117,1 milhões de euros obtidos entre janeiro e setembro, mais 15,3% do que no mesmo período de 2011, Ulrich realçou que «há um aspeto negativo, que é um aumento muito significativo imparidades para crédito, fruto da situação económica do país».

Para a frente, o gestor considera que «é natural que o número de imparidades aumente no quarto trimestre, mas não deverá ser muito».

E acrescentou: «O futuro o dirá. Admitimos que, em 2013, os valores possam começar a melhorar».

Fernando Ulrich também salientou que «a margem financeira foi afetada muito negativamente pela baixa da Euribor» e que «outro fator que pesa negativamente na margem financeira é a subida dos custos de financimaneto, nomeadamente nos depósitos a prazo».

De acordo com o mesmo responsável, o BPI tem 152 milhões de euros em imóveis, resultantes de processos de recuperação de crédito, e, para fazer face à eventual desvalorização dos mesmos, constituiu uma provisão de 59 milhões de euros.

Pela positiva, o banqueiro apontou para os ganhos em operações financeiras, envolvendo, entre outros, títulos de dívida pública portuguesa.

«Houve um elemento muito positivo que compensa as imparidades para crédito, que foram os ganhos em operações financeiras», assinalou.

Segundo o Ulrich, o banco que lidera aproveitou para comprar dívida portuguesa «com grandes descontos» e estas operações traduziram-se num lucro que aparece registado nas operações financeiras (aumento de 46,2% para 222 milhões de euros).

Como «o segredo é a alma do negócio», Ulrich escusou-se a divulgar os valores em causa, apontando para outros itens que contribuiram para os lucros do BPI, nomeadamente, o contributo positivo das comissões e a redução de custos.

fonte;http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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22
Out 12

Famílias depositam menos dinheiro no banco

As famílias depositaram menos dinheiro nos bancos em agosto. Os depósitos caíram para 131.397 milhões de euros, depois de terem estado dois meses consecutivos a subir.

Segundo o Boletim Estatístico do Banco de Portugal, os depósitos de particulares fixaram-se em 131.397 milhões de euros nesse mês, menos 1.078 milhões do que em julho (0,81%).

Já em relação a agosto de 2011, os depósitos das famílias nos bancos a operar em Portugal aumentaram em 4.386 milhões de euros (3,45%).

No que toca às empresas, o mesmo cenário: os depósitos também caíram 0,47% entre julho e agosto para 29.792 milhões de euros. 

Ao contrário dos depósitos de particulares, que até subiram na variação anual, os das empresas caíram 0,67% entre agosto de 2011 e o mesmo mês deste ano.

O Boletim Estatístico do Banco de Portugal revela, ainda, que osportugueses fogem cada vez mais ao pagamento dos empréstimos contraídos aos bancos que, por sua vez, concedem cada vez menos crédito. 

Ainda segundo o BdP, o endividamento total dos setores público e privado de Portugal (excetuando a banca) atingiu os 432,1% do Produto Interno Bruto no final do primeiro semestre e o défice da balança corrente caiu 80%.

fonte:;http://www.agenciafinanceira.iol.pt/e

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17
Out 12

Comissões: bancos não podem cobrar mais que 4,85 euros

Instituições financeiras ficam também impedidas de condicionar abertura das contas à aquisição de produtos ou serviços adicionais

Os bancos não vão poder cobrar mais que 4,85 euros de comissões pelos serviços mínimos bancários, a partir de quinta-feira, destinados a consumidores desfavorecidos, segundo um diploma publicado esta quarta-feira.

O diploma (decreto-lei 225/2012), que entra em vigor na quinta-feira, reduz as despesas cobradas pelos bancos a estes consumidores e ainda estabelece a base dos protocolos de adesão ao sistema que vão ser celebrados com as instituições bancárias.

«Não podem ser cobradas, pelas instituições de crédito, comissões, despesas ou outros encargos que, anualmente, e no seu conjunto, representem valor superior ou equivalente a 1% da remuneração mínima garantida», que é atualmente de 485 euros, pode ler-se no documento.

Os bancos ficam também impedidos de condicionar a abertura destas contas à aquisição de produtos ou serviços adicionais, e também ficam impedidos de oferecer «explícita ou implicitamente» quaisquer facilidades de descoberto ou de permitir que se ultrapasse o limite de crédito, adianta a Lusa.

O Banco de Portugal é a entidade responsável pela avaliação da aplicação das novas regras, publicando os resultados dessa avaliação no seu relatório de supervisão comportamental.

Os bancos que não cumprirem as novas regras, nomeadamente por cobrarem comissões mais elevadas, vão ser punidos com contraordenações entre os cem e os 20 mil euros.

Há cerca de um mês, o secretário de Estado adjunto da Economia e do Desenvolvimento Regional, António Almeida Henriques, disse que existem apenas cerca de 1.200 pessoas que utilizam os serviços mínimos bancários, pretendendo o Governo multiplicar este número por 10 no espaço de dois anos.

Os serviços mínimos bancários são destinados a consumidores social e economicamente vulneráveis, entre os quais idosos, cidadãos de baixos rendimentos e infoexcluídos.

O Ministério da Economia vai agora promover junto dos bancos a celebração de protocolos de adesão ao sistema.

Note-se que as entidades financeiras têm até ao final de janeiro para apresentarem os seus planos de recuperação ao Banco de Portugal.

fonte:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/

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10
Out 12

Vem aí cartão para pagamentos de baixo valor

Novo cartão não terá custos para os consumidores, mas resultará num impacto positivo para os comerciantes

Os pagamentos de compras de baixo valor poderá passar a ser feito através de um novo cartão que está em fase de testes e traz menos custos para os comerciantes, disse esta quarta-feira o representante da APB, Norberto Rosa.

De acordo com o responsável da Associação Portuguesa de Bancos (APB) e também administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD), atualmente as transações com cartões de crédito e débito têm um elevado grau de exigência para garantir um sistema seguro.

«Para as operações mais baixas podemos flexibilizar esse processo, usar cartões «contactless» [sem contacto] sem PIN e que não é preciso colocar na máquina», disse Norberto Rosa, à margem da comissão de Economia e Obras Públicas, onde hoje foi ouvido sobre as taxas cobradas nas transações com cartões de débito e crédito, escreve a Lusa.

Estas serão «operações mais rápidas e o custo da operação fica mais baixa para o comerciante», disse.

Norberto Rosa adiantou que este novo cartão não terá custos para os consumidores, mas resultará num impacto positivo para os comerciantes, já que os custos baixam.

Questionado sobre quando será o lançamento deste novo cartão, que até poderá estar associado ao de débito, Norberto Rosa sublinhou que este é um processo que está a decorrer com a SIBS e que a partir deste mês começam os primeiros testes piloto.

A comissão de Economia e Obras Públicas está a promover um conjunto de audições com vários intervenientes do setor sobre as taxas aplicadas nas transações com cartões, que os comerciantes dizem serem das mais elevadas da Europa.

«Há pouca racionalidade na decisão do Pingo Doce»

O responsável considerou ainda que há «pouca racionalidade» na decisão do Pingo Doce em só aceitar pagamentos com cartões a partir dos 20 euros.

Isto «porque as taxas que são pagas pelo comerciante são uma percentagem sobre a operação. Quando esse valor é inferior a 20 euros [o comerciante] também paga menos taxa de serviço», explicou Norberto Rosa aos jornalistas.

«Parece-nos pouco racional o comportamento porque o custo associado ao tratamento do numerário ou de cheques e depois do tranporte desses valores», associado ao facto de não ter as verbas imediatamente disponíveis nas contas, «é superior àqueles que resultariam da taxa de serviço ao cliente», acrescentou.

Norberto Rosa, que também é administrador da Caixa Geral de Depósitos (CGD), foi hoje ouvido em sede de comissão no âmbito de um requerimento do PSD sobre as taxas aplicadas às transações com cartões de débito e de crédito, que os comerciantes acusam de ser das mais elevadas da Europa.

Este é um assunto que é abordado há vários anos e que voltou a estar na ordem do dia depois da Jerónimo Martins ter anunciado que desde setembro último que a cadeia de supermercados Pingo Doce só aceita pagamentos com cartões em compras superiores a 20 euros.

Sobre a cobrança de taxas nos pagamentos com cartão, que levaram muitas lojas a proibir o uso de cartões para pagar contas de baixo valor, a Autoridade da Concorrência diz que não encontrou sinais de violação da lei.

fotne:http://www.agenciafinanceira.iol.pt/e

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07
Out 12

Bancos vão ter de pagar mais para garantir depósitos

A contribuição de cada banco para o Fundo de Garantia de Depósitos (FGD) vai aumentar em 2013, de acordo com um aviso do Banco de Portugal publicado hoje em Diário da República.

Segundo a instituição liderada por Carlos Costa, está desatualizado a legislação de 1994 que definia a contribuição dos bancos para o fundo que garante os depósitos em Portugal, já que "os níveis e fontes de risco que influenciam a atividade das instituições de crédito também conheceram uma evolução substancial, especialmente como consequência da crise económica e financeira internacional".

Neste contexto, o BdP atualiza "o método de apuramento das contribuições para o Fundo de Garantia de Depósitos", que é feita em função do rácio de solvabilidade de cada instituição.

Rácio 'core tier 1' passa a ser referência 

 

A partir de 2013, o cálculo do valor que cada banco terá de pagar para este fundo passa a ter como referência o rácio 'core tier 1' (a medida mais eficaz de avaliar a solvabilidade de um banco).

Uma vez que os rácios de capital dos bancos se têm vindo a reforçar (as instituições supervisionadas pelo BdP tiveram de aumentar o rácio de capital 'core tier 1' para 9% até final de 2011 e têm de atingir os 10% em dezembro deste ano) isto significa que vão passar a contribuir mais para o Fundo de Garantia Depósitos.

Em Portugal, está fixado em 100 mil euros o valor do reembolso de depósitos constituídos nas instituições de crédito participantes no Fundo de Garantia de Depósitos e do Fundo de Garantia do Crédito Agrícola Mútuo.

Este valor era de 25 mil euros até 2008, ano em que eclodiu a crise financeira, quando um decreto-lei seguiu a tendência europeia e aumentou o valor para 100 mil de forma transitória.

Desde janeiro de 2011, com a transposição para a legislação nacional de uma diretiva europeia, os 100 mil euros de garantia tornaram-se definitivos.

1.397 milhões no final de 2011

 

De acordo com o relatório do Fundo de Garantia Depósitos, no final de 2011, os recursos próprios do fundo eram de "1.397 milhões de euros", dos quais mais de um milhão de euros são relativos a contribuições periódicas anuais feitas pelas instituições que participam no fundo. Em 2011, estas eram 47.

Em dezembro, mais de 16 milhões de depositantes estavam cobertos por este fundo, no total de 111.570 milhões de euros.

Ainda segundo o aviso do BdP, o rácio 'core tier 1' que vai servir de base à contribuição anual de cada instituição corresponde à média dos valores de 30 de junho e 31 de dezembro de cada ano.

O próximo ano, 2013, será a exceção com a contribuição desse ano a ser calculada com base apenas no rácio de 31 de dezembro de 2012.

Também a forma de cálculo das contribuições para o Fundo de Garantia de crédito Agrícola Mútuo é alterada no mesmo sentido com o BdP a dar argumentos semelhantes.



fonte: http://expresso.sapo.pt/ 

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